Reações adversas xylocaina pesada 5%

XYLOCAINA PESADA 5% com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de XYLOCAINA PESADA 5% têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com XYLOCAINA PESADA 5% devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



As reações adversas após a administração de lidocaína são de natureza similar àquelas observadas com outros agentes anestésicos locais do tipo amida. Estas reações estão de maneira geral relacionadas com a dose, podendo resultar de altos níveis plasmáticos causados por excesso de dosagem, rápida absorção ou injeção intravascular acidental, podendo também resultar de hipersensibilidade, idiossincrasia ou diminuição da tolerância por parte do paciente. As reações adversas graves são geralmente de natureza sistêmica. Os seguintes tipos são os mais frequentemente relatados:

SISTEMA NERVOSO
Reação Comum (ocorre entre 1 e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): sonolência, vertigem. Reações com frequência desconhecida: As reações do sistema nervoso central incluem dormência na língua, delírio, nervosismo, tonturas, apreensão, euforia, confusão, letargia, zumbidos, visão dupla, vômitos, sensação de calor, frio ou dormência, contrações, tremores, convulsões, inconsciência, depressão e parada respiratória, fala indistinta, visão turva.
Os efeitos neurológicos após a administração da raquianestesia podem incluir a perda da sensibilidade perineal e da função sexual, anestesia persistente, parestesia, debilidade e paralisia dos membros inferiores, perda do controle esfincteriano, (podem ter uma lenta, incompleta ou nenhuma recuperação), retenção urinária, cefaleia, dor nas costas, meningite séptica, meningismo, aracnoidite, atraso do trabalho de parto, aumento na incidência de fórceps, calafrios, paralisia do nervo craniano decorrente da tração nos nervos por perda do líquido cefalorraquidiano e incontinência urinária e fecal.

SISTEMA CARDIOVASCULAR
Reação Comum (ocorre entre 1 e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipotensão
Reações com frequência desconhecida: depressão do miocárdio, diminuição do débito cardíaco, bloqueio cardíaco, bradicardia, arritmias ventriculares, incluindo taquicardia ventricular e fibrilação ventricular e parada cardíaca. A hipóxia causada por convulsões e apneia pode ser um fator contribuinte nas reações cardiovasculares.
As manifestações cardiovasculares são geralmente depressivas, caracterizadas por bradicardia, hipotensão e colapso cardiovascular, podendo resultar em parada cardíaca.

ALÉRGICAS:
Reação Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações alérgicas como resultado da sensibilidade à lidocaína são extremamente raras, e se ocorrerem devem ser tratadas de maneira convencional.
Reações com frequência desconhecida: lesões cutâneas, urticária, edema ou reações anafilactóides. A detecção da sensibilidade através de testes na pele é de valor duvidoso.

CONDUTA NAS EMERGÊNCIAS PROVOCADAS POR ANESTÉSICOS LOCAIS
A primeira consideração é a prevenção, através de cuidados e constante monitoramento dos sinais vitais respiratórios e cardiovasculares, e do estado de consciência do paciente, após cada injeção do anestésico local.
Ao primeiro sinal de alteração, deverá ser prontamente administrado oxigênio.
O primeiro passo no controle das convulsões, como também da hipoventilação ou apneia decorrentes da dispersão cefálica excessiva, consiste na imediata atenção a manutenção das vias aéreas e de ventilação assistida com pressão positiva através de máscara. Imediatamente após a instituição dessas medidas, deverá ser avaliada a adequação circulatória, mantendo sempre em mente que os fármacos comumente usados para tratar as convulsões, algumas vezes deprimem a circulação quando injetados intravenosamente.
Caso as convulsões persistam após a instituição de suporte respiratório e se o status circulatório assim o permitir, poderão ser administradas por via intravenosa pequenas quantidades de barbitúrico (como tiopental ou tiamilal) de ação ultracurta, ou um benzodiazepínico do tipo diazepam. O médico deverá estar familiarizado com o uso dos anestésicos locais em conjunto com esses fármacos antes de usá-los.
O tratamento de suporte da depressão circulatória poderá requerer a administração de fluidos por via intravenosa, e quando apropriado, um vasopressor (efedrina ou fenilefrina) segundo a necessidade da situação clínica.
Se não tratadas imediatamente, ambas, a depressão cardiovascular e as convulsões, poderão resultar em hipóxia, acidose, bradicardia, arritmias e parada cardíaca.
Uma hipoventilação ou apneia decorrentes da dispersão cefálica excessiva, poderá produzir os mesmos sintomas, e também levar a uma parada cardíaca caso o suporte ventilatório não seja instituído. Caso ocorra a parada cardíaca, deverão ser instituídas as medidas padrão de ressuscitação cardiopulmonar.
A intubação endotraqueal, empregando fármacos e técnicas familiares ao clínico, poderá estar indicada após administração inicial de oxigênio através de máscara, e também no caso de dificuldade de manutenção das vias aéreas do paciente, ou caso o suporte ventilatório, seja assistido ou controlado, esteja indicado.
A diálise não é de valor totalmente descartável no tratamento de superdosagem aguda com lidocaína.
A DL50 intravenosa de cloridrato de lidocaína em ratos fêmeas é de 26 (21 a 31) mg/kg e a DL50 subcutânea é de 264 (203 a 304) mg/kg.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária Estadual – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.