Portal

POSOLOGIA DE SIGMASPORIN

As doses diárias de SIGMASPORIN podem ser dadas como dose diária única ou, de preferência, em duas doses divididas. Os limites de dose, fornecidos a seguir, para administração oral servem apenas como guia. É necessário o controle rotineiro dos níveis sangüíneos da ciclosporina; esse controle pode ser realizado pelo método RIA, baseado em anticorpos monoclonais. Os resultados obtidos servirão como guia para a determinação da posologia real requerida pelo paciente, a fim de alcançar as concentrações desejadas. 1. Transplantes: 1.1. Transplante de órgão sólido: Inicialmente deve-se administrar dose oral de 10 a 15 mg/kg, 4 a 12 horas antes da cirurgia. Essa dose diária deve ser mantida durante uma a duas semanas após a cirurgia e, em seguida, deve ser reduzida gradativamente, de acordo com os níveis sangüíneos, até que se atinja uma dose de manutenção de cerca de 2 a 6 mg/kg. Quando SIGMASPORIN é dado com outros imunossupressores (por exemplo: corticosteróides ou como parte de uma terapia medicamentosa tripla ou quádrupla), doses diárias menores (3 a 4 mg/kg, por via oral para o tratamento inicial) podem ser usadas. As formas orais podem ser dadas como dose diária única ou, de preferência, em duas doses divididas. 1.2. Transplante de medula óssea: A dose inicial deve ser dada na véspera do transplante. Na maioria das vezes prefere-se a via intravenosa para essa finalidade; recomenda-se a dose de 3 a 5 mg/kg/dia. Continua-se com infusão nessa dose durante o período imediatamente pós-transplante, de até 2 semanas, antes de se mudar para a terapia oral de manutenção em dose de, aproximadamente, 12,5 a 15 mg/kg/dia. A terapia de manutenção deve continuar durante pelo menos 3 meses (preferencialmente por 6 meses) antes de diminuir a dose gradativamente até zero, por volta de um ano após o transplante. Se for usado tratamento oral no início da terapia, a dose recomendada é de 12,5 a 15 mg/kg/dia, iniciando-se na véspera do transplante. As formas orais de SIGMASPORIN podem ser dadas como dose diária única ou, de preferência, em duas doses divididas. Doses orais mais elevadas ou a administração de tratamento IV podem ser necessários na presença de distúrbios gastrintestinais que possam diminuir a absorção do fármaco. Em alguns pacientes ocorre GVHD após a interrupção do tratamento com SIGMASPORIN. Esses casos, geralmente, respondem favoravelmente à reintrodução da terapia. Doses baixas devem ser usadas para tratar GVHD crônica de natureza leve. 2. Doenças auto-imunes: 2.1. Uveíte endógena: Uveíte intermediária ou posterior ativa que ameace a visão, de etiologia não-infecciosa, quando a terapia convencional não der resultado ou causar efeitos colaterais inaceitáveis. Uveíte de Behçet com crises inflamatórias repetidas envolvendo a retina. Para induzir a remissão, recomenda-se dose inicial de 5 mg/kg/dia administrada por via oral, em dose única ou dividida, até que se obtenha remissão da inflamação e melhora da acuidade visual. Pode-se aumentar a dose para 7 mg/kg/dia nos casos refratários, por um período de tempo limitado. Para alcançar remissão inicial ou neutralizar crises inflamatórias oculares, pode-se acrescentar tratamento com corticosteróide sistêmico, com doses diárias de 0,2 mg/kg a 0,6 mg/kg de prednisona ou equivalente, caso SIGMASPORIN apenas não controle suficientemente a situação. No tratamento de manutenção deve-se reduzir a dose lentamente, até o nível eficaz mais baixo que, durante as fases de remissão, não deve exceder 5 mg/kg/dia. Advertências: Como SIGMASPORIN pode prejudicar a função renal, somente os pacientes com função renal normal devem ser tratados. É necessário avaliar freqüentemente a função renal e reduzir a dose de SIGMASPORIN em 25% a 50%, quando a creatinina sérica aumentar mais que 30% em relação ao valor inicial, em mais de uma medida. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores do paciente ainda estejam dentro dos limites normais do laboratório. 