Reações adversas taxilan

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De um modo geral, a freqüência e a gravidade das reações adversas são similares entre os pacientes que receberam paclitaxel para o tratamento de ovário, mama, câncer de não-pequenas células do pulmão ou sarcoma de Kaposi.Experiências adversas por sistema corpóreo: A freqüência e a gravidade de reações adversas geralmente são similares para todos os pacientes que recebem paclitaxel. Entretanto, pacientes com sarcoma de Kaposi relacionados à AIDS podem sofrer com maior freqüência e gravidade toxicidade hematológica, infecções e neutropenia febril. Estes pacientes necessitam de uma redução na intensidade da dose e de cuidados de suporte. Hematológicas: Mielodepressão foi a principal toxicidade dose-limitante. Neutropenia, a mais importante toxicidade hematológica, foi dependente da dose e do esquema posológico e, em geral, rapidamente reversível. A neutropenia não pareceu aumentar com a exposição cumulativa e não foi mais freqüente ou mais grave em pacientes que haviam se submetido à radioterapia anterior. Ocorreu febre com freqüência (12% de todos os ciclos de tratamento). Episódios infecciosos ocorreram em 30% de todos os pacientes e em 9% de todos os ciclos: esses episódios foram fatais em 1% de todos os pacientes e incluíram sepse, pneumonia e peritonite. Infecções no trato urinário e no trato respiratório superior foram as complicações infecciosas relatadas com maior freqüência. Na população de pacientes imunodeprimidos com infecção avançada por HIV e sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS, 61% dos pacientes relataram pelo menos uma infecção oportunista. O uso de terapia adjuvante, entre as quais o G-CSF, é recomendado para pacientes que sofrem de neutropenia grave (vide Posologia e Administração). 20% dos pacientes apresentaram queda na contagem de plaquetas < 50.000 células/mm3 no seu pior nadir. Episódios de hemorragia foram relatados em 4% de todos os ciclos e por 14% de todos os pacientes, mas a maioria dos episódios hemorrágicos eram localizados e a freqüência desses eventos não foi relacionada à dose ou ao esquema posológico.. Observou-se anemia (Hb < 11 g/dl) em 78% dos pacientes, considerada grave (Hb < 8 g/dl) em 16% dos casos. Não se observou nenhuma relação consistente entre a dose ou o esquema posológico e a freqüência de anemia. Reações de Hipersensibilidade: Todos os pacientes devem receber medicação anterior a paclitaxel (vide Advertências). A dose ou o esquema posológico não interfere na freqüência e gravidade das reações de hipersensibilidade. Reações de hipersensibilidade foram observadas em 20% dos ciclos e em 41% dos pacientes. Essas reações foram graves em menos de 2% dos pacientes e 1% dos ciclos. Os sintomas mais freqüentes observados durante essas reações graves foram dispnéia, rubor, dor no peito e taquicardia. Raros relatos de calafrios e dores nas costas em associação com reações de hipersensibilidade foram recebidos. Cardiovasculares: Ocorreu hipotensão, durante as 3 primeiras horas de infusão, em 12% dos pacientes e em 3% de todos os ciclos administrados. Ocorreu bradicardia, durante as três primeiras horas de infusão, em 3% dos pacientes e 1% de todos os ciclos. Eventos cardiovasculares significativos possivelmente relacionados ao paclitaxel como agente único ocorreram em aproximadamente 1% dos pacientes. Estes eventos incluíram síncope, anormalidades do ritmo cardíaco, hipotensão e trombose venosa. Casos de infarto do miocárdio foram raramente relatados. A insuficiência cardíaca congestiva é relatada tipicamente em pacientes que receberam outras quimioterapias, principalmente com antraciclinas. Raros relatos de fibrilação atrial e taquicardia supraventricular foram recebidos. Respiratórias: Relatos raros de pneumonia intersticial, fibrose pulmonar e embolismo pulmonar foram recebidos. Raros relatos de pneumonite por radiação foram efetuados por pacientes que haviam recebido radioterapia concomitante. Neurológicas: A