Características farmacológicas valium

VALIUM com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VALIUM têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VALIUM devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
A substância ativa de Valium® faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e efeitos amnésicos.
Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro.

Farmacocinética
– Absorção
A substância ativa do Valium® é rápida e completamente absorvida após administração oral, atingindo a concentração plasmática máxima após 30-90 minutos.
Por via intramuscular, a absorção é igualmente completa embora nem sempre mais rápida que a administração oral.
– Distribuição
O diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (diazepam: 98%). Eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a aproximadamente um décimo da concentração sérica materna (Ver “Gravidez e Lactação”). O volume de distribuição no estado de equilíbrio é de 0,8 – 1,0 L/kg. A meia vida de distribuição é de até 3 horas.
– Metabolismo
O diazepam é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordiazepam, hidroxidiazepam e oxazepam.
– Eliminação
O declínio da curva de concentração plasmática/tempo do diazepam após administração oral é bifásica: uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida de até 48 horas). Valium (diazepam)
A meia-vida de eliminação terminal (t 1/2 β) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 100 horas, dependendo da idade e da função hepática. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina (cerca de 70%), predominantemente sob a forma conjugada. O clearance de diazepam é de 20-30 mL/min.
– Farmacocinética em condições clínicas especiais
A meia-vida de eliminação pode ser prolongada no recém-nascido, nos idosos e nos pacientes com comprometimento hepático, devendo-se lembrar que a concentração plasmática pode, em consequência, demorar para atingir o estado de equilíbrio dinâmico (“steady-state”).
Na insuficiência renal, a meia-vida do diazepam não é alterada.

Segurança pré-clínica
– Carcinogenicidade
O potencial carcinogênico de diazepam oral foi estudado em várias espécie roedoras.
Um aumento na incidência de tumores hepatocelulares ocorreu em camundongos machos. Não houve aumento significativo na incidência de tumores em camundongos fêmeas, ratos, hamsters ou outros roedores.
– Mutagenicidade
Um número de estudos proporcionou uma fraca evidência de um potencial mutagênico, em altas concentrações, que estão, entretanto, acima das doses terapêuticas em seres humanos.
– Prejuízo da fertilidade
Estudos reprodutivos em ratos mostraram diminuições no número de gestações e no número de sobreviventes da prole, seguindo administração de doses orais de 100 mg/kg/dia, antes e durante o cruzamento e por toda a gestação e lactação.
– Teratogenicidade
O diazepam foi considerado teratogênico em camundongos em níveis de dose de 45-50 mg/kg, 100 mg/kg e 140 mg/kg/dia, assim como em hamsters, em 280 mg/kg. Por outro lado, esta droga não se mostrou teratogênica em 80 e 300 mg/kg/dia, em ratos, e em 20 e 50 mg/kg/dia, em coelhos (Ver “Gravidez e Lactação”).