Posologia de urografina

UROGRAFINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de UROGRAFINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com UROGRAFINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Orientações gerais
-Instruções para uso/manuseio Inspeção:
Meios de contraste não devem ser usados em caso de coloração acentuada, presença de material particulado ou apresentar algum defeito no frasco.

Manuseio:
Meios de contraste devem somente ser transferidos para a seringa imediatamente antes da realização do exame.
A tampa de borracha não deve ser perfurada mais do que uma vez, a fim de evitar que uma grande quantidade de micropartículas entre na solução. Recomenda-se o uso de
cânulas com bisel longo e diâmetro máximo de 18 G para perfurar a tampa de borracha e retirar a solução (cânulas de uso exclusivo com orifício lateral são particularmente adequadas).
Após uma sessão, deve-se descartar a solução não utilizada do meio de contraste.

– Sugestões de dieta
Nas angiografias da região abdominal e nas urografi as, obtêm-se melhores imagens radiológicas quando o intestino está livre de material fecal e gases. Por isto, nos dois dias anteriores ao exame, devem ser evitados alimentos flatulentos, em particular ervilha, feijão e lentilha, saladas, frutas, pão integral ou fresco, assim como todo tipo de verduras cruas. Na véspera do exame, deve-se evitar comer após às 18 horas. Além disso, pode ser conveniente administrar um laxante à noite. Contudo, administração de laxante antes do exame e jejum prolongado são contraindicados em recém-nascidos, lactentes e crianças pequenas.

-Hidratação
Deve ser assegurada adequada hidratação antes e após a administração do meio de contraste. Esta observação aplica-se especialmente a pacientes com mieloma múltiplo, diabete melito com nefropatia, poliúria, oligúria, hiperuricemia, assim como para recém-nascidos, lactentes, crianças pequenas e idosos. Alterações no equilíbrio hídrico e eletrolítico devem ser corrigidas antes do exame.

-Recém-nascidos (< 1 mês) e lactentes (1 mês – 2 anos)
Lactentes com menos de 1 ano de idade e especialmente recém-nascidos são susceptíveis ao desequilíbrio eletrolítico e alterações hemodinâmicas. Portanto, deve-se ter precaução com a dose administrada do meio de contraste, o desempenho técnico do procedimento radiológico e a condição do paciente.

-Ansiedade
Estados pronunciados de excitação, ansiedade e dor podem aumentar o risco de ocorrência de reações adversas ou intensificar as reações relacionadas ao meio de contraste. Para estes pacientes, pode-se administrar um sedativo.

-Aquecimento antes do uso
O meio de contraste, quando aquecido à temperatura corpórea antes de sua administração, é melhor tolerado e pode ser mais facilmente injetado devido à redução da viscosidade.
Usando um incubador, aqueça a 37ºC apenas o número de frascos necessários para um dia de exame. Não se verificou qualquer alteração na pureza química do produto quando os frascos, aquecidos por período prolongado, permaneceram protegidos da luz. Todavia, nestes casos, o período de armazenamento não deve exceder 3 meses.

-Pré-teste:
A realização de teste de sensibilidade com uma pequena dose do meio de contraste não é recomendável e não apresenta valor de prognóstico. Além disso, o próprio teste de sensibilidade provocou em alguns casos reações de hipersensibilidade graves e até mesmo fatais.

Dose para o uso intravascular
A administração intravascular de meios de contraste deve ser efetuada, se possível, com o paciente deitado. Após administração, o paciente deve permanecer em observação por, pelo menos, 30 minutos, uma vez que a maioria das reações ocorre neste período.
A dose pode variar dependendo da idade, peso, débito cardíaco e estado geral do paciente. Em pacientes portadores de insuficiência cardiovascular ou renal acentuadas, assim como nos pacientes debilitados, a dose do meio de contraste deve ser a menor possível. Nestes pacientes, é aconselhável monitorar a função renal por, pelo menos, 3 dias após o exame. No caso de mais de uma injeção, deve-se dar tempo suficiente ao corpo para que o influxo do fluído intersticial normalize a osmolalidade sérica aumentada. Em pacientes adequadamente hidratados, esse período é alcançado em 10 – 15 minutos. Se, em circunstâncias especiais, for necessário aumentar a dose total de 300 a 350 mL em adultos deve-se administrar mais água e, possivelmente, eletrólitos.

-Doses recomendadas
-Urografia intravenosa Injeção
De modo geral, a velocidade de injeção é de 20 mL/min.
Se for administrado 100 mL ou mais em pacientes com insuficiência cardíaca, recomenda-se um tempo de injeção de, pelo menos, 20 a 30 minutos.

Adultos:
A dose é de 50 mL de Urografina® 292. A dose pode ser novamente aumentada se for considerado necessário em indicações especiais.

Tempo de realização das radiografias:
O parênquima renal é melhor evidenciado quando seirata radiografia logo após o término da administração do meio de contraste.
Para visualização da pelve renal e do trato urinário, tira-se a primeira radiografia 3 a 5 minutos e a segunda 10 a 12 minutos após a administração do meio de contraste. Tempos menores devem ser escolhidos para pacientes mais jovens e tempos maiores para os mais idosos.
Contraste insuficiente pode requerer radiografias posteriores.

– Angiografia
Urografina Ò também é adequada para exames de angiografia.
A dose depende do quadro clínico, técnica de exame e natureza e volume da região vascular a ser examinada.

Administração em cavidades corpóreas
– Urografia retrógrada
UrografinaÒ 292 pode ser utilizada para exames especiais caso seja necessária uma maior opacificação. Sinais de irritação observados são extremamente raros apesar da alta concentração.
É aconselhado aquecer o meio de contraste à temperatura corpórea a fim de evitar estímulos de baixa temperatura e espasmos ureterais resultantes.

– Outras cavidades corpóreas
Durante a artrografia, histerossalpingografia e especialmente em CPER, as injeções de meio de contraste devem ser monitoradas por fluoroscopia.