freqüência e a gravidade das manifestações neurológicas são dose-dependentes, mas não são influenciadas pela duração da infusão. A neuropatia periférica foi observada em 60% do total de pacientes (3% graves) e 52% (2% graves) dos pacientes sem neuropatia preexistente. A freqüência da neuropatia periférica aumenta com a dose cumulativa. A neuropatia periférica foi a causa da descontinuação de paclitaxel em 1% dos pacientes. Sintomas sensoriais normalmente melhoraram ou desapareceram em alguns meses após a interrupção do medicamento. Outros eventos neurológicos graves relatados após a administração de paclitaxel foram raros (< 1%) e incluíram ataque epilético do tipo grande mal, ataxia e encefalopatia. Raros relatos de neuropatia autonômica resultando em íleo paralítico e neuropatia motora resultando em fraqueza distal de pequena intensidade foram efetuados. Foram relatados também distúrbios de nervo óptico e/ou visuais (escotomas cintilantes), em particular nos pacientes que receberam doses mais altas que as recomendadas. Estes efeitos foram, em geral, reversíveis. Contudo, relatos raros encontrados na literatura sobre a anormalidade visual potencial têm sugerido lesão do nervo óptico persistente. Hepáticas: Raros relatos de necrose hepática e encefalopatia hepática levando ao óbito foram recebidos. Gastrointestinais: Náuseas/vômitos e mucosite foram relatados por 52%, 38% e 31% dos pacientes, respectivamente. Estas manifestações são normalmente de leve a moderada. Mucosite é dependente do esquema posológico e ocorre com maior freqüência com infusões de 24 horas do que com infusões de 3 horas. Raros relatos de obstrução gastrointestinal, perfuração intestinal, pancreatite, colite isquêmica e desidratação foram recebidos. Relatos raros de enterocolite neutropênica (tiflite), a despeito da co-administração do G-CSF, foram feitos em relação a pacientes tratados com paclitaxel isolado e em combinação com outros agentes quimioterápicos. Reações no local da injeção: As reações no local da injeção, entre as quais se incluem, reações secundárias ao extravasamento, foram normalmente leves e consistiram de eritema, flacidez, descoloração da pele ou inchaço local. Estas reações foram observadas com maior freqüência com infusões de 24 horas do que com infusões de 3 horas. A recorrência de reações cutâneas no local de um extravasamento anterior, após a administração de paclitaxel em um outro acesso venoso, foi raramente relatada. Relatos de eventos mais graves, como flebite, celulite, endurecimento, esfoliação da pele, necrose e fibrose foram raros. Em alguns casos a ocorrência de reação no local da injeção deu-se durante uma infusão prolongada ou surgiu dentro de 1 semana a 10 dias após a infusão. Outros eventos clínicos: A alopecia foi observada em quase todos os pacientes (87%). Alterações transitórias na pele devidas ao paclitaxel e relacionadas com reações de hipersensibilidade foram observadas, mas nenhuma outra toxicidade cutânea foi significativamente associada à sua administração. Alterações nas unhas (mudanças de pigmentação ou descoloração do leito ungueal) foram incomuns (2%). Edema foi relatado em 21% dos pacientes (17% deles sem edema basal); somente 1% tinha edema grave e nenhum necessitou de descontinuação do tratamento. O edema era usualmente focal e relacionado à doença. Observou-se edema em 5% dos ciclos nos pacientes normais por ocasião do inicio do tratamento e não se registrou aumento com o tempo no estudo. Raros relatos de anormalidades cutâneas relacionados a radiação, assim como relatos de erupção maculopapulosa e prurido, foram recebidos. Relatos de astenia e mal-estar também foram recebidos. Alterações em exames laboratoriais: Com valores fisiológicos/diagnósticos: fosfatase alcalina, aspartato aminotransferase e bilirrubina (os valores séricos podem aumentar de forma transitória; as elevações da fosfatase alcalina e bilirrubina podem estar relacionadas com a dose); triglicerídeos (têm-se descrito aumentos nas concentrações séricas).