Resultados de eficácia antigeron

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Vários são os trabalhos de pesquisa clínica, nacionais e internacionais, com o uso de cinarizina no tratamento das labirintopatias (Ganança, 1995; Fukuda, 1995).
Em 1968, Ganança e col. analisaram os aspectos clínicos e terapêuticos em otoneurologia, comparando ouso de vasodilatadores, antieméticos, anti-histamínicos, analgésicos, neurolépticos, anticonvulsivantes, tranquilizantes e barbitúricos no tratamento de síndromes vestibulares periféricas, verificando que o melhor resultado obtido foi alcançado pela cinarizina com 78,4% de melhora em 7 2 casos.
Neste trabalho a melhora conseguida pelo placebo foi de 13,6%.
No tratamento dos problemas do equilíbrio e audição com a cinarizina, Mangabeira-Albernaz e col. (1968) verificaram que a cinarizina na dose de 25mg, via oral, 3 vezes ao dia, por 40 dias, em 103 pacientes, mostrou melhora estatisticamente significativa em relação a o placebo (87,1% de melhora com a cinarizina contra 16,0% de melhora com o placebo).
A atividade terapêutica da cinarizina nas síndromesvestibulares periféricas foi comprovada em estudo de Mangabeira-Albernaz & Ganança (1968) que observaram que o tratamento deve ser efetuado em prazo mínimo de 90 dias, sendo visto que o tratamento aos 90, 120 e 180 dias foram estatisticamente superiores aos de 30 e 60 dias. Este estudo envolveu 255 pacientes, divididos em 5 grupos de tratamento, segundo a duração acima citada.
Em 1969, Mangabeira-Albernaz e col. observaram ser a cinarizina eficiente no tratamento das afecções d as vias cocleares e vestibulares do tronco cerebral de etiologia vascular, obtendo algum tipo de beneficio em 70% dos 17 pacientes estudados.
Mangabeira-Albernaz e col. (1972) em tratamento de 928 pacientes com síndromes vestibulares periféricas obtiveram 10,2% de recidivas. Na repetição terapêutica com cinarizina por 90 dias consecutivos este índice caiu para 0,1 %.
Mangabeira-Albernaz e col., em 1978 analisaram a atividade depressora vestibular da cinarizina e da flunarizina, comparada ao placebo, em 58 pacientes portadores de síndromes vestibulares periféricas. A atividade destas substâncias foi julgada pela redução da velocidade do componente lento do nistagmo pós-calórico, antes e após o tratamento. Tanto a flunarizina como a cinarizina exerceram ação depressora significativa no aparelho vestibular, evidenciada pela diminuição das respostas pós- caló ricas após o tratamento. A flunarizina mostrou ação depressora vestibular mais intensa, estatisticamente significativa em relação ao placebo. A cinarizina foi receitada na dose de 50mg 3 vezes ao dia, ambas durante 3 dias e 1/3.
Amery & Oosterveld, em 1980, com a colaboração de 3 1 clínicos gerais nos Países Baixos, realizaram um estudo multicêntrico para investigar a eficácia dacinarizina no tratamento da vertigem em pacientes idosos e para se examinar, detalhadamente, seus efeitos sobre os sintomas associados e causados por distúrbios circulatórios cerebrais. Sessenta e um pacientes fo ram tratados durante 12 semanas. Com base nas avaliações globais, 58,6% dos pacientes apresentaram melhoras acentuadas ou nítidas, 25,6% estavam ligeiramente melhores e 1,2% não sofreram alteração.
Ganança e col., em 1986, não notaram diferença entr e flunarizina e cinarizina quando comparados os resultados referentes a náuseas, zumbidos e melhora da perda uditiva. A flunarizina na dose diária de 10mg pareceu ter maior potência de ação antivertiginosa que a cinarizina quando esta foi medicada na dose diária de 225mg (1 comprimido de 75mg, 3 vezes ao dia).
Ganança e col., em 1986, avaliaram 76 pacientes com distúrbios labirínticos de origem vascular, durante 6 semanas, em estudo duplo-cego comparativo entre pentoxifilina (400mg ao dia) e cinarizina (75mg 3 vezes ao dia). As avaliações clínicas com testes audiológico s e vectonistagmografia foram submetidas á análiseestatística que comprovaram que a pentoxifilina apresentou ação antivertiginosa mais intensa.
Em 1990, Ganança & Caovilla em estudo duplo-cego, r andomizado com o uso de três esquemas de cinarizina (12,5mg, 25mg e 75mg, três vezes ao dia) no tratamento da vertigem em 94 pacientes portadores de alterações vestibulares periféricas por 90 dias, verificaramque os resultados clínicos significativamente melhores estavam em favor das menores doses diárias utilizadas, sendo que a posologia de 12,5mg três vezes ao dia parec ser a dose ideal de cinarizina para tal finalidade.
Os autores observaram também que 75mg três vezes aodia produziu resultados significativamente inferiores com maior frequência e intensidade de efeitos colaterais.
Doweck e col. Em 1994, estudando 55 jovens normais do ponto de vista clínico, que receberam de 25 a 50mg de cinarizina em estudo comparativo com placebo, verificaram redução do ganho e fase inalterada do reflexo vestíbulo-ocular ao teste de aceleração harmônica.
Shupak e col. estudaram 95 indivíduos com problemas de náuseas e vômitos relacionados com viagens em mar agitado. Estes pacientes foram medicados com cinarizina em doses 25 e 50mg e controlados com estudo do reflexo vestíbulo-ocular. Constatou-se melhora clínica em 69% dos pacientes que receberam cinarizina, na dose de 50mg e em 35% na dose de 25mg.
Ganança e col., em 1994 verificaram melhores resultados no tratamento das afecções vestibulares periféricas e centrais com o uso de cinarizina concomitante com pentoxifilina, ginkgo biloba, clonazepan, carbamazepina, diazepam, cloxazolam, clomipramina, supiride e dihidroergocristina.
Ganança e col. (1994) em revisão de 27 estudos duplo-cego, randomizados e comparativos, controlados com placebo desde 1965, totalizando 6.907 pacientes portadores de síndromes vestibulares periféricas e centrais, mostraram que a cinarizina e flunarizina foram significativamente melhores que o placebo.
A cinarizina apresentou melhora em 95% dos casos de síndrome vestibular periférica e em aproximadamente 50% dos casos de síndrome vestibular central.