Posologia de zalcitabina

ZALCITABINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ZALCITABINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ZALCITABINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Monoterapia: Para pacientes adultos infectados pelo HIV com Aids ou CAR, a dose usual recomendada é de 0,75 mg como único agente, administrada diariamente a cada 8 horas (dose total diária de 2,25 mg). Devido à absorção da ZALCITABINA ser ligeiramente retardada pela alimentação, recomenda-se que não seja administrado juntamente com as refeições. Controle dos pacientes: Previamente ao início do tratamento, deve ser realizada a contagem de células CD4 e uma avaliação neurológica para qualificar a extensão do acometimento da doença. Hemogramas completos e controles clínico-laboratoriais devem ser periodicamente realizados. Os níveis de amilase sérica devem ser obtidos nos indivíduos com história de amilase elevada, pancreatite e etilismo, bem como nos pacientes que estiverem em NPT (nutrição parenteral total) ou nos indivíduos com risco de pancreatite. Recomenda-se acompanhamento cuidadoso das alterações da função neurológica, particularmente nos indivíduos com neuropatia periférica de qualquer etiologia. Ajuste posológico: Pacientes que estejam desenvolvendo sinais ou sintomas de moderados a graves, indicativos de neuropatia periférica (isto é, dormência, formigamento, hipoestesias, dores em queimação ou em pontadas nos membros inferiores, perda da sensibilidade vibratória ou do reflexo do tornozelo) devem interromper ZALCITABINA, especialmente se esses sintomas forem bilaterais e tiverem mais de 72 horas de evolução. Com a imediata interrupção da droga, a neuropatia geralmente é revertida dentro de algumas semanas. Entretanto a neuropatia pode persistir por vários meses, especialmente se a interrupção da droga não for efetivada a tempo; neste caso a neuropatia periférica associada a ZALCITABINA pode continuar a progredir, apesar de sua interrupção. Pode ocorrer o agravamento da intensidade da dor, com necessidade de analgésicos narcóticos especialmente se a ZALCITABINA não for suspensa a tempo oportuno. ZALCITABINA (com a dose a 50%, isto é, 0,375 mg a cada 8 horas) somente deverá ser reintroduzida quando todos os sintomas relacionados à neuropatia periférica tiverem regredido no mínimo a sintomas leves. Na ocorrência de outras reações adversas clínicas ou anormalidades laboratoriais graves, a dose diária de ZALCITABINA deve ser temporariamente descontinuada até que sejam reduzidas as reações adversas. ZALCITABINA deverá então ser reiniciada com 50% da dose inicial. Se as reações adversas reincidirem com este nível posológico, a terapia deve ser interrompida. As doses eficazes mínimas da ZALCITABINA para o tratamento de pacientes adultos com Aids ou CAR avançado não foram totalmente estabelecidas. Ajuste posológico (insuficiência renal): Clearance de creatinina entre 10-40 ml: reduzir a dose para 0,75 mg a cada 12 horas; clearance de creatinina < 10 ml/min: reduzir a dose para 0,75 mg uma vez ao dia. Terapia combinada: Para pacientes adultos infectados pelo HIV, com Aids ou CAR avançado, apresentando uma contagem de células CD4 igual ou inferior a 300 células/mm3, o esquema de terapia combinada é de um comprimido de 0,75 mg por via oral administrado concomitantemente com 200 mg de zidovudina (duas cápsulas de 100 mg) a cada 8 horas, diariamente (dose total de 2,25 mg e 600 mg de zidovudina). Monitorização dos pacientes: Para pacientes que recebem terapia combinada de ZALCITABINA/ZDV, os ajustes de dose de cada droga devem ser realizados de acordo com as doses das drogas individuais recomendadas para o uso em monoterapia. Para os pacientes que estiverem sofrendo efeitos tóxicos relacionados com a ZDV (isto é, anemia, granulocitopenia), deve-se primeiramente iniciar a redução da dose ou interromper o tratamento com ZDV. Da mesma forma, para toxicidade relacionada com ZALCITABINA (isto é, neuropatia periférica), o tratamento deve ser interrompido ou a dose reduzida. Para toxicidades graves ou que persistirem após a interrupção ou redução de uma das drogas, a outra deve ser também interrompida ou ter sua dose reduzida. Nos pacientes com baixa reserva de medula óssea, particularmente naqueles com sintomatologia avançada de patologia pelo HIV, recomenda-se realizar controles freqüentes dos índices hematológicos para detectar anemia ou granulocitopenia grave. Em um paciente necessitou interromper o tratamento com ZALCITABINA por uma semana e meia, devido ao aparecimento de erupção cutânea e febre. Não se conhece um antídoto para uma superdosagem com ZALCITABINA. A ausência de dados experimentais relativos à superdosagem aguda impede a caracterização das seqüelas e avaliação da eficácia do antídoto, até a presente data. Não se sabe se a ZALCITABINA é passível de retirada por hemodiálise ou diálise peritoneal.