Advertências sutent

SUTENT com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SUTENT têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SUTENT devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Advertências Pele e Tecidos
A alteração da cor da pele, possivelmente devido à presença da substância ativa colorida (amarelo), é um evento adverso muito comum relacionado ao tratamento, ocorrendo em cerca de 30% dos pacientes. Os pacientes devem ser informados que pode ocorrer despigmentação dos cabelos ou coloração da pele com o uso de Sutent®. Outros efeitos dermatológicos possíveis de ocorrer incluem secura, espessamento ou rachadura da pele, bolhas Esses eventos não são cumulativos, foram tipicamente reversíveis e geralmente não necessitam de descontinuação do tratamento. Dor/irritação da boca foi relatado em aproximadamente 14% dos pacientes. Disgeusia foi relatada em aproximadamente 28% dos pacientes.
Eventos Hemorrágicos
Eventos hemorrágicos relatados através da experiência pós-comercialização, alguns dos quais foram fatais, incluíram hemorragias gastrintestinais, respiratórias, tumorais, do trato urinário e cerebrais. Em estudos clínicos, hemorragia tumoral relacionada ao tratamento ocorreu em aproximadamente 2% dos pacientes com GIST. Esses eventos podem ocorrer repentinamente, e no caso de tumores de pulmão, podem apresentar-se como hemoptise grave e de risco de morte ou hemorragia pulmonar. Hemorragia pulmonar fatal ocorreu em 2 pacientes que receberam sunitinibe em um estudo clínico de pacientes com câncer de pulmão metastático de células não pequenas (NSCLC). Ambos os pacientes tiveram histologia de células escamosas. Sutent® não é indicado para pacientes com câncer pulmonar metastático de células não pequenas. Eventos de sangramento emergentes do tratamento ocorreram em 18% de pacientes recebendo sunitinibe na fase de tratamento duplo-cego do Estudo GIST e em 17% de pacientes recebendo placebo. Em pacientes recebendo sunitinibe para RCCm em pacientes virgens de tratamento, 39% dos pacientes apresentaram eventos de sangramento, comparado com 11% de pacientes recebendo interferon-α. Onze pacientes (3,1%) em tratamento com sunitinibe apresentaram eventos de sangramento relacionados ao tratamento de Grau 3 ou maior versus 1 (0,3%) de pacientes em tratamento com interferon-α. Dos pacientes recebendo sunitinibe para RCCm refratário a citoquina, 26% apresentaram sangramento. A avaliação de rotina deste evento deve incluir hematimetria completa e exame físico. Epistaxe relacionada ao tratamento foi relatada em 8% dos pacientes com tumores sólidos. A epistaxe foi o evento adverso hemorrágico relacionado ao tratamento mais comum, relatado por aproximadamente metade dos pacientes com tumores sólidos que apresentaram eventos hemorrágicos. Eventos de sangramento, com exceção de epistaxe, ocorreram em 19% dos pacientes que receberam sunitinibe em um estudo de tumores neuroendócrinos pancreáticos de Fase 3 comparado a 4% dos pacientes que receberam placebo. Avaliações de rotina deste evento devem incluir hemogramas completos e exames físicos.
Trato Gastrintestinal
Complicações gastrintestinais graves, algumas vezes fatais, incluindo perfuração gastrintestinal, ocorreram raramente em pacientes com malignidades intra-abdominais tratados com Sutent®.
Eventos Gastrintestinais
Náusea, diarreia, estomatite, dispepsia e vômito foram os eventos gastrintestinais mais comumente relatados relacionados ao tratamento. As medidas de suporte para eventos adversos gastrintestinais podem incluir medicação antiemética ou antidiarreica.
Pancreatite
Aumentos na lipase sérica e amilase foram observados em pacientes com diversos tumores sólidos malignos que receberam Sutent®. Aumentos nos níveis de lipase foram transitórios e geralmente não acompanhados de sinais ou sintomas de pancreatite em indivíduos com vários tumores sólidos. Foi observada pancreatite em 0,4% dos pacientes com tumores sólidos. Se sintomas de pancreatite aparecerem, os pacientes devem ter o tratamento com Sutent® interrompido e devem ser prestados cuidados de suporte adequado.
