Advertências videx

VIDEX com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VIDEX têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VIDEX devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Acidose Lática /Hepatomegalia grave com esteatose
Acidose lática e hepatomegalia grave com esteatose, incluindo casos fatais, foram relatados com o uso de análogos de nucleosídeos de forma isolada ou em combinação, incluindo didanosina e outros agentes antirretrovirais. A maioria dos casos foi relatada em mulheres. A obesidade e a exposição prolongada ao nucleosídeo podem ser fatores de risco. Foram relatados casos fatais de acidose lática em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais. A combinação deve ser usada com cautela durante a gravidez, sendo recomendada somente nos casos onde o potencial de benefício superar claramente o potencial de risco (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Gravidez). VIDEX EC deve ser administrado com cautela em pacientes com risco conhecido de doença hepática, no entanto também foram relatados casos em pacientes sem fatores de risco conhecidos. O tratamento com VIDEX EC deve ser suspenso em pacientes que apresentem resultados clínicos ou laboratoriais sugestivos de acidose lática ou de hepatotoxicidade pronunciada (que pode incluir hepatomegalia e esteatose, mesmo na ausência de elevações acentuadas das transaminases).

Desordens Hepáticas
Hepatotoxicidade e falência hepática resultando em morte foram relatadas durante a vigilância pós- comercialização em pacientes infectados por HIV tratados com agentes antirretrovirais em combinação com hidroxiureia. Eventos hepáticos fatais foram relatados mais frequentemente em pacientes tratados com uma combinação de hidroxiureia, didanosina e estavudina. Esta combinação deve ser evitada.
A segurança e eficácia de VIDEX EC não foram estabelecidas em pacientes com desordens hepáticas significativas. Durante a terapia de combinação antirretroviral, pacientes com disfunção hepática pré- existente, incluindo hepatite crônica ativa, que apresentam um aumento de frequência das anormalidades de função hepática, incluindo eventos adversos graves e potencialmente fatais, devem ser monitorados de acordo com a prática padrão. Se houver evidência de piora hepática nestes pacientes, a interrupção ou descontinuação do tratamento deve ser considerada. No caso de terapia antiviral para hepatite B ou C concomitante, verifique também as informações relevantes destes medicamentos.

Pancreatite
Casos de pancreatite fatal e não-fatal ocorreram durante a terapia com VIDEX EC, administrada de forma isolada ou em regimes antirretrovirais combinados, em pacientes com ou sem tratamento antirretroviral prévio, independentemente do grau de imunossupressão. Os pacientes tratados com VIDEX EC em combinação com estavudina, com ou sem hidroxiureia, podem ter um aumento no risco de apresentar pancreatite. VIDEX EC deverá ser interrompido em pacientes com sinais ou sintomas de pancreatite e descontinuado naqueles em que a pancreatite for confirmada. A suspensão do tratamento também deverá ser considerada quando os marcadores bioquímicos de pancreatite estiverem aumentados em níveis clinicamente significativos mesmo na ausência de sintomas.
Nos estudos clínicos, foram observadas taxas mais baixas de pancreatite nos pacientes em estágio inicial da infecção pelo HIV que haviam sido tratados nas doses recomendadas. A incidência de pancreatite nos estudos clínicos foi relacionada à dose. A pancreatite constitui-se também em uma complicação da infecção pelo HIV.
Quando for necessário o tratamento com medicamentos conhecidos por causar pancreatite (p. ex. pentamidina intravenosa) ou por aumentar a exposição ou a atividade da didanosina (p. ex. hidroxiureia ou alopurinol) recomenda-se a suspensão da terapia com VIDEX EC. Observou-se que o alopurinol aumenta a exposição à didanosina em pacientes com insuficiência renal e em voluntários sadios e que pode aumentar o risco de toxicidade relacionada à dose como a pancreatite. Recomenda-se que as duas drogas não sejam administradas concomitantemente (vide 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
VIDEX EC deve ser usado com cautela em pacientes com fatores de risco relacionados com pancreatite. Por exemplo, os pacientes a seguir podem ter um aumento do risco de desenvolver pancreatite e devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais e sintomas da pancreatite: pacientes com infecção avançada pelo HIV, pacientes com histórico de pancreatite, pacientes idosos e pacientes com comprometimento renal se tratados sem ajuste de dose.

