Advertências uni doxicilin

UNI DOXICILIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de UNI DOXICILIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com UNI DOXICILIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Uso em Crianças
Assim como ocorre com outras tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo cálcico estável em qualquer tecido ósseo em formação. Foi observada uma redução no índice de crescimento da fíbula em prematuros, aos quais foram administradas doses orais de 25 mg/kg de tetraciclina, a cada 6 horas. Esta reação mostrou ser reversível com a descontinuação do medicamento.
O uso de medicamentos da classe das tetraciclinas durante o desenvolvimento da dentição (segunda metade da gravidez, primeira infância e crianças até os 8 anos de idade) pode causar descoloração permanente dos dentes (amarelo-cinza-amarronzado). Esta reação adversa é mais comum durante tratamentos prolongados, mas foi observada em tratamentos repetidos a curto prazo. Hipoplasia do esmalte dental também foi relatada. Usar a doxiciclina em pacientes pediátricos de 8 anos de idade ou menores, somente quando se espera que os benefícios potenciais superem os riscos em condições graves ou com risco de vida (por exemplo, antraz, febre maculosa), particularmente quando não há terapias alternativas.

Geral
Reações cutâneas graves, tais como dermatite esfoliativa, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS), foram relatadas em pacientes recebendo doxiciclina (vide item 9. Reações Adversas). Em caso de reações cutâneas graves ocorrerem, a doxiciclina deve ser descontinuada imediatamente e terapia apropriada deve ser instituída.
Hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral) tem sido associada com o uso de tetraciclinas incluindo a doxiciclina. A hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral) é geralmente transitória, no entanto, casos de perda visual permanente secundária à hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral) têm sido relatados com tetraciclinas, incluindo a doxiciclina. Se o distúrbio visual ocorrer durante o tratamento, uma rápida avaliação oftalmológica é justificada. Uma vez que a pressão intracraniana pode permanecer elevada por semanas após cessação do medicamento, os pacientes devem ser monitorados até que se estabilizem. O uso concomitante de isotretinoína e doxiciclina deve ser evitado porque a isotretinoína também é conhecida por causar hipertensão intracraniana benigna. (peseudotumor cerebral)
Colite pseudomembranosa tem sido relatada com aproximadamente todos os agentes antibacterianos, incluindo doxiciclina, e variou em gravidade de leve até risco à vida. É importante considerar o diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia subsequente à administração de agentes antibacterianos.
Diarreia associada à Clostridium difficile (CDAD) foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo doxiciclina e pode variar em gravidade de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon, resultando em um supercrescimento de C. difficile.
As toxinas A e B produzidas por C. difficile contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Hipertoxina produzida por cepas de C. difficile resultam em aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem ser refratárias à terapia antimicrobiana e podem requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentam diarreia após o uso de antibióticos. Cuidadoso histórico médico é necessário uma vez que há relatos que CDAD pode ocorrer em até dois meses após a administração de agentes antibacterianos.
O uso de antibióticos pode ocasionalmente resultar no supercrescimento de microrganismos não suscetíveis, incluindo fungos. Portanto é essencial a constante observação do paciente. Caso apareçam microrganismos resistentes, o antibiótico deve ser descontinuado e terapia adequada instituída.
Casos de esofagite e ulcerações esofágicas foram relatados em pacientes que receberam medicamentos na forma de cápsulas e comprimidos da classe das tetraciclinas, incluindo a doxiciclina. A maior parte destes pacientes tomou a medicação imediatamente antes de se deitar.
A ação antianabólica das tetraciclinas pode causar um aumento do nitrogênio ureico sanguíneo. Estudos realizados até o momento indicam que esta ação antianabólica não ocorre com o uso da doxiciclina em pacientes com comprometimento da função renal.
Anormalidades na função hepática foram raramente relatadas e foram causadas tanto pela administração oral como pela parenteral de tetraciclinas, incluindo a doxiciclina.
Em tratamentos prolongados, uma avaliação laboratorial periódica dos sistemas orgânicos incluindo hematopoiético, renal e hepático deverá ser realizada.
A fotossensibilidade manifestada por uma reação de queimadura solar exagerada tem sido observada em alguns indivíduos tomando as tetraciclinas, incluindo a doxiciclina. Os pacientes susceptíveis a exposição à luz solar direta ou à luz ultravioleta devem ser avisados que esta reação pode ocorrer com medicamentos como a tetraciclina, e tratamento deve ser interrompido aos primeiros indícios de eritema cutâneo.
Ao se tratar pacientes portadores de doenças venéreas quando se suspeita de sífilis coexistente, procedimentos de diagnóstico adequado, incluindo microscopia em campo escuro devem ser utilizados. Em todos os casos testes sorológicos devem ser realizados mensalmente, durante pelo menos quatro meses.
Infecções devido a estreptococos beta-hemolíticos do grupo A devem ser tratadas por no mínimo 10 dias.

Informação para o paciente
Todos os pacientes em tratamento com doxiciclina devem ser avisados:
-A evitar exposição excessiva à luz solar ou à luz ultravioleta artificial durante o tratamento com doxiciclina e o tratamento deve ser descontinuado se ocorrer fototoxicidade (por ex. erupções cutâneas). O uso de protetores ou bloqueadores solares deve ser considerado.
-A beber bastante líquido junto com o medicamento para reduzir o risco de irritação e ulcerações no esôfago.
-A absorção das tetraciclinas é reduzida quando usada com o subsalicilato de bismuto.
-O uso de doxiciclina pode aumentar a incidência de candidíase vaginal.

Fertilidade, gravidez e lactação
Uso durante a Gravidez
A doxiciclina não foi estudada em pacientes grávidas. Não deve ser utilizada em gestantes a menos que, no julgamento do médico, o potencial benefício supere o risco (vide item 5 – Advertências e Precauções Uso em crianças).
Resultados de estudos animais indicam que as tetraciclinas atravessam a barreira placentária, são encontradas nos tecidos fetais e podem ter efeitos tóxicos no desenvolvimento do feto (geralmente relacionados ao retardo no desenvolvimento esquelético). Evidências de embriotoxicidade também foram observadas em animais tratados no período inicial da gestação.

A doxiciclina é um medicamento classificado na categoria D de risco na gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez

Lactação
Assim como ocorre com outras tetraciclinas, a doxiciclina forma um complexo cálcico estável em qualquer tecido ósseo em formação. Foi observada uma redução no índice de crescimento da fíbula em prematuros, aos quais foram administradas doses orais de 25 mg/kg de tetraciclina a cada 6 horas. Esta reação mostrou ser reversível com a descontinuação do medicamento (vide item 5 – Advertências e Precauções – Uso em Crianças).
A doxiciclina deve ser evitada em lactantes. As tetraciclinas, incluindo a doxiciclina, são encontradas no leite de lactantes que estejam utilizando medicamentos pertencentes a esta classe.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito da doxiciclina na habilidade de dirigir e operar máquinas pesadas não foi estudado. Não há evidências sugerindo que a doxiciclina afete estas habilidades.