Características farmacológicas xarope 44e

XAROPE 44E com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de XAROPE 44E têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com XAROPE 44E devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



– dextrometorfano:
O bromidrato (HBr) de dextrometorfano (D-3-metoxi-N-metilmorfinano) monoidratado é o d-isômero do metorfano, um análogo da codeína. O bromidrato de dextrometorfano monoidratado é um agente antitussígeno não narcótico (sem aditivos) que possui efeitos supressores da tosse similares à codeína, porém, sem a depressão respiratória induzida por opiáceos, sedação, distúrbios gastrointestinais ou dependência. A supressão da tosse ocorre através de um mecanismo central pelo aumento do limiar de iniciação da tosse no centro da tosse localizado na medula oblonga. A farmacologia do dextrometorfano não está totalmente elucidada, uma vez que foi demonstrado que ele se liga a uma série de receptores, incluindo os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), receptores sigma-1, receptores nicotínicos e receptores serotoninérgicos.
O dextrometorfano administrado oralmente, uma vez absorvido do trato gastrointestinal é metabolizado extensamente no fígado pelo citocromo P450. Ele é metabolizado primariamente para dextrorfano por O- desmetilação através da isoenzima CYP2D6 e em menor medida por N-desmetilação para 3- metoximorfina pela enzima CYP3A4. Ambos metabólitos são metabolizados ainda em 3- hidroximorfinano.
A CYP2D6 é uma enzima hepática metabolizadora de fármacos geneticamente polimórfica, a qual está associada com variações hereditárias no metabolismo do fármaco. A população humana está dividida em metabolizadores pobres e metabolizadores extensos com relação à taxa de metabolização do dextrometorfano. A concentração de pico no plasma é atingida em aproximadamente 2,5 horas e a meia vida de eliminação (T½) do dextrometorfano é de 2-4 horas na maioria dos indivíduos, mas pode chegar a um período entre 28 e 74 horas em metabolizadores lentos. Nas doses terapêuticas, as diferenças nas taxas de metabolização entre lenta e extensa não é considerada um risco de segurança. A rota de excreção do dextrometorfano é bem estabelecida, sendo excretado em sua maior parte na urina como dextrometorfano não modificado, como metabólitos dextrorfano desmetilados e 3-hidroximorfinano, os quais são excretados largamente (> 95%) como conjugados glucurônicos. O dextrometorfano é excretado minimamente pelas fezes.
– guaifenesina:
A guaifenesina, um éter gliceril de guaiacol, é um expectorante bem estabelecido. O mecanismo de ação expectorante ocorre através do estímulo dos receptores da mucosa gástrica que iniciam um reflexo de secreção no fluído do trato respiratório e dessa forma aumentam o volume e diminuem a viscosidade das secreções brônquicas. Esta ação facilita a remoção do muco e reduz a irritação do tecido brônquico. Como resultado, a drenagem brônquica é melhorada e as tosses são mais produtivas em eliminar secreções.
Administrada oralmente, a guaifenesina é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal com níveis séricos máximos ocorrendo dentro de 15 minutos após a administração. É rapidamente metabolizada, passando por oxidação e desmetilação nos microssomos do fígado. O metabólito primário da guaifenesina é o ácido (2-metoxifenoxi)-láctico. A excreção da guaifenesina ocorre na urina. O Tmax é rápido (15-50 minutos) e a meia vida de eliminação (T½) é de aproximadamente uma hora com quantidades não detectáveis no sangue após 8 horas, o que indica rápido metabolismo e excreção.

Característica mucoadesiva:
O Xarope 44E® apresenta uma tecnologia exclusiva “mucoadesiva” que cobre a faringe para proporcionar um benefício reconfortante. “Mucoadesiva” refere-se ao fenômeno em que um bioadesivo natural ou sintético aplicado a um epitélio da mucosa adere à camada de muco, normalmente criando uma nova interface. Esta tecnologia é uma formulação única constituída por polímeros viscosos incluindo carmelose sódica (espessante), macrogol (mucoadesivo) e polioxil 40 estearato. Esta combinação de ingredientes oferece características físicas específicas que permitem ao xarope cobrir e aderir à garganta e à membrana de muco. As propriedades do xarope mucoadesivo são semelhantes às descritas para um demulcente. Os demulcentes são farmacologicamente inertes e não interagem com componentes de células de tecido. Sua utilidade terapêutica é devido ao fato de que eles protegem a superfície mecanicamente. Os demulcentes podem aliviar as mucosas irritadas, especialmente as da boca e da garganta, atuando como uma camada protetora de produtos químicos e estímulos irritantes.