Resultados de eficácia trimedal

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Resultados de um estudo sobre os efeitos de drogas analgésicas (Abbott & Hellemans, 2000) indicaram que os efeitos antinociceptivos do paracetamol refletem uma combinação de ações centrais e periféricas, sem envolver a inibição da enzima ciclo-oxigenase. Um estudo de 2004 (Perrott et al) avaliou 17 outros estudos duplo-cegos randomizado com crianças que receberam dose única de paracetamol ou ibuprofeno para tratar febre ou dor de intensidade moderada a grave. Os resultados mostraram eficácia comparável em relação ao alívio da dor, além de eficácia antitérmica dos dois medicamentos e semelhantes perfis de tolerabilidade. Para enfatizar o poder analgésico do paracetamol, citamos um estudo randomizado e duplo-cego de Lipton et al (2000), cuja conclusão foi que doses altas de paracetamol foram altamente eficazes no tratamento da dor e outros sintomas de enxaqueca, sabidamente um quadro de dor altamente incapacitante. Da mesma maneira que nos estudos anteriores, o paracetamol mostrou bem tolerado e com excelente perfil de segurança.
A fim de avaliar a atividade anti-histamínica do maleato de dimetindeno, Rehn et al (1990) utilizaram um modelo de provocação com histamina em voluntários saudáveis e administraram maleato de dimetindeno ou placebo em um regime cruzado e duplo-cego. Os resultados foram significantemente diferentes em favor do dimetindeno (p = 0,0028), com tempo médio de permanência dos efeitos inibitórios de 13 horas. A atividade anti-histamínica do maleato de dimetindeno foi comparada à do maleato de clorfeniramina em 60 voluntários saudáveis, em um estudo cruzado e duplo-cego (Bhatt, 1991). Comparadas com o placebo, ambas as drogas foram eficazes na redução da alergia induzida pela histamina (p < 0,001; p < 0,05). Todavia, o dimetindeno mostrou melhores resultados que a clorfeniramina (p < 0,01), sendo esta melhora dose-dependente.
Em 2007, uma análise realizada por Kollar et al avaliou oito estudos duplo-cegos e contra placebo (sendo sete cruzados), sobre a eficácia da fenilefrina oral como descongestionante nasal em adultos com congestão associada ao resfriado comum. Em quatro estudos, foram verificadas diferenças significantes em favor da fenilefrina (p ≤ 0,05), tanto nos tempos primários de avaliação como 90 minutos após a administração das doses, utilizando-se tanto os modelos de efeitos fixos e aleatórios; nos tempos 45, 120 e 180 minutos após a dose, a fenilefrina mostrou-se significativamente mais eficaz que o placebo no modelo de efeitos fixos. Após 60 minutos da administração, a resistência aérea nasal caiu em média 16% a mais nos indivíduos que receberam fenilefrina do que nos que receberam placebo, sendo geralmente ≥20% dos 60 a 180 minutos após a administração.
O acréscimo de rutosídeos à fórmula de TRIMEDAL tem como justificativa seu efeito sobre a preservação de células endoteliais venosas agredidas por espécies reativas de oxigênio (radicais livres). De fato, os flavonoides são bem conhecidos por suas potentes propriedades antioxidantes, embora sem um mecanismo de ação definido. Um dos estudos a explorar tal ação foi realizado por Gong et al (2010), onde foi postulado o efeito protetor dos rutosídeos contra a apoptose das células endoteliais humanas induzida pelo peróxido de hidrogênio. Os resultados mostraram que o tratamento prévio com rutina atenuou significativamente tal processo de apoptose, devido à ação contra os radicais livres, além de apresentar outros efeitos protetores em nível celular.
O efeito do ácido ascórbico mostrando seu efeito preventivo e adjuvante no tratamento de gripes e resfriados foi avaliados em diversos estudos, incluindo uma de revisão realizada por Banerjee & Kaul (2010). Nesta revisão, os autores avaliam resultados de estudos clínicos e experimentais que suportam o uso do ácido ascórbico em indivíduos infectados pelos vírus do resfriado comum e da gripe. Uma outra análise (Ely, 2007) defende veemente a importância do ácido ascórbico na integridade celular em pacientes de risco ou infectados por vírus causadores de gripes.

Referências Bibliográficas
1.Perrott DA et al. Efficacy and safety of acetaminophen vs ibuprofen for treating children’s pain or fever: a meta-analysis. Arch Pediatr Adolesc Med. 2004 Jun;158(6):521-6.

2.Lipton RB et al. Efficacy and safety of acetaminophen in the treatment of migraine: results of a randomized, double-blind, placebo- controlled, population-based study. Arch Intern Med. 2000 Dec 11-25;160(22):3486-92.

3.Abbott FV, Hellemans KG. Phenacetin, acetaminophen and dipyrone: analgesic and rewarding effects. Behav Brain Res. 2000Jul;112(1-2):177-86.

4.Bhatt AD et al. Comparative effect of dimethindene maleate and chlorpheniramine maleate on histamine-induced weal and flare. J Int Med Res. 1991 Nov-Dec;19(6):479-83.

5.Rehn D et al. Effect-kinetic characterization of dimethindene maleate following oral administration (Fenistil, Tropfen). Fundam Clin Pharmacol. 1990;4(6):673-83.

6.Kollar C. Meta-analysis of the efficacy of a single dose of phenylephrine 10 mg compared with placebo in adults with acute nasal congestion due to the common cold. Clin Ther. 2007 Jun;29(6):1057-70.

7.Gong G et al. Rutin inhibits hydrogen peroxide-induced apoptosis through regulating reactive oxygen species mediated mitochondrial dysfunction pathway in human umbilical vein endothelial cells. Eur J Pharmacol. 2010 Feb 25;628(1-3):27-35. Epub 2009 Nov 25.

8.Banerjee D, Kaul D. Combined inhalational and oral supplementation of ascorbic acid may prevent influenza pandemic emergency: a hypothesis. Nutrition. 2010 Jan;26(1):128-32.

9.Ely JT. Ascorbic acid role in containment of the world avian flu pandemic. Exp Biol Med (Maywood). 2007 Jul;232(7):847-51.