Características farmacológicas filgrastine

Filgrastine com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Filgrastine têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Filgrastine devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Filgrastim (rHu G-CSF) é uma proteína não glicosilada com 175 aminoácidos, produzida por processo de DNA recombinante com Escherichia coli (inserção na bactéria do fator estimulante celular de granulócito humano); do ponto de vista químico, assemelha-se a glicoproteína hormonal do fator de crescimento. É um fator de crescimento hematopoiético da classe II. Atua nas células precursoras com a capacidade de formar apenas uma célula diferenciada: o granulócito neutrófilