Advertências urografina

UROGRAFINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de UROGRAFINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com UROGRAFINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Para todas as indicações
As precauções e advertências descritas a seguir são aplicadas a qualquer via de administração. No entanto, os riscos mencionados são maiores para a administração intravascular.

– Hipersensibilidade
Ocasionalmente, reações de hipersensibilidade do tipo alérgica têm sido observadas após o uso de meios de contraste por raios X como U rografinaÒ (veja: “Reações adversas”). Estas reações geralmente manifestam-se na forma de sintomas cutâneos ou respiratórios não graves, como, por exemplo, angústia respiratória leve, eritema, urticária, prurido ou edema facial. Podem ocorrer ventos graves como angioedema, edema subglótico, broncoespasmo e choque alérgico. Geralmente, essas reações ocorrem no período de uma hora após a administração do meio de contraste. Todavia, podem ocorrer, em casos raros, reações tardias após horas ou dias. Pacientes com hipersensibilidade ou reações anteriores aos meios de contraste iodados apresentam maior risco de desenvolverem reações graves.
Antes de administrar qualquer meio de contraste, o paciente deve ser questionado quanto a história de quadros alérgicos (por exemplo: alergia a frutos do mar, febre do feno e urticária), sensibilidade ao iodo ou aos meios de contraste radiológicos e asma brônquica, pois, nestes casos, torna-se maior a incidência de reações adversas a meios de contraste. Assim sendo, pode-se considerar a administração profilática de anti-histamínicos e/ou glicocorticoides.
Pacientes portadores de asma brônquica apresentam maior risco de desenvolverem broncospasmos ou reação de hipersensibilidade.
Reações de hipersensibilidade podem ser agravadas e m pacientes que utilizam betabloqueadores, principalmente naqueles que apresentam asma brônquica. Além disso, deve-se considerar que pacientes que utilizam betabloqueadores podem ser refratários ao tratamento padrão de reações de hipersensibilidade com beta- agonistas.
Se ocorrerem reações de hipersensibilidade (veja: “Reações adversas”), deve-se interromper imediatamente a administração do meio d e contraste e, se necessário, iniciar por via venosa o tratamento adequado. Por este motivo, é recomendável o uso de uma cânula flexível de retenção para a administração intravenosa do meio de contraste. Para permitir o emprego imediato das medidas adequadas nos casos de emergência, devem-se ter à mão medicamentos apropriados, tubo endotraqueal e respirador.

-Disfunção tiroidiana
Pequenas quantidades de iodeto inorgânico livre do meio de contraste iodado podem interferir na função tiroidiana. Portanto, a necessidade de exame deve ser avaliada com critério especialmente rigoroso em pacientes com hipertiroidismo latente ou bócio.

-Doença cardiovascular
Há um aumento do risco de reações graves em indivíduos com cardiopatia grave, particularmente naqueles com insuficiência cardíaca e coronariopatia.

– Pacientes idosos
Patologias vasculares subjacentes e alterações neurológicas, frequentemente observadas em idosos, constituem um aumento de risco para a ocorrência de reações adversas aos meios de contraste iodados.
-Pacientes com estado de saúde bastante debilitado
A necessidade de realização de exame com meio de contraste requer cuidadosa consideração no caso de pacientes com estado de saúde geral bastante debilitado.
Uso intravascular

– Insuficiência renal
Em casos raros, pode ocorrer insuficiência renal temporária. Medidas preventivas contra a insuficiência renal aguda após administração do meio de contraste incluem: Identificar os pacientes com alto risco, por exemplo, pacientes com história de disfunção renal, insuficiência renal preexistente, história de insuficiência renal após a administração do meio de contraste, diabete melito com nefropatia, depleção de volume, mieloma múltiplo, idade acima dos 60 anos, doença vascular avançada, paraproteinemia, hipertensão crônica e grave, gota, pacientes que receberam doses elevadas ou repetidas do produto.
Deve-se garantir adequada hidratação dos pacientes de risco antes da administração do meio de contraste, mantendo-se, preferivelmente, por infusão intravascular antes e após o procedimento e até a depuração do meio de contraste pelos rins.
Deve-se poupar os rins de esforços adicionais, evitando-se a administração de drogas nefrotóxicas, agentes colecistográficos orais, garroteamento arterial, angioplastia arterial renal, cirurgias de grande porte, etc., até que o meio de contraste seja depurado.
A realização de um novo exame com meio de contraste deve ser adiada até que a função renal retorne aos padrões anteriores ao exame.
Pacientes em diálise podem receber meios de contraste iodados para a realização de procedimentos radiológicos, pelo fato destes serem depurados pelo processo de diálise.

-Terapia com metformina
O uso de meios de contraste intravasculares excretados por via renal pode levar a uma diminuição transitória da função renal. Isto pode resultar em acidose lática em pacientes que usem biguanidas. Como medida preventiva, deve-se interromper o uso de biguanidas 48 horas antes e, no mínimo, 48 horas depois da administração do meio de contraste e reinstituir o tratamento somente após adequada recuperação da função renal.

