Resultados de eficácia tecnovorin

TECNOVORIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TECNOVORIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TECNOVORIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Associação com 5-FU em câncer colorretal:
Em estudo clínico controlado foram avaliados diversas estratégias para ressaltar a atividade citotóxica do 5-FU no Câncer Colorretal. Um total de 429 pacientes, com câncer colorretal avançado, foram randomizados para receber os seguintes esquemas terapêuticos:

5-FU em monoterapia (n= 70). 5-FU na dose de 500mg/m2/dia, por 5 dias consecutivos. Ciclos a cada 5 semanas;

5-FU e ácido folínico em altas doses (n= 69). 5-FU na dose de 370mg/m2/dia, associado ao ácido folínico na dose de 200mg/m2/dia, por 5 dias consecutivos. Ciclos repetidos nas semanas 4, 8 e após a cada 5 semanas.

5-FU e ácido folínico em baixa dose (n=73). 5-FU na dose de 370mg/m2/dia, associado ao ácido folínico na dose de 20mg/m2/dia, por 5 dias consecutivos. Ciclos repetidos nas semanas 4 e 8, e após a cada 5 semanas.

5-FU e metotrexate em altas doses com resgate oral de ácido folínico (n=72). Metotrexate na dose de 200mg/m2 em 4 horas e 5-FU 900mg/m2, 7 horas após o início da infusão do metotrexate. O resgate com
ácido folínico (14mg/m2/dose) realizado a cada 6 horas por 8 doses, iniciando 24 horas após a infusão do metotrexate. Ciclos repetidos nas semanas 3 e 6, e após a cada 4 semanas.

5-FU e metotrexate em baixas doses (n=72). 5-FU, 700mg/m2/dia nos D1 e D8 após cada infusão do metotrexate; e metotrexate 40mg/m2/dia nos D1 e D8 . Ciclos repetidos a cada 28 dias.