2.2. Síndrome nefrótica: Síndrome nefrótica esteróide-dependente e esteróide-resistente, em adultos e crianças, causada por doenças glomerulares, como nefropatia de lesão mínima, glomeruloesclerose focal e segmentar ou glomerulonefrite membranosa. SIGMASPORIN pode ser utilizado para induzir remissões e para mantê-las. Também pode ser usado para manter remissão induzida pelo esteróide, permitindo a retirada dos esteróides. Para induzir remissão, a dose diária recomendada, dada em 2 doses orais divididas, é de 5 mg/kg para adultos e de 6 mg/kg para crianças se, com exceção da proteinúria, a função renal for normal. Em pacientes com função renal prejudicada, a dose inicial não deve exceder 2,5 mg/kg ao dia. A combinação SIGMASPORIN com baixas doses de corticosteróides orais é recomendada se o efeito somente de SIGMASPORIN não for satisfatório, especialmente em pacientes resistentes aos esteróides. Na ausência de eficácia após 3 meses de terapia, o tratamento com SIGMASPORIN deve ser descontinuado. As doses devem ser ajustadas individualmente, de acordo com a eficácia (proteinúria) e a segurança (principalmente a creatinina sérica), mas não deve exceder 5 mg/kg/dia em adultos e 6 mg/kg/dia em crianças. Para o tratamento de manutenção, a dose deve ser reduzida devagar, até a menor dose eficaz. Advertências: Como SIGMASPORIN pode alterar a função renal, é necessário avaliar freqüentemente a função renal e reduzir a dose em 25% a 50%, quando a creatinina sérica aumentar mais que 30% em relação ao valor inicial. Pacientes com função renal inicial anormal devem ser inicialmente tratados com 2,5 mg/kg/dia e devem ser controlados cuidadosamente. Em alguns pacientes pode ser difícil detectar a disfunção renal induzida por SIGMASPORIN, em virtude das alterações da função renal relacionadas com a própria síndrome nefrótica. Isso explica o porquê, em ocasiões raras, foram observadas alterações renais estruturais associadas a SIGMASPORIN, sem aumentos da creatinina sérica. Deve-se considerar a realização de biópsia renal em pacientes com nefropatia de alteração mínima e esteróide-dependente se o tratamento com SIGMASPORIN tiver sido mantido por mais de um ano. Em pacientes com síndrome nefrótica tratados com imunossupressores (inclusive SIGMASPORIN) tem sido relatada, ocasionalmente, a ocorrência de processos malignos (inclusive linfomas de Hodgkin). 2.3. Artrite reumatóide: SIGMASPORIN é indicado para o tratamento da artrite reumatóide ativa severa em pacientes para os quais os anti-reumáticos clássicos de ação lenta são inadequados ou ineficazes. Durante as 6 primeiras semanas de tratamento, a dose recomendada é de 3 mg/kg/dia, administrados por via oral, em doses divididas. Se o efeito for insuficiente, a dose diária pode então ser aumentada gradativamente, conforme a tolerabilidade permitir, mas não deve exceder 5 mg/kg. Para atingir eficácia plena, são necessárias até 12 semanas de terapia com SIGMASPORIN. Para o tratamento de manutenção, a dose deve ser ajustada individualmente de acordo com a tolerabilidade. SIGMASPORIN pode ser dado em combinação com corticosteróides em baixas doses e/ou com antiinflamatórios não-esteróides. Advertências: Pacientes com função renal prejudicada, hipertensão não-controlada, infecções não-controladas ou qualquer tipo de malignidade não devem receber SIGMASPORIN. Como SIGMASPORIN pode alterar a função renal, deve-se estabelecer um nível inicial confiável da creatinina sérica, fazendo-se pelo menos duas determinações antes do tratamento, e a creatinina sérica deve ser monitorizada a intervalos de 2 semanas durante os 3 primeiros meses de tratamento. A partir de então, as determinações podem ser feitas a cada 4 semanas, mas são necessários testes freqüentes quando a dose de SIGMASPORIN for aumentada ou o tratamento concomitante com antiinflamatórios não-esteróides for iniciado ou sua posologia for aumentada. Ajuste da dose com base nos valores da creatinina: Se a creatinina sérica permanecer aumentada em mais de 30% acima do valor inicial, em mais de uma determinação, a posologia de SIGMASPORIN deve ser reduzida. Se a creatinina sérica aumentar mais que 50%, é obrigatória a redução da posologia em 50%. