Interações medicamentosas ritalina

RITALINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de RITALINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com RITALINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Interações farmacodinâmicas
– Medicamentos anti-hipertensivos
A Ritalina® pode diminuir a efetividade do medicamento utilizado para o tratamento da hipertensão.

– Uso com medicamentos que elevam a pressão sanguínea
A Ritalina® deve ser utilizada com cautela em pacientes tratados com medicamentos que aumentam a pressão sanguínea (vide “Advertências e precauções – Condições cerebrovasculares”).
Devido à possibilidade de crises hipertensivas, a Ritalina® é contraindicada em pacientes tratados (atualmente ou que já fazem uso há 2 semanas) com inibidores da MAO (vide “Contraindicações”).

– Uso com álcool
O álcool pode exacerbar os efeitos adversos de fármacos psicoativos no SNC, inclusive de Ritalina®. É, portanto, recomendável que os pacientes abstenham-se de álcool durante o tratamento.

– Uso com anestésicos
Há o risco de aumento repentino na pressão sanguínea e frequência cardíaca durante cirurgias. Se uma cirurgia está planejada, Ritalina® não deve ser tomada no dia da cirurgia.

– Uso com agonistas alfa-2 de ação central (ex.: clonidina)
Eventos adversos sérios incluindo morte súbita foram relatados no uso concomitante com clonidina, apesar de não haver relações causais estabelecidas com a combinação.

– Uso com medicamentos dopaminérgicos
Como um inibidor da recaptação da dopamina, a Ritalina® pode estar associada com interações farmacodinâmicas quando coadministrada com agonistas dopaminérgicos diretos e indiretos (incluindo DOPA e antidepressivos tricíclicos) assim como os antagonistas dopaminérgicos (antipsicóticos, por ex.: haloperidol). A coadministração de Ritalina® com antipsicóticos não é recomendada devido ao mecanismo de ação contrário.

– Uso de fármacos serotoninérgicos
O uso concomitante de metilfenidato e fármacos serotoninérgicos não é recomendado, uma vez que pode levar ao desenvolvimento da síndrome serotoninérgica (vide “Advertências e Precauções”). Foi demonstrado que metilfenidato aumenta a serotonina e norepinefrina extracelular e aparenta ter um fraco potencial de ligação em transportadores de serotonina.

Interações farmacocinéticas
A Ritalina® não é metabolizada pelo citocromo P450 em extensão clinicamente relevante. Não se espera que indutores ou inibidores do citocromo P450 tenham qualquer impacto importante na farmacocinética da Ritalina®. Inversamente, o d- e l-enantiômeros do metilfenidato na Ritalina® não inibem de forma relevante o citocromo P450 1A2, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 ou 3A.
A coadministração de Ritalina® não aumenta a concentração plasmática do substrato da desipramina CYP2D6. Estudos de caso sugerem um potencial de interação de Ritalina® com anticoagulantes cumarínicos, alguns anticonvulsivantes (ex.: fenobarbital, fenitoína, primidona), fenilbutazona e antidepressivos tricíclicos, mas as
interações farmacocinéticas não foram confirmadas quando maiores quantidades de amostras foram analisadas. Pode ser necessária a redução da dose desses medicamentos.
Uma interação com o anticoagulante etilbiscoumacetato em 4 pacientes não foi confirmada em um estudo subsequente com uma amostra maior (n=12).
Não foram realizados outros estudos de interações específicas medicamento-medicamento com Ritalina® in vivo.

Testes laboratoriais/fármacos
O metilfenidato pode induzir a resultados falso-positivos de testes laboratoriais para anfetaminas, particularmente com testes de imunoensaio por triagem.