Advertências stocrin

STOCRIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de STOCRIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com STOCRIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



STOCRIN não deve ser usado como agente único para tratar a infecção causada pelo HIV ou adicionado como agente único a um esquema que tenha falhado.
Ao prescrever medicamentos que serão utilizados concomitantemente com STOCRIN , os médicos devem consultar as respectivas bulas emitidas pelos fabricantes.
Quando qualquer medicação antirretroviral em esquema combinado for interrompida por suspeita de intolerância, deve-se considerar seriamente a descontinuação simultânea de todas as medicações antirretrovirais. As medicações antirretrovirais devem ser reiniciadas ao mesmo tempo, quando desaparecerem os sintomas de intolerância. A monoterapia intermitente e a reintrodução sequencial de agentes antirretrovirais não são aconselháveis por causa do aumento da possibilidade de seleção de vírus mutantes resistentes aos medicamentos. A coadministração de STOCRIN com associações de medicamentos que contêm efavirenz não é recomendada, a menos que seja necessária para ajuste de dose (exemplo: com rifampina).
Foram observadas malformações em fetos de animais tratados com o efavirenz (veja GRAVIDEZ); portanto, a gravidez deve ser evitada por mulheres que estejam recebendo STOCRIN. Métodos anticoncepcionais por barreiras devem ser sempre adotados em combinação com outros métodos anticoncepcionais (por exemplo, anticoncepcionais orais ou outros anticoncepcionais hormonais) (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Interações Medicamentosas: As concentrações plasmáticas de efavirenz podem ser alteradas por substratos, inibidores ou indutores da CYP3A4. Do mesmo modo, o efavirenz pode alterar as concentrações plasmáticas de medicamentos metabolizados pela CYP3A4 ou CYP2B6. O efeito proeminente de efavirenz no estado de equilíbrio é a indução da CYP3A4 e CYP2B6. No entanto, o efavirenz demonstrou ter efeitos inibitórios da CYP3A4 in vitro; portanto, existe o potencial teórico de que os níveis dos medicamentos sejam aumentados temporariamente para agentes metabolizados pela CYP3A4. Deve-se ter precaução durante os primeiros dias de tratamento com STOCRIN® para pacientes que estejam tomando substratos da CYP3A4 que tenham índice terapêutico estreito e um potencial para reações adversas graves e/ou que ameacem a vida (por exemplo: arritmias cardíacas, sedação prolongada ou depressão respiratória). Devem ser tomadas precauções para agentes tais como derivados da ergô (di-hidroergotamina, ergonovina, ergotamina, metilergonovina), midazolam, triazolam, bepridil, cisaprida e pimozida.

Erupção Cutânea: foi relatada erupção cutânea leve a moderada em estudos clínicos com STOCRIN , a qual geralmente desaparece com a continuação do tratamento. Anti-histamínicos e/ou corticosteroides adequados podem melhorar a tolerabilidade e acelerar o desaparecimento da erupção cutânea. Foi relatada erupção cutânea grave, com vesiculação, descamação úmida ou ulceração, em menos de 1% dos pacientes tratados com STOCRIN . A incidência de eritema polimorfo ou de síndrome de Stevens-Johnson foi de 0,14%. STOCRIN deve ser descontinuado pelos pacientes que desenvolverem erupção cutânea grave com vesiculação, descamação, acometimento de mucosas ou febre. Efavirenz não é recomendado para pacientes que tenham apresentado reações cutâneas com risco de vida (como por exemplo Síndrome de Stevens-Johnson). Se o tratamento com STOCRIN for descontinuado, deve-se também considerar a interrupção do tratamento com outros agentes antirretrovirais, a fim de evitar o desenvolvimento de vírus resistentes ao medicamento (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Foi relatada erupção cutânea em 58 de 182 crianças (32%) tratadas com STOCRIN em três estudos clínicos por uma mediana de 123 semanas. A erupção cutânea foi considerada de intensidade grave em seis pacientes. A mediana do tempo para início da erupção cutânea em pacientes pediátricos foi de 27 dias (intervalo de 3-1504 dias). Antes do início do tratamento com STOCRIN em crianças, pode-se considerar a profilaxia com anti- histamínicos adequados.

Sintomas Psiquiátricos: foram relatadas experiências adversas psiquiátricas em pacientes tratados com efavirenz. Os pacientes com histórico de distúrbios psiquiátricos parecem apresentar maior risco de experiências adversas psiquiátricas graves. Há relatos observados por farmacovigilância, de morte por suicídio, alucinações e comportamentos psicóticos; no entanto, a relação causal com o uso do efavirenz não pode ser determinada. Caso apresentem esses sintomas, os pacientes devem ser alertados a procurar imediatamente seu médico para avaliar a possibilidade de esses sintomas estarem relacionados com o uso do efavirenz e, se estiverem, para determinar se o risco de continuar o tratamento supera os benefícios (veja REAÇÕES ADVERSAS).

Sintomas Neurológicos: em estudos clínicos com pacientes recebendo diariamente 600 mg de efavirenz, foram relatados frequentemente como efeitos indesejáveis os seguintes sintomas: tontura, insônia, sonolência, dificuldade de concentração e padrão anormal de sonhos (veja REAÇÕES ADVERSAS). Os sintomas neurológicos geralmente iniciam-se durante o primeiro ou o segundo dia de tratamento e geralmente melhoram depois das primeiras 2 a 4 semanas. Os pacientes devem ser informados de que esses sintomas comuns provavelmente melhorarão no decorrer do tratamento e não indicam início subsequente de qualquer um dos sintomas psiquiátricos menos frequentes.