Insuficiência hepática
A insuficiência hepática, de etiologia desconhecida, tem raramente ocorrido em pacientes tratados com VIDEX EC. Os pacientes devem ser observados quanto a elevações das enzimas hepáticas e VIDEX EC deve ser suspenso se as enzimas atingirem um nível clinicamente significativo. A reintrodução deve ser considerada apenas se o benefício potencial for claramente maior que o potencial risco.

Hipertensão portal não cirrótica
Ocorrências de hipertensão portal não cirrótica tem sido relatadas, incluindo casos que levaram à transplante de fígado ou morte. Casos de hipertensão portal não cirrótica associada com didanosina foram confirmados por biópsia de fígado em pacientes com nenhuma evidência de hepatite viral. O aparecimento de sinais e sintomas variou de meses a anos após o início da terapia com didanosina. As características presentes comuns incluíram: elevação de enzimas hepáticas, varizes de esôfago, hematêmese, ascite e esplenomegalia. Os pacientes recebendo VIDEX EC devem ser monitorados para os primeiros sinais de hipertensão portal (por ex.: trombocitopenia e esplenomegalia) durante as visitas médica de rotina. Exames de laboratório apropriados incluindo enzimas hepáticas, bilirrubina sérica, albumina, hemograma completo, razão normatizada internacional (RNI) e ultrassonografia devem ser considerados. VIDEX EC deve ser descontinuado em pacientes com evidência de hipertensão portal não cirrótica.

Alterações na retina ou no nervo óptico
Despigmentação da retina e neurite óptica foram reportadas em pacientes adultos. Exames periódicos da retina devem ser considerados para pacientes em tratamento com VIDEX EC. Deve-se considerar a modificação do tratamento com base na avaliação médica quanto ao risco/benefício da terapia.

Disfunção renal
Pacientes com disfunção renal (clearance de creatinina menor que 60 mL/min/1,73 m2) têm maiores chances de desenvolver toxicidade com didanosina devido à diminuição do clearance do medicamento (vide 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (menor que 60mL/min/1,73m2) (vide 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR: Pacientes com disfunção renal).

Neuropatia periférica
Pacientes com histórico de neuropatia periférica ou aqueles que estejam recebendo didanosina em combinação com outras drogas neurotóxicas podem ter um aumento do risco de desenvolver neuropatia periférica. Estes pacientes devem ser cuidadosamente observados. Neuropatia periférica, sendo grave em alguns casos, foi relatada em pacientes infectados pelo HIV recebendo hidroxiureia em combinação com agentes antirretrovirais incluindo didanosina, com ou sem estavudina (vide 9. REAÇÕES ADVERSAS).

Síndrome da Reconstituição Imune
A Síndrome da Reconstituição Imune foi relatada em pacientes tratados em combinação com terapia antirretroviral, incluindo VIDEX EC. Em pacientes com deficiência imune grave no período de inicio da combinação de terapia antirretroviral, uma reação inflamatória por patógenos oportunistas indolentes ou residuais pode aumentar e causar condições clínicas sérias ou agravamento dos sintomas. Exemplos relevantes são as retinitis por citomegalovirus, infecções generalizadas e/ou por micobactérias focal e pneumonia por Pneumocystis jiroveci (PCP). Qualquer sintoma inflamatório deve ser avaliado e o tratamento iniciado, quando necessário.
As doenças autoimunes (como a Doença de Graves) também foram relatadas durante o ajuste da reativação imunológica, no entanto, o início desses eventos é mais variável e podem ocorrer diversos meses após o início do tratamento.

Redistribuição de Gordura Corporal
A redistribuição/ acúmulo de gordura corporal (lipodistrofia/ lipoatrofia) incluindo obesidade central, aumento de gordura dorsocervical (corcova de búfalo), emaciação periférica, emaciação facial, aumento das mamas e “aparência cushicóide” foram observados em pacientes sob terapia antirretroviral.

Pacientes em dieta de restrição de sódio
O sódio contido é mínimo, 1,06 mg para a formulação da cápsula de 250 mg e 1,70 mg para a cápsula de 400 mg.

Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados de didanosina em mulheres grávidas. VIDEX EC deve ser usada durante a gravidez somente quando o benefício potencial justificar o risco envolvido.
Acidose lática fatal foi relatada em mulheres grávidas que receberam a combinação de didanosina e estavudina com outros agentes antirretrovirais. Não se tem conhecimento se a gravidez aumenta o risco da síndrome de acidose lática/esteatose hepática relatada com pacientes não grávidas recebendo análogos de nucleosídeos (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Acidose Lática/Hepatomegalia grave com esteatose). A associação de didanosina e estavudina deve ser usada com cautela durante a gravidez sendo recomendada somente quando o benefício potencial sobrepuser claramente ao potencial de risco. Os profissionais de saúde cuidando de mulheres grávidas que recebem didanosina devem estar atentos para um diagnóstico precoce da síndrome de acidose lática/esteatose hepática.
Estudos teratogênicos em ratos e coelhos não constataram evidência de embriotoxicidade, fetotoxicidade ou efeitos teratogênicos. Um estudo em ratos demonstrou que a didanosina e/ou seus metabólitos são transferidos aofeto através da placenta. Os estudos de reprodução em animais não são sempre predizentes da resposta humana.

Categoria de risco na gravidez: B
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Lactação
Não se tem conhecimento se a didanosina é excretada no leite humano. Como vários medicamentos são excretados no leite materno, recomenda-se que a mulher que esteja tomando VIDEX EC não amamente devido ao potencial de ocorrência de reações adversas sérias em crianças recebendo aleitamento materno. Para evitar a transmissão pós-natal, mães infectadas com HIV devem ser aconselhadas a não amamentar.
Em níveis de dosagem de 1000 mg/kg/dia em ratos, a didanosina foi associada à ingestão reduzida de alimento e ganho de peso corporal em fêmeas e filhotes durante a lactação média e tardia, porém o desenvolvimento físico e funcional da prole não foi alterado. Um outro estudo em ratos demonstrou que, após administração oral, a didanosina e/ou seus metabólitos foram eliminados no leite de lactantes.

Reprodução
A didanosina não comprometeu a capacidade de reprodução de ratos machos ou fêmeas, após tratamento prévio e durante o acasalamento, a gestação e a lactação, com doses diárias de didanosina de até 1000 mg/kg/dia. Em estudos de reprodução perinatal e pós-natal com ratos, a didanosina não induziu a efeitos tóxicos.

Carcinogênese /Mutagênese
Estudos de carcinogenicidade foram conduzidos em camundongos e ratos durante o período de vida de 22 a 24 meses, respectivamente. Não se observou neoplasias relacionadas à droga, em qualquer grupo de camundongos tratados com didanosina, durante ou ao final do período de tratamento. Em ratos, foram observados aumentos estatisticamente significativos de tumores de células granulosas em fêmeas com altas doses, fibrossarcomas subcutâneos e sarcomas histiocíticos em machos com doses altas e hemangiomas em machos com doses intermediárias e altas.
Estes aumentos foram atribuídos à variação biológica ou a outros fatores, como aumento da longevidade com doses altas, que são conhecidos por influenciarem a variabilidade do índice de tumores espontâneos e não foram considerados um efeito toxicológico significativo.
Resultados de estudos genotóxicos sugerem que a didanosina não é mutagênica em doses biologicamente e farmacologicamente relevantes. Em doses significativamente elevadas in vitro, os efeitos genotóxicos da didanosina foram similares em magnitude aos observados com os nucleosídeos naturais do DNA.
Medidas de Higiene
VIDEX EC não impede o paciente infectado com HIV-1 de transmitir o vírus para outras pessoas.
O paciente deve praticar sexo seguro e ter as devidas precauções para evitar o contato de outras pessoas com seu sangue ou fluídos corporais.

Capacidade de dirigir e operar máquinas
O efeito de VIDEX EC sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.

Outras Infecções
Pacientes recebendo didanosina podem continuar desenvolvendo infecções oportunistas e outras complicações da infecção por HIV.

Uso Pediátrico
Não há recomendação de dose em relação ao uso de VIDEX EC em pacientes pediátricos.

Uso Geriátrico
De forma geral, não foram observadas diferenças em relação à segurança entre pacientes idosos e jovens, exceto uma maior frequência de pancreatite em idosos (10%) do que em jovens (5%) relatada a partir do Programa de Acesso Expandido que envolveu pacientes com infecção avançada pelo HIV (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pancreatite).
Como os pacientes idosos são mais propensos a apresentarem diminuição da função renal, cuidados devem ser tomados na escolha da dose de VIDEX EC. A função renal deve ser monitorada. VIDEX EC não é recomendado para pacientes com função renal diminuída (menor que 60mL/min/1,73m2) (vide 8. POSOLOGIA E COMO USAR: Pacientes com disfunção renal).