-Doença cardiovascular
Em pacientes com valvopatias e hipertensão pulmonar, a administração do meio de contraste pode levar a alterações hemodinâmicas pronunciadas. Reações envolvendo alterações isquêmicas em eletrocardiograma e arritmias acentuadas são mais frequentes em pacientes idosos e naqueles que apresentam cardiopatias preexistentes.
A injeção intravascular do meio de contraste pode precipitar o aparecimento de edema pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca.

-Alterações no sistema nervoso central
Cuidados especiais devem ser adotados durante a administração intravascular de meios de contraste em pacientes com infarto cerebral agudo, hemorragia intracraniana aguda e outras condições envolvendo d anos à barreira hematoencefálica, edema cerebral ou desmielinização aguda. Tumores ou metástases intracranianos, assim como história de epilepsia, podem aumentar a incidência de crises convulsivas após a administração de meio de contraste iodado. Sintomas neurológicos decorrentes de doenças cerebrovasculares, tumores ou metástases intracranianos, patologias inflamatórias ou degener ativas podem exacerbar-se com.
a administração de meio de contraste. Injeções intra-arteriais de meio de contraste podem causar vaso espasmo e o fenômeno de isquemia cerebral subsequente. Pacientes com doenças cerebrovasculares sintomáticas, acidente vascular cerebral recente ou frequentes ataques isquêmicos transitórios apresentam risco aumentado de complicações neurológicas.

-Disfunção hepática grave
Nos casos de insuficiência renal grave, a coexistência de disfunção hepática grave pode retardar seriamente a excreção de meio de contraste, sendo possivelmente necessária a realização de hemodiálise.
-Mieloma e paraproteinemia
Mieloma ou paraproteinemia podem predispor a danos renais após administração de meio de contraste. Nestes casos, a realização de hidratação adequada é obrigatória.

-Feocromocitoma
Pacientes com feocromocitoma podem desenvolver uma grave crise hipertensiva (ocasionalmente incontrolável) após o uso de meio de contraste intravascular. É recomendável o emprego prévio de alfabloqueadores.

-Pacientes com alterações autoimunes
Casos de vasculite grave ou síndrome do tipo Stevens-Johnson foram observados em pacientes com alterações autoimunes preexistentes.

-Miastenia grave
A administração de meio de contraste iodado pode agravar os sintomas de miastenia grave.

-Alcoolismo
O alcoolismo crônico ou agudo pode aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefálica. Isto facilita a passagem de meio de contraste para dentro do tecido cerebral, levando possivelmente a reações do sistema nervoso central. Recomenda-se precaução nos exames a serem realizado s em alcoólatras e adictos de drogas, devido à possibilidade de redução do limiar de excitabilidade nestes pacientes.

– Coagulação
Os meios de contraste iodados iônicos apresentam um efeito anticoagulante in vitro mais pronunciado que os meios de contraste não-iônicos. Todavia, os profissionais médicos que realizam procedimentos de cateterização vascular devem considerar que diversos fatores, além da administração do meio de contraste, podem contribuir para o desenvolvimento de eventos tromboembólicos, como: duração do procedimento, número de injeções, material da seringa e cateter, estado subjacente à doença e medicação concomitante.
Por esta razão, quando for realizar uma cateterização vascular, deve-se estar atento aos fatores citados acima e obedecer cuidadosamente à boa técnica angiográfica, lavando frequentemente o cateter com soro fisiológico (heparinizado, se possível) e reduzindo a duração do procedimento, minimizando, assim, o risco de trombose e embolia associado a esta técnica exploratória.
Verificou-se que a utilização de seringas plásticas ao invés de seringas de vidro diminui, mas não elimina, a probabilidade de coagulação in vitro.
Deve-se ter precaução com pacientes que apresentam homocistinúria, devido ao risco de indução de trombose e embolia.
Uso em cavidades corpóreas
A possibilidade de gravidez deve ser excluída antes de realizar a histerossalpingografia.
Inflamação dos ductos biliares ou salpinge pode aumentar o risco de reações após os procedimentos de colangiografia, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) ou histerossalpingografia.

Gravidez e lactação:
Estudos toxicológicos de reprodução com diatrizoato de sódio ou de meglumina não indicaram teratogenicidade ou outro potencial embriotóxico após administração inadvertida de UrografinaÒ durante a gestação. Até o momento, não foi demonstrada suficientemente a segurança do uso de meios de contraste em gestantes. Uma vez que, sempre que possível, a exposição à radiação deve ser evitada durante a gravidez, os benefícios de qualquer exame com raios X, com ou sem meio de contraste, devem ser cuidadosamente considerados frente aos possíveis riscos. Meios de contraste de eliminação renal, como Urografina Ò, passam para o leite materno apenas em pequenas quantidades. Dados limitados sugerem que o risco para o lactente é baixo. Portanto, a amamentação é provavelmente segura.

Categoria B – “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista .”

Efeitos na habilidade de dirigir ou utilizar máquinas
Como acontece com todos os meios de contraste iodados, existe, em casos raros, a possibilidade de ocorrência de reações tardias após a administração, podendo ocorrer diminuição na habilidade de dirigir veículo s ou operar máquinas.