Convulsões: foram observadas convulsões raramente em pacientes recebendo efavirenz, geralmente na presença de histórico médico conhecido de convulsões. Pacientes que estejam recebendo medicamentos anticonvulsivantes concomitantes metabolizados principalmente pelo fígado, como a fenitoína, carbamazepina e fenobarbital podem necessitar de monitoramento periódico dos níveis plasmáticos. Em um estudo de interação medicamentosa, as concentrações plasmáticas de carbamazepina foram diminuídas quando a carbamazepina foi coadministrada com efavirenz (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Deve-se ter cuidado com qualquer paciente que apresente histórico de convulsões.

Síndrome de Reconstituição Imunológica: a síndrome de reconstituição imunológica tem sido relatada em pacientes tratados com a terapia de combinação antirretroviral (TCAR), incluindo STOCRIN®. Durante a fase inicial do tratamento, um paciente cujo sistema imunológico responda à TCAR pode desenvolver uma resposta inflamatória a infecções oportunistas insensíveis ou residuais, as quais podem necessitar de avaliação e tratamento adicional.
Foram também reportados distúrbios autoimunes (como Doenças de Graves) durante o início da reconstituição imune, no entanto, o tempo reportado para início é variável e estes eventos podem ocorrer muitos meses após o início do tratamento.

Populações Especiais: tendo em vista o metabolismo extensivo do efavirenz mediado pelo citocromo P450 e a limitada experiência clínica em pacientes com doença hepática crônica, deve-se ter cautela ao administrar STOCRIN a pacientes com doença hepática.
Pacientes com hepatite crônica B ou C e tratados com a terapia de combinação antirretroviral estão em risco aumentado de eventos adversos hepáticos graves e potencialmente fatais. Alguns dos relatos de farmacovigilância de insuficiência hepática ocorreram em pacientes sem nenhuma doença hepática preexistente ou outros fatores de risco identificáveis. O monitoramento de enzimas hepáticas também deve ser considerado para pacientes sem disfunção hepática preexistente ou outros fatores de risco.
A farmacocinética do efavirenz não foi estudada em pacientes com insuficiência renal, entretanto menos de 1% de uma dose de efavirenz é excretada inalterada na urina; portanto, o impacto do comprometimento renal na eliminação do efavirenz deve ser mínimo.
Não há experiência de uso de STOCRIN em pacientes com insuficiência renal grave e é recomendado monitoramento de segurança nesta população.

Enzimas Hepáticas: para pacientes com histórico de hepatite B ou C ou nos quais se suspeita de presença dessas infecções e para pacientes tratados com outras medicações associadas à toxicidade hepática, recomenda-se a monitoração das enzimas hepáticas. No caso de pacientes com elevações persistentes das transaminases séricas cinco vezes acima do limite superior da normalidade, o benefício do tratamento contínuo com STOCRIN deve ser contraposto aos riscos desconhecidos de toxicidade hepática significativa (veja REAÇÕES ADVERSAS).

Gravidez: Categoria D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
A gravidez deve ser evitada por mulheres que estejam sendo tratadas com efavirenz. Métodos anticoncepcionais por barreiras devem ser sempre adotados em combinação com outros métodos anticoncepcionais (por exemplo: anticoncepcionais orais ou outros anticoncepcionais hormonais).
Devido à meia-vida longa do efavirenz, o uso de medidas contraceptivas adequadas por 12semanas após a descontinuação de STOCRIN® é recomendado. Mulheres com potencial para engravidar devem realizar um teste de gravidez antes do início da terapia com efavirenz. O efavirenz não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que o benefício potencial para a mãe supere claramente o risco potencial ao feto e não existam outras opções de tratamento apropriadas. Se uma mulher tomar efavirenz durante o primeiro trimestre de gravidez ou engravidar enquanto estiver tomando efavirenz, ela deve ser informada do potencial prejuízo ao feto.
Não existem estudos adequados e bem-controlados do efavirenz em mulheres grávidas. Na experiência de farmacovigilância por meio de um registro de gravidez antirretroviral, mais de 700 casos de gravidez com exposição no primeiro trimestre ao efavirenz como parte de uma terapia de combinação antirretroviral foram relatados sem nenhum padrão específico de malformação. Neste registro, um pequeno número de casos de defeitos do tubo neural, incluindo meningomielocele, foi relatado; a maioria destes relatos foi retrospectiva e a causalidade não foi estabelecida.

Nutrizes: Efavirenz é secretado no leite de ratas lactantes e foi demonstrado que o efavirenz passa através do leite humano. É recomendado às mães que estejam tomando efavirenz não amamentarem seus filhos. Recomenda-se que mulheres HIV-positivas não amamentem sob quaisquer circunstâncias, a fim de evitar a transmissão do HIV.

Uso em Idosos: foi avaliado um número insuficiente de pacientes idosos em estudos clínicos para determinar se eles reagem de modo diferente em relação aos pacientes mais jovens.

Uso Pediátrico: STOCRIN não foi avaliado em crianças com menos de 3 anos de idade ou com peso inferior a 13 kg. Existem evidências indicando que a farmacocinética do efavirenz pode ser alterada em crianças muito novas; por essa razão, não se deve administrar a solução oral de efavirenz a crianças com menos de 3 anos de idade. Os comprimidos de STOCRIN não são adequados para crianças com peso inferior a 40 kg; para esses pacientes, está disponível a solução oral de STOCRIN.

Dirigir e operar Máquinas: STOCRIN® pode causar tontura, comprometimento da concentração e/ou sonolência. Os pacientes devem ser orientados de que se apresentarem estes sintomas, eles deverão evitar tarefas potencialmente perigosas, como dirigir ou operar máquinas.

ATENÇÃO: O USO INCORRETO CAUSA RESISTÊNCIA DO VÍRUS DA AIDS E FALHA NO TRATAMENTO.