Características farmacológicas ansiopax

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Este medicamento é um fitoterápico que contém um extrato padronizado do rizoma de Kava-kava (Piper methysticum), planta nativa da região das ilhas do Pacífico Sul.

Mecanismo de ação: Sua ação é exercida sobre o núcleo amigdaliano diminuindo a atividade do sistema límbico, o que determina uma ação ansiolítica. Além disso, este medicamento exerce efeitos presumíveis sobre a formação reticular. Por diminuição da ansiedade, da tensão e da agitação, ocorre um aumento da tolerância ao estresse mental, o que leva a uma maior estabilidade emocional. Estudos em animais de laboratório demonstraram o efeito sedativo, anticonvulsivante, espasmolítico e relaxante muscular central. Estudos farmacológicos no homem mostraram um aumento da atividade beta e simultânea diminuição da atividade alfa no EEG quantitativo. O aumento do índice beta/alfa é típico do perfil eletroencefalográfico farmacológico dos ansiolíticos. Por outro lado, a ausência de um acréscimo das atividades delta e teta demonstraram que o extrato de kava-kava contido neste medicamento é desprovido de propriedades hipnóticas. O perfil de ação neurofisiológico deste medicamento é diferente daquele dos benzodiazepínicos e não é diretamente comparável aos timolépticos tricíclicos. Estudos clínicos, com foco na influência deste medicamento sobre a qualidade do sono, demonstraram que a quantidade de fusos de sono e a porcentagem de sono profundo aumentaram, o sono REM não sofreu alterações. O estágio I do sono e a latência do sono tenderam a diminuir e o tempo do sono subjetivo aumentou. Conforme comprovado clinicamente, a sua influência na qualidade do sono não é acompanhada de uma restrição na capacidade de reação. A falta de um componente sedante, a diminuição da excitabilidade central e da atividade límbica, relaxamento muscular, bem como o aumento no tempo do sono profundo, caracterizam o extrato de kava-kava como uma substância com propriedades farmacológicas únicas.

Farmacocinética: O pico do nível plasmático ocorre 1.8 horas após a dose por via oral. A vida-média das kavalactonas é de 9 horas. Sua eliminação se dá através da urina e fezes.