Advertências tensuril

TENSURIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TENSURIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TENSURIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Gerais
O TENSURIL injetável é um agente anti-hipertensivo eficaz, que necessita de monitorização constante da pressão arterial do paciente, em intervalos frequentes. Sua administração pode causar ocasionalmente hipotensão, necessitando dessa forma tratamento com agentes simpatomiméticos.
Dessa forma, o produto deve ser usado primariamente em hospitais ou em locais em que existam instalações adequadas para o tratamento dessas respostas adversas. O produto somente deve ser administrado em veia periférica. Deve-se evitar a injeção extravascular ou vazamento, devido à alcalinidade da solução, que é irritante aos tecidos. Se ocorrer vazamento no tecido subcutâneo, a área deve ser tratada com compressas quentes e repouso.

O TENSURIL deve ser usado com cuidado em pacientes com alterações na circulação cerebral ou cardíaca, isto é, naqueles em que a redução abrupta na pressão arterial pode ser um fator agravante ou naqueles em que a taquicardia leve ou perfusão sanguínea diminuída pode ser deleterial. A hipotensão prolongada deve ser evitada para não agravar a eventual insuficiência renal preexistente.
Durante e imediatamente após a injeção intravenosa de TENSURIL, o paciente deve permanecer na posição supina.
Testes Laboratoriais
Os testes diagnósticos laboratoriais necessários para o estabelecimento da condição e do estado do paciente deve ser realizado antes do tratamento com o produto. Durante e após o tratamento com o TENSURIL, devem ser realizados testes laboratoriais para monitorizar os efeitos do tratamento com esta droga e as condições do paciente. Entre os testes (não necessariamente todos) estão: hematológico (hematócrito, hemoglobina, leucócito e contagem de plaquetas); metabólico (glicose, ácido úrico, proteína total, albumina); eletrólito (sódio, potássio) e osmolalidade; função renal (creatinina, proteinúria); eletrocardiograma.
Carcinogênese, Mutagênese, Diminuição da Fertilidade
Não foram feitos estudos de longo termo, em animais, com diferentes doses, para avaliar o potencial carcinogênico do diazóxido. Não foram feitos estudos laboratoriais do potencial mutagênico ou estudos em animais sobre os efeitos na fertilidade.
Efeitos Não-Teratogênicos
O diazóxido atravessa a barreira placentária e aparece no cordão umbilical.
Quando administrado à parturiente, o fármaco pode produzir no feto ou no recém-nascido: hiperbilirrubinemia, trombocitopenia, metabolismo alterado dos carboidratos e possivelmente outros efeitos colaterais que ocorrem em adultos.
Diminuição Rápida da Pressão Arterial
Deve-se tomar cuidado quando da redução da pressão arterial muito elevada. O diazóxido somente deve ser administrado utilizando-se a dose em minibolus de 150 mg. O uso da dose intravenosa de 300 mg tem sido associada com angina e com infarto do miocárdio e cerebral. Foi relatado um caso de infarto do nervo óptico quando ocorreu uma redução de 100 mmHg na pressão diastólica, após 10 minutos de uma dose única de 300 mg em bolus. Em um ensaio prospectivo conduzido em pacientes com hipertensão grave e doença coronariana arterial coexistente, foi observada, após uma dose única de 300 mg de diazóxido em bolus, uma incidência de 50% de alterações isquêmicas no eletrocardiograma. Portanto, a redução desejada da pressão arterial deve ser conseguida no período de tempo compatível com o estado do paciente. Recomenda-se, tentativamente, no mínimo algumas horas e preferencialmente um a dois dias.
Uma maior segurança com igual eficácia pode ser conseguida administrando-se o TENSURIL em minibolus (1 a 3 mg/kg, a cada 15 minutos, até o máximo de 150 mg em injeção única) até que a pressão arterial diastólica esteja abaixo de 100 mmHg. O produto não deve ser administrado em bolus de 300 mg pois este modo de administração é menos previsível e controlável do que a dosagem por minibolus. Se ocorrer hipotensão grave, resultante da redução na pressão arterial, que necessite de terapia, normalmente a mesma responde à manobra Trendelenberg. Se necessário, podem ser administrados agentes simpatomiméticos como a dopamina ou a norepinefrina.
Deve-se ter especial atenção com os pacientes com diabetes mellitus e com aqueles nos quais a retenção de sal e água pode apresentar sérios problemas.
Lesões do Miocárdio em Animais
A administração intravenosa de diazóxido em cães induziu à necrose subendocárdica e necrose dos músculos papilares. Essas lesões, que também são produzidas pior outras drogas vasodilatadoras (como a hidralazina, minoxidil) e por catecolaminas, presumivelmente estão relacionadas à anoxia resultante da combinação da taquicardia reflexa e de perfusão diminuída.