Hepatotoxicidade
Hepatotoxicidade foi observada em pacientes tratados com Sutent®. Casos de insuficiência hepática, alguns com desfecho fatal, foram observados em < 1% dos pacientes com tumores sólidos tratados com Sutent®. Devem ser realizados testes de monitoração da função hepática (alanina transaminase [ALT], aspartato transaminase [AST], níveis de bilirrubina) antes do início do tratamento, durante cada ciclo de tratamento ou como clinicamente indicado. Sutent® deve ser interrompido em casos de eventos adversos hepático-relacionados de Grau 3 ou 4 e descontinuado se não houver resolução.
Hematológico
Foi relatada diminuição na contagem absoluta de neutrófilos de Graus 3 e 4 em 13,1% e 0,9% dos pacientes, respectivamente. Foi relatada diminuição na contagem absoluta das plaquetas de Graus 3 e 4 em 4% e 0,5% dos pacientes, respectivamente. Os eventos anteriores não foram cumulativos, foram tipicamente reversíveis e geralmente não resultaram na descontinuação do tratamento. Além disso, alguns casos de hemorragia fatal associados com trombocitopenia foram relatados na experiência pós-comercialização. Hematimetria completa deve ser realizada no início de cada ciclo de tratamento para pacientes recebendo Sutent®. Foi relatada diminuição na contagem absoluta de neutrófilos de Graus 3 e 4 em 13% e 2,4% dos pacientes nos estudos de tumores neuroendócrinos pancreáticos de Fase 3. Foi relatada diminuição na contagem absoluta das plaquetas de Graus 3 e 4 em 3,7% e 1,2% dos pacientes nos estudos de tumores neuroendócrinos pancreáticos de Fase 3.
Cardiovascular
Eventos cardiovasculares, incluindo insuficiência cardíaca, cardiomiopatia e problemas miocárdicos, alguns dos quais fatais, foram relatados na experiência pós-comercialização. Em estudos clínicos, ocorreram reduções na fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) ≥ 20% e abaixo do limite inferior da normalidade em aproximadamente 2% dos pacientes com GIST tratados com sunitinibe, 4% dos pacientes com RCCm (carcinoma metastático de células renais) refratário a citoquinas e 2% dos pacientes tratados com placebo. Esses declínios da FEVE não parecem ser progressivos e frequentemente melhoram com a continuidade do tratamento. Em estudos de RCCm em pacientes virgens de tratamento, 27% e 15% dos pacientes tratados com sunitinibe e interferon-α, respectivamente, apresentaram valor de FEVE abaixo de LLN. Dois pacientes (< 1%) que receberam sunitinibe foram diagnosticados com insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Os eventos adversos de “insuficiência cardíaca”, “insuficiência cardíaca congestiva” ou “insuficiência ventricular esquerda” que foram relacionados ao tratamento foram relatados em 0,7% dos pacientes com tumores sólidos e 1% dos pacientes tratados com placebo. Os pacientes que apresentaram eventos cardíacos dentro de 12 meses antes da administração do sunitinibe, como infarto do miocárdio (incluindo angina grave/instável), cirurgia de revascularização com bypass coronariano ou periférico, insuficiência cardíaca congestiva sintomática, acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório, ou embolia pulmonar foram excluídos dos estudos clínicos com sunitinibe. Não se sabe se os pacientes com essas condições concomitantes podem estar em maior risco de desenvolvimento de disfunção ventricular esquerda relacionada ao medicamento. Os médicos devem estar alerta para avaliarem esse risco contra os benefícios potenciais do medicamento. Estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas clínicos de ICC enquanto estão recebendo sunitinibe. As avaliações pré-tratamento e periódicas da FEVE também devem ser consideradas enquanto o paciente recebe o sunitinibe. Em pacientes sem fatores de risco cardíaco, deve ser considerada uma avaliação pré-tratamento da fração de ejeção. Na presença de manifestações clínicas de ICC, recomenda-se a descontinuação de Sutent®. A dose de Sutent® deve ser suspensa e/ou reduzida em pacientes sem evidências clínicas de ICC, porém, com uma fração de ejeção < 50% e > 20% abaixo do pré-tratamento. Prolongamento do Intervalo QT
Sutent® prolongou o intervalo QTcF (correção de Fridericia) quando suas concentrações foram o dobro da concentração terapêutica (vide item 3. Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas). Não existiram pacientes com toxicidades maiores que Grau 2 no prolongamento do intervalo QT/QTc, conforme Critério de Terminologia Comum para Reações Adversas v. 3.0 (CTCAE). O prolongamento do intervalo QT pode levar a um aumento do risco de arritmia ventricular, incluindo torsade de pointes, que foi observado em < 0,1% dos pacientes expostos ao sunitinibe. Sutent® deve ser usado com cautela em pacientes com conhecida história de prolongamento do intervalo QT, em pacientes que estejam tomando antiarrítmicos ou em pacientes com doença cardíaca relevante pré-existente, bradicardia ou distúrbios eletrolíticos. O tratamento concomitante com inibidores potentes da CYP3A4, que podem aumentar a concentração plasmática do sunitinibe, deve ser feito com cautela, e a dose de Sutent® deve ser reduzida (vide itens 8. Posologia e Modo de Usar e 6. Interações Medicamentosas).
