Características farmacológicas xantinon

XANTINON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de XANTINON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com XANTINON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Propriedades farmacodinâmicas
Xantinon® é composto por dois aminoácidos metionina e colina importantes para o metabolismo lipídico e proteico que ocorre no fígado. Os seus componentes ativos atuam na mobilização e remoção do excesso de gorduras do hepatócito, além de fornecerem grupos metila para a síntese de colina no organismo. A formação dos componentes lipídicos das lipoproteínas plasmáticas torna-se, portanto, possível, o que facilita o transporte de gorduras pelo fígado. Os aminoácidos presentes em Xantinon® são, ainda, importantes para o metabolismo lipídico e para a síntese e manutenção das membranas celulares e participam de forma relevante na defesa antioxidante intracelular hepática, uma vez que estudos1,2 comprovaram que a repleção destes aminoácidos se opõe ao estresse oxidativo responsável pelo aumento nos produtos de perioxidação celular e de radicais livres e danos nas membranas celulares, restaurando as funções hepáticas1.

Propriedades farmacocinéticas
A metionina, uma vez absorvida, é convertida em SAMe (S-ade-nosilmetionina). A maioria da metionina administrada é metabolizada no fígado, cujos tecidos têm a maior atividade específica, embora todos os tecidos possam produzir e utilizar a SAMe. A SAMe é doadora de radicais metila na maioria das reações de transmetilação. A meia-vida estimada da SAMe hepática é de 2,4-5,9 minutos em condições dietéticas normais e um adulto normal deve produzir 6-8 g de SAMe por dia 3. A metionina sofre degradação oxidativa no fígado e é eliminada pela via renal 19.
A colina é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal sob forma inalterada após administração oral; uma parte é metabolizada pelas bactérias intestinais em trimetilamina. Cerca de 98% da colina do sangue e dos tecidos são sequestrados em fosfatidilcolina, que serve como fonte de “liberação lenta” de colina. A colina passa para o fígado onde vai exercer suas funções fisiológicas. É eliminada pela via renal, sendo 1% sob forma inalterada. É compatível com outros nutrientes e, quando coadministrada, parece favorecer a absorção dos mesmos 7-9,20.