Bula para paciente tradinol

TRADINOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TRADINOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TRADINOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado para o tratamento e profilaxia de dores causadas por processos cirúrgicos, sendo indicado para anestesiar localmente o organismo por longa duração em processos operatórios e para inibir a dor causa da após os procedimentos cirúrgicos. É indicado também para processos obstetrícios como trabalho de parto.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Tradinol (cloridrato de bupivacaína) tem a função d e inibir a propagação do impulso nervoso através das fibras do sistema nervoso devido ao bloqueio do movimento dos íons sódio para dentro das membranas nervosas. Dessa forma, sensações como, por exemplo, dolorosas não são detectadas pelo usuário de cloridrato de bupivacaína.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDI-CAMENTO?
As soluções de cloridrato de bupivacaína são contra indicadas em pacientes com conhecida hipersensibilidade a anestésicos locais do tipo amida ou a outros componentes da fórmula. As soluções de cloridrato de bupivacaína são contraindicadas em associação com anestesia regional intravenosa (Bloq ueio de Bier) uma vez que a passagem acidental de cloridrato de bupivacaína para a circulação pode causar reações d e toxicidade sistêmica aguda. O cloridrato de bupivacaína 7,5mg/mL é contraindicada em pacientes obstétricas. Houve relatos de parada cardíaca com dificuldade de ressuscitação ou morte após o uso de cloridrato bupivacaína para anestesia epidural em pacientes obstétricas. Na maioria dos casos isto foi relacionado com cloridrato de bupivacaína 7,5mg/mL. Os anestésicos locais são contraindicados em anestesia peridural e m pacientes com hipotensão (pressão arterial baixa) acentuada, tais como nos choques cardiogênico (dificuldade na contração do músculo cardíaco) e hipovolêmico (condição onde o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido à perda de sangue e falta de nutrientes aos órgãos nobres, distúrbio circulatório ou volume sanguíneo inadequado).
Bloqueios obstétricos paracervicais também é contraindicada pois podem causar bradicardia fetal (diminuição da frequência cardíaca do feto) e morte.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Há relatos de casos de parada cardíaca ou morte durante o uso de cloridrato de bupivacaína e, em muitas situações, a ressuscitação tem sido difícil ou impossível. Assim, os procedimentos anestésicos devem ser sempre realizados em áreas bem equipadas e com pessoal treinado, onde devem estar facilmente disponíveis os equipamentos e medicamentos para o monitoramento e ressuscitação de emergência.
O cloridrato de bupivacaína não deve ser administra do em pacientes com função cardiovascular prejudica da uma vez que os anestésicos locais podem deprimir a atividade cardíaca.
As injeções na região da cabeça e pescoço podem ser feitas inadvertidamente em uma artéria, causando sintomas graves, mesmo em doses baixas.
Os pacientes com doença hepática avançada ou grave disfunção renal e idosos e pacientes em estado de saúde precário requerem cuidados especiais.
A utilização do cloridrato de bupivacaína em criança abaixo de 12 anos não é recomendada pela possibilidade de produzir toxicidade sistêmica nesses pacientes e em razão dos estudos de utilização da droga nessa faixa etária serem incompletos. A critério médico, quando utilizado para bloqueio caudal nesses pacientes, deve-se diminuir sua dosagem.
Administração do cloridrato de bupivacaína em pacientes geriátricos tem maior probabilidade de produzi toxicidade sistêmica. Por essa razão, deve-se diminuir a dosagem da droga nesses pacientes.
Dependendo da dose do anestésico local, pode haver um efeito muito leve na função mental e pode prejudicar temporariamente a locomoção e coordenação, prejudicando a capacidade de dirigir autos e operar máquinas.
Como para qualquer outra droga, o cloridrato de bupivacaína somente deve ser usado durante a gravidez ou lactação se, a critério médico, os benefícios potenciais superaremos possíveis riscos. Efeitos adversos fetais, devido aos anestésicos locais, como bradicardia fetal, parecem estar mais aparente em anestesia de bloqueio paracervical. O cloridrato de bupivacaína passa para o leite materno, mas em pequenas quantidades, geralmente, não há risco de afetar o neonato.
Soluções a 7,5mg/mL não são recomendadas para anestesia obstétrica.
O cloridrato de bupivacaína deve ser usado com precaução em pacientes recebendo agentes estruturalmente relacionados com anestésicos locais, uma vez que os efeitos tóxicos são aditivos.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
O Tradinol (cloridrato de bupivacaína) deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz. A solução não deve ser armazenada em contato com metais (por exemplo: agulhas ou partes metálicas de seringas),pois os íons metálicos dissolvidos podem causar edema no local da injeção.