Embolia Pulmonar
Embolia pulmonar relacionada ao tratamento foi relatada em aproximadamente 1,1% dos pacientes com tumores sólidos que receberam Sutent®. Nenhum destes eventos resultou na descontinuação do tratamento; no entanto, a redução da dose ou postergação temporária do tratamento ocorreu em poucos casos. Não houve recorrência de embolia pulmonar nestes pacientes após o reinício do tratamento.
Eventos respiratórios
Pacientes que apresentaram embolia pulmonar dentro dos 12 meses anteriores ao início dos estudos, foram excluídos dos estudos clínicos. Em pacientes que receberam sunitinibe em estudos de Fase 3, eventos pulmonares relacionados ao tratamento (ou seja, dispneia, efusão pleural, embolia pulmonar ou edema pulmonar) foram relatados em 7,2% dos pacientes com tumores neuroendócrinos pancreáticos. Não foi relatado nenhum caso de embolia pulmonar relacionada ao tratamento em pacientes com tumores neuroendócrinos pancreáticos que receberam sunitinibe no estudo de Fase 3. Casos raros com desfecho fatal foram observados na pós-comercialização.
Eventos tromboembólicos venosos
Não foram relatados eventos tromboembólicos para pacientes que receberam sunitinibe. Trombose venosa profunda de Grau 2 foi relatada para um paciente que recebeu placebo no estudo de Fase 3 de tumores neuroendócrinos pancreáticos. Não foram relatados casos de desfecho fatal em estudos de registro tumores neuroendócrinos pancreáticos. Casos com desfecho fatal foram observados na pós-comercialização.
Hipertensão
Hipertensão relacionada ao tratamento foi relatada em aproximadamente 16% dos pacientes com tumores sólidos. A dose de Sutent® foi reduzida ou o tratamento temporariamente postergado em aproximadamente 2,7% desta população de pacientes. Nenhum destes pacientes descontinuou o tratamento com Sutent®. Hipertensão grave (pressão sistólica > 200 mmHg ou pressão diastólica > 110 mmHg) ocorreu em 4,7% desta população de pacientes. Hipertensão relacionada ao tratamento foi relatada em aproximadamente 30% dos pacientes recebendo sunitinibe para RCCm em pacientes virgens de tratamento e em 6% dos pacientes recebendo interferon-α. Hipertensão grave ocorreu em 12% dos pacientes virgens de tratamento com sunitinibe e em < 1% dos pacientes com interferon-α. Os pacientes devem ser submetidos à triagem para hipertensão e controlados adequadamente. A suspensão temporária é recomendada em pacientes com hipertensão grave não controlada com medicação. O tratamento pode ser reiniciado assim que a hipertensão estiver controlada adequadamente. Hipertensão relacionada ao tratamento foi relatada em 23% dos pacientes que receberam sunitinibe em um estudo de tumores neuroendócrinos pancreáticos de Fase 3 comparado a 4% dos pacientes que receberam placebo. Hipertensão grave ocorreu em 10% dos pacientes de tumores neuroendócrinos pancreáticos com sunitinibe e em 3% dos pacientes com placebo. Os pacientes devem ser submetidos à triagem para hipertensão e controlados adequadamente. É recomendada a suspensão temporária em pacientes com hipertensão grave que não é controlada com tratamento médico. O tratamento pode ser retomado uma vez que a hipertensão seja controlada adequadamente.
