Reações adversas zelmac

ZELMAC com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ZELMAC têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ZELMAC devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Síndrome do Intestino Irritável
Em estudos controlados por placebo, que envolveram 2.198 pacientes tratados com tegaserode durante um período de até 12 semanas a frequência de efeitos adversos nos pacientes que tomavam tegaserode foi semelhante à observada nos que tomavam o placebo, com exceção da diarreia.
A diarreia foi relatada como um efeito adverso por 11,7% dos pacientes em tratamento com o tegaserode nos ensaios clínicos, enquanto o valor correspondente para o placebo foi de 5,4%. Mesmo na subpopulação com mais de 3 evacuações/dia ou fezes moles/líquidas até 25% do tempo no início, a frequência na qual a diarreia foi reportada como um efeito adverso durante o tratamento foi apenas ligeiramente superior.
Na maioria dos casos ocorreu logo após o início do tratamento (média de 9 dias), foi transitória (duração média de 2 dias), mais frequentemente observada como um episódio único durante o período de tratamento de 12 semanas, e resolveu-se com a continuação da terapêutica. A taxa de descontinuação dos estudos devido à diarreia foi baixa (1,6% nos pacientes tratados com tegaserode e 0,5% no grupo do placebo).
Em estudos clínicos, um número pequeno de pacientes (0,04%) apresentou diarreia clinicamente significativa com hospitalização, hipovolemia, hipotensão e necessidade de infusão intravenosa de fluidos. A diarreia pode ser a resposta farmacológica ao Zelmac®.
A frequência da maioria dos outros efeitos adversos que ocorreram nos ensaios clínicos foi semelhante nos pacientes tratados com tegaserode e com placebo. Incluíram queixas gastrintestinais (ex. dor abdominal, náusea, flatulência), cefaleias, tonturas, dor lombar e doença semelhante à gripe.

Resumo da tabela das reações adversas de estudos clínicos
As reações adversas de estudos clínicos (veja Tabela 1), estão listadas de acordo com o sistema de classificação sistema-órgão do MedDRA. Em cada sistema de classe de órgão, as reações adversas a medicamentos estão listadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão listadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria de frequência correspondente, que utiliza a convenção a seguir (CIOMS III), também está disponível para cada reação adversa a medicamento: muito comum (≥ 1/10), comum (≥1/100, < 1/10), incomum (≥ 1/1,000, < 1/100), rara (≥ 1/10,000, < 1/1,000), muito rara (< 1/10,000), incluindo relatos isolados.

Tabela 1 – Reações adversas em estudos clínicos
Distúrbios vasculares

Distúrbios vasculares  
Muito raros

Distensão abdominal, diarreia, dor abdominal, náusea,
flatulência

Distúrbios gastrointestinais  
Comuns Dor de cabeça
Distúrbios do sistema nervoso  
Muito comum Dor de cabeça
Comum Tontura
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo  
Comum Dor nas costas
Distúrbios gerais e condições no local de administração  
Comum Doenças semelhantes à gripe
Distúrbios metabólicos e nutricionais  
Muito raro Hipovolemia



Reações adversas de relatos espontâneos e casos da literatura (frequência desconhecida)
As reações adversas a medicamentos a seguir foram identificadas baseadas em relatos espontâneos e estão organizadas de acordo com o sistema órgão e classe. Uma vez que essas reações foram reportadas voluntariamente por uma população de tamanho desconhecido, não é sempre possível estimar a frequência de modo confiável.

Tabela 2 – Reações adversas de relatos espontâneos e literatura (frequência desconhecida)

Distúrbios vasculares: colite isquêmica
Distúrbios do sistema imunológico: hipersensitividade tipo I, rash, urticária, prurido
Distúrbios hepatobiliares: hepatite, testes de função hepática anormais
Distúrbios metabólicos e nutricionais: hipocalemia



Descrição de reações adversas selecionadas Eventos cardiovasculares
Nos ensaios clínicos de Síndrome do Intestino Irritável, tegaserode não foi associado a alterações nos intervalos do ECG.
Em uma revisão externa dos estudos clínicos, treze casos (13/11.614; 0,11%) de eventos cardiovasculares isquêmicos, como infarto do miocárdio, angina instável ou acidente vascular cerebral foram observados em pacientes em tratamento com Zelmac®. Um evento foi observado em um paciente do grupo placebo (1/7.031; 0,01%). Uma segunda revisão externa confirmou um desequilíbrio numérico. Eventos no grupo de Zelmac® foram principalmente observados em pacientes com doença cardiovascular isquêmica ou fatores de risco cardiovasculares pré-existentes. Não foi estabelecida a relação causal entre o uso de Zelmac® e esses eventos.
Foram relatados eventos isquêmicos cardiovasculares. A maioria destes eventos foi observada em pacientes com fator de risco cardiovascular subjacente (quando esta informação estava disponível). Embora relatos de alguns dos eventos cardiovasculares mostrem que estes ocorreram em torno do início do tratamento com Zelmac®, nenhum paciente específico ou evento característico pôde ser identificado.
Não foi estabelecida relação causal entre os casos relatados de eventos isquêmicos, hepatite, níveis anormais de transaminases e bilirrubina e Zelmac®.
A análise conjunta de um estudo epidemiológico não demonstrou desequilíbrio quanto aos eventos cardiovasculares isquêmicos entre pacientes que iniciaram Zelmac® (n = 52,229) e um grupo comparador (n = 52,229).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.