Aspectos físicos: frasco-ampola de vidro incolor contendo 20mL.
Características organolépticas: líquido incolor, odor característico.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vi de embalagem.
Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após abertura da ampola, use imediatamente.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Deve-se ter muito cuidado para prevenir reações tóxicas agudas, evitando-se injeções intravasculares. É recomendada a aspiração cuidadosa antes e durante a injeção. A do se principal deve ser injetada lentamente, a uma velocidade de 25 – 50mg/min, ou em doses progressivamente maiores, mantendo contato verbal constante com o paciente. Se sintomas tóxicos aparecerem, a injeção deve ser interrompida imediatamente. Deve-se evitar doses desnecessariamente altas de anestésicos locais. Em geral, o bloqueio completo de todas as fibras nervosas em nervos grandes requer concentrações maiores do fármaco. Em nervos menores ou quando o bloqueio é menos intenso é necessário, por exemplo, no alívio da dor departo, são indicadas as concentrações menores. O volume de anestésico utilizado afetará a extensão da área anestesiada. A experiência do clínico e o conhecimento da condição física, idade e peso cor póreo dos pacientes são muito importantes no cálculo da dose necessária. A dose máxima recomendada de cloridrato de bupivacaína em um período de 4 horas é de 2mg/kg de peso até 150mg em adultos. Experiências até o momento indicam que administração de 400mg durante 24 horas é bem tolerada em adultos normais.
Deve-se considerar as seguintes doses recomendadas como guia para uso em adultos:

Tabela 1: Guia para a dosagem para as técnicas mais comumente usadas:

Tipo de bloqueio Concentração Dose  
    mL mg
Infiltração 0,50% 5 – 30 25 – 150

Anestesia peridural
contínua

0,50%

10 inicialmente, seguido por
3 – 8 cada 4 – 6 horas

50 inicialmente, seguido por 15 – 40 cada 4 – 6 horas
Bloqueio Intercostal 0,50%

2 – 3 por nervo para um total de 10
nervos

10 – 15 por nervo para um total de 10

nervos

Bloqueios maiores
(peridural, caudal e plexo
branquial)

0,50% 15 – 30

75 – 150

Anestesia peridural e
caudal (para parto
vaginal)

0,50% 6 – 10
30 – 50
 

Bloqueio peridural
(cesária)

0,50% 15 – 30 75 – 150



ATENÇÃO
Para inserção da agulha no frasco- ampola, proceder da seguinte maneira: 1- Encaixar uma agulha de injeção de no máximo 0,8mm de calibre;
2- Segurar a seringa verticalmente à borracha;
3- Perfurar a tampa dentro da área marcada, deixando o frasco-ampola firmemente na posição vertical; 4- É recomendado não perfurar mais de 4 vezes na área demarcada.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMEN TO? Em caso de dúvidas, procure orientação d o farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR

Tabela 2: Relação das incidências das reações adversas em ordem de frequência

Muito comum (>1/10)

Transtorno vascular: hipotensão
Transtorno gastrointestinal: náusea

Comum (>1/100 < 1/10)

Transtornos do sistema nervoso: parestesia e tonturas
Transtorno cardíaco: bradicardia
Transtorno vascular: hipertensão
Transtorno gastrointestinal: vômito
Transtorno urinário e renal: retenção urinária

Incomum (>1/1000 < 1/100)

Transtornos do sistema nervoso: sinais e sintomas de toxicidadedo SNC
(convulsões, parestesiacircumal, dormência da língua, hiperacusia
distúrbios visuais, perda da consciência, tremor, tontura (sensação de
ausência), tinido e disartria)

Raro (>1/1000)

Transtornos do sistema imunológico: reações alérgicas, choque/reação
Anafilático
Transtornos do sistema nervoso: neuropatia, dano do
Aracnoidite
Transtorno nos olhos: diplopia
Transtorno cardíaco: parada cardíaca e arritmia cardíaca
Transtorno respiratório: depressão respiratória



Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGÉM US AR UMA QUANTIDADE MAIOR D O QU E A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
A superdosagem causa toxicidade sistêmica aguda. Com injeção intravascular acidentais, os efeitos tóxicos podem ser evidentes em 1 a 3 minutos, enquanto que com superdosagem, concentrações plasmáticas de pico podem não ser alcançadas em 20 – 30 minutos, dependendo do local da aplicação, com os sinais de toxicidade aparecendo mais tarde. Reações tóxicas envolvem, principalmente, o sistema nervoso central e cardiovascular. Toxicidade no sistema nervoso central é uma resposta gradativa com sinais e sintomas de gravidade ascendente. Os primeiros sintomas são parestesia perioral, dormência da língua, tonturas, hiperacusia (dificuldade em tolerar sons) e zumbia. Distúrbios visuais e tremores musculares são mais graves e precedem o aparecimento de convulsões generalizadas. Estes sinais não devem ser confundidos com comportamento neurótico. Inconsciência e convulsões do tipo grande mal podem aparecer em seguida e podem durar alguns segundos até vários minutos. Os efeitos no sistema cardiovascular podem ser casos graves. Hipotensão (diminuição da pressão arterial), bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), arritmia e até parada cardíaca podem ocorrem como resultados de concentração sistêmica altas.
Se sinais da toxicidade sistêmica aguda aparecerem, a injeção do anestésico local deve ser interrompida imediatamente. Deve- se iniciar o tratamento hospitalar de superdosagem com o aparecimento de convulsões.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.