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores dos pacientes estejam dentro dos limites normais do laboratório. Se a redução da dose não tiver sucesso na redução dos níveis de creatinina em um mês, o tratamento com SIGMASPORIN deve ser interrompido. A interrupção do tratamento pode também se tornar necessária se a hipertensão, desenvolvida durante o tratamento com SIGMASPORIN, não puder ser controlada por terapia anti-hipertensiva adequada. Como ocorre com outros tratamentos imunossupressores prolongados, deve-se ter em mente o aumento do risco de doenças linfoproliferativas. 2.4. Psoríase: SIGMASPORIN é indicado em pacientes com psoríase severa, nos quais a terapia convencional é ineficaz ou inadequada. Para induzir a remissão, a dose inicial recomendada é de 2,5 mg/kg/dia em duas doses orais divididas. Se não houver melhora após um mês, a dose diária pode ser aumentada gradativamente, mas não exceder 5 mg/kg. O tratamento deve ser interrompido em pacientes que não obtenham resposta suficiente das lesões psoriáticas no prazo de 6 semanas, na posologia de 5 mg/kg/dia, ou quando a dose eficaz não for compatível conforme as informações a seguir. Doses iniciais de 5 mg/kg/dia são justificadas em pacientes cuja afecção requer melhora rápida. Para o tratamento de manutenção, as doses devem ser diminuídas individualmente no nível eficaz mais baixo e não devem exceder 5 mg/kg/dia. Advertências: Pacientes com função renal anormal, hipertensão não-controlada, infecções não-controladas ou qualquer tipo de malignidade, excluída a de pele, não devem receber SIGMASPORIN. Requer-se cautela em pacientes com hiperuricemia ou hiperpotassemia. Como pode prejudicar a função renal, deve-se estabelecer um nível inicial confiável de creatinina sérica através de pelo menos duas determinações antes do tratamento e deve-se controlar a creatinina sérica a intervalos de 2 semanas, durante os 3 primeiros meses de terapia. Posteriormente, se a creatinina permanecer estável, as determinações deverão ser realizadas a cada 2 meses, em pacientes que estão na dose de 2,5 mg/kg/dia e, mensalmente, nos pacientes que requerem doses maiores. A dose de SIGMASPORIN deverá ser reduzida em 25% a 50% se a creatinina sérica permanecer aumentada mais que 30% em relação ao valor inicial. Essas recomendações se aplicam mesmo que os valores do paciente ainda estejam dentro dos limites normais do laboratório. Se a redução da dose não tiver êxito dentro de um mês, o tratamento com SIGMASPORIN deverá ser descontinuado. Recomenda-se também a interrupção da terapia com SIGMASPORIN quando houver o desenvolvimento de hipertensão que não possa ser controlada com terapia adequada. Tem-se relatado o desenvolvimento de processos malignos (em particular na pele) em pacientes psoriáticos em tratamento, assim como com outros tratamentos convencionais. As lesões cutâneas não-típicas da psoríase, mas suspeitas de serem malignas ou pré-malignas, devem ser submetidas a biópsia, antes de se iniciar o tratamento. Pacientes com alterações malignas ou pré-malignas de pele devem ser tratados com SIGMASPORIN somente após o tratamento adequado dessas lesões e se não houver outra opção para uma terapia bem-sucedida. Em alguns pacientes psoriáticos tratados ocorreram distúrbios linfoproliferativos. Esses responderam à imediata descontinuação do medicamento. Nota: A experiência com ciclosporina em crianças ainda é limitada; no entanto, crianças a partir de um ano de idade receberam ciclosporina na posologia padrão, sem problemas particulares. Em estudos publicados, os pacientes pediátricos necessitaram e toleraram doses maiores de ciclosporina, por kg de peso corporal, que as usadas nos adultos.