5-FU e cisplatina (n=73). 5-FU na dose de 325 mg/m2/dia, por 5 dias consecutivos, e cisplatina na dose de 20mg/m2/dia, por 5 dias consecutivos. Ciclos repetidos a cada 5 semanas.
Mais de 95% dos pacientes apresentaram progressão, e 88% dos pacientes faleceram. O tempo médio de seguimento dos pacientes vivos foi de 21 meses (14 a 41 meses). Ambos esquemas terapêuticos com ácido folínico em altas ou baixas doses apresentaram significante vantagem na sobrevida (12,2 e 12 meses respectivamente) quando comparados ao uso de 5-FU em monoterapia (7,7meses). Os demais tratamentos não apresentaram vantagem na sobrevida quando comparados ao 5-FU em monoterapia (p>0.21). Dos 229 pacientes com doença mensurável, a taxa de resposta tumoral objetiva foi mais expressiva com o 5-FU em associação com o ácido folínico em baixas doses (46%), seguido pela combinação do 5-FU com ácido folínico em altas doses (26%) e 5-FU com metotrexate em baixas doses (26%). O tempo médio de prgogressão da doença foi de 8 meses para todos os regimes terapêuticos utilizados, nos pacientes respondedores.
Sessenta e sete porcento dos pacientes tratados com 5-FU em monoterapia apresentaram ao menos uma toxicidade grau 3, e os pacientes tratados com 5-FU combinado com ácido folínico em altas e baixas doses, 57 e 56% respectivamente.
Biochemical Modulation of Fluorouracil: Evidence of Significant Improvement of Survival and Quality of Life in Patients with Advanced Colorectal Carcinoma. Poon et al, JCO 1989, 7(10) 1407-18.
Intoxicação com Metotrexate (MTX):
Para avaliar a eficácia do ácido folínico em altas doses, como terapia isolada na intoxicação por metotrexate, foram avaliados 13 pacientes no período de 1988 a 1996. Os pacientes com osteossarcoma (9/13) receberam MTX nas doses de 8 a 12g/m2 com infusão em 4 horas. Os pacientes com linfoma de SNC (3/13) receberam MTX na dose de 3,5g/m2 com infusão em 4 horas. Um paciente com linfoma de Burkitt (1/13) recebeu MTX na dose de 6,7g/m2 com infusão contínua em 24 horas. A média de concentração de MTX em 24 horas foi de 164 µmol/L, 16,3 µmol/L em 48 horas e 6,2 µmol/L em 72 horas. O nível de MTX permaneceu acima de 0,1µmol/L em média 11 ± 3 dias. Todos os pacientes receberam tratamento de suporte com hidratação e bicarbonato de sódio. A administração do ácido folínico em altas doses foi iniciada nas primeiras 24 horas após a detecção do primeiro nível tóxico de MTX em 9 pacientes, nas primeiras 48 horas em 3 pacientes e em 72 horas em 1 paciente. O ácido folínico foi administrado de modo contínuo ou intermitente, com doses variando de 240 mg a 8g diariamente. Sinais de toxicidade, como neutropenia significativa (neutrófilos < 1.000/µ/L) ocorreram em 8 pacientes, com duração de 1 a 5 dias. Trombocitopenia (plaquetas < 100.000/µ/L) ocorreu em 7 pacientes, com duração de 5 a 10 dias. Outras manifestações tóxicas como mucosite em vários graus, diarréia, e neutropenia febril ocorreram, mas todos os pacientes se recuperaram. Reafirmando que o ácido folínico em altas doses, pode ser utilizado como terapêutica isolada no tratamento da intoxicação por MTX.
High-dose Leucovorin as Sole Therapy for Methotrexate Toxicity. Flombaum and Meyers. JCO 1999,17 (5): 1589-94.
Associação com sulfadiazina e pirimetamina no tratamento da toxoplasmose congênita:
Cinqüenta e cinco pacientes com diagnóstico de toxoplasmose congênita realizado através do programa Danish de screening neonatal para toxoplasmose, baseado na detecção de anticorpos IgM e/ou IgA específicos para toxoplasma em gotas de sangue de 3mm coletadas nos cartões de fenilcetonúria. Foram avaliadas 48 crianças infectadas no período de janeiro de 1999 a 2003. As crianças infectadas com toxoplasma receberam 3 meses contínuos de tratamento com 50- 100mg/kg/dia de sulfadiazina e 1mg/kg/dia de pirimetamina após dose de ataque de 2mg/kg e ácido folínico 7,5 mg administrados duas vezes na semana. O tratamento foi iniciado nos primeiros 2 meses de vida (média de 32 dias). Sete das 48 crianças (14,6%) experimentaram mudança na dose ou suspensão do tratamento devido reações adversas (6 por neutropenia e 1 por hiperbilirrubinemia).
Três crianças não completaram o tratamento devido à neutropenia, sendo mantido o ácido folínico até a recuperação hematológica. Uma criança apresentou neutropenia (neutrófilos de 0.56×109/L) após 10 semanas de tratamento. Três crianças completaram o tratamento às custas de redução da dose, aumento na dose de acido folínico ou pausa temporária do tratamento. Das 3 crianças, uma completou o tratamento sem ajuste de dose, apesar do ganho ponderal.
Vinte e nove crianças foram monitorizadas em relação ao número de neutrófilos durante o tratamento. Quatro das 29 crianças (13,8%) apresentaram neutropenia abaixo 0.5×109/L. Duas destas crianças, já eram neutropênicas antes do início do tratamento.
Três das 48 crianças receberam prednisolona em algum momento do tratamento devido à suspeita de hidrocefalia ou coriorretinite ativa. Os valores de hemoglobina estavam disponíveis em 34 pacientes, não apresentando anemia durante o tratamento. Trinta e seis pacientes tiveram suas plaquetas avaliadas e não ocorreram casos de plaquetopenia durante o tratamento. Destas 36 crianças, 19 (52,8%) apresentaram plaquetose em algum momento.
Sete crianças foram submetidas a dosagem repetidas dos níveis de pirimetamina e sulfadiazina. Todas as crianças apresentaram níveis de pirimetamina entre 0,5µg/mL e 5µg/mL e entre 10µg/mL e 100µg/mL para sulfadiazina. A crianças que apresentou o nível mais baixo de pirimetamina, apresentou coriorretinite bilateral durante o tratamento.
Este foi bem tolerado, Neutropenia abaixo de 0.5×109/L foi encontrada em apenas 4/29 pacientes (13,8%). Nenhuma criança apresentou anemia ou plaquetopenia.
Treatment of infants with congenital toxoplamosis: tolerability and plasma concentratuins of sulfadiazine and pyrimethamine. European Journal of Pediatrics.