Disfunção da Tireoide
Recomenda-se avaliação laboratorial basal da função tireoidiana e pacientes com hipotireoidismo ou hipertireoidismo devem ser tratados de acordo com as práticas médicas padrão antes do início do tratamento com sunitinibe. Todos os pacientes devem ser rigorosamente observados quanto a sinais e sintomas de disfunção da tireoide durante o tratamento com sunitinibe. Os pacientes com sinais e/ou sintomas sugestivos de disfunção da tireoide devem receber monitoramento laboratorial do desempenho da função tireoidiana e devem ser tratados de acordo com a prática médica padrão. Hipotireoidismo decorrente do tratamento foi observado em 4% dos pacientes com GIST tratados com sunitinibe versus 1% dos tratados com placebo. Hipotireoidismo foi relatado como um evento adverso em 16% dos pacientes recebendo sunitinibe que participaram do estudo de RCCm em pacientes virgens de tratamento e três pacientes (<1%) no braço interferon-α, e em 4% dos pacientes que participaram de dois estudos de RCCm refratário a citoquinas. Adicionalmente, foram relatadas elevações de TSH em 2% dos pacientes de RCCm refratário a citoquinas. No geral, 7% da população com RCCm refratário a citoquinas apresentou tanto evidências clínicas como laboratoriais de hipotireoidismo decorrente do tratamento. Em estudos clínicos e experiências pós-comercialização, foram relatados raros casos de hipertireoidismo, alguns seguidos por hipotireoidismo. No estudo de Fase 3 de tumores neuroendócrinos pancreáticos, hipotireoidismo relacionado ao tratamento foi relatado em 5 pacientes (6%) recebendo sunitinibe e em um paciente (1%) recebendo placebo.
Pancreatite
Não foi relatada pancreatite relacionada ao tratamento no estudo de tumores neuroendócrinos pancreáticos de Fase 3.
Convulsões
Nos estudos clínicos com sunitinibe, foram observadas convulsões nos indivíduos com evidências radiológicas de metástases cerebrais. Além disso, houve raros relatos (< 1%) de indivíduos apresentando crises e evidências radiológicas de Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível (SLPR). Nenhum destes indivíduos apresentou um desfecho fatal para o evento. Os pacientes com convulsões e sinais/sintomas consistentes com SLPR, como hipertensão, cefaleia, diminuição do estado de alerta, funcionamento mental alterado e perda visual, incluindo cegueira cortical, devem ser controlados com tratamento médico, incluindo controle da hipertensão. Recomenda-se a suspensão temporária de Sutent®; após a resolução, o tratamento pode ser reiniciado a critério do médico responsável pelo tratamento. Procedimentos Cirúrgicos
Casos de debilidade na cicatrização de feridas foram relatados durante a terapia com sunitinibe. A interrupção temporária da terapia com sunitinibe é recomendada por precaução em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande importância. Há experiência clínica limitada com relação ao tempo de reinício da terapia seguida de intervenção cirúrgica. Entretanto, a decisão de restringir a terapia com sunitinibe após essas intervenções cirúrgicas deve ser baseada no julgamento clínico da recuperação da cirurgia.
Osteonecrose da mandíbula (ONM)
ONM tem sido raramente observada em testes clínicos e foi relatada na experiência pós-comercialização em doentes tratados com sunitinibe. A maioria dos casos ocorreu em pacientes que haviam recebido tratamento prévio ou concomitante com bifosfonatos IV, para o qual ONM é um risco identificado. Cuidado deve ser tomado quando o sunitinibe e bifosfonatos IV são utilizados simultaneamente ou sequencialmente. Procedimentos dentários invasivos são também um fator de risco identificados para ONM. Antes do tratamento com sunitinibe, um exame dentário e odontologia preventiva apropriada deve ser considerada. Em pacientes em tratamento com sunitinibe, que já receberam ou estão recebendo bisfosfonatos IV, procedimentos dentários invasivos devem ser evitados, se possível.
Atenção: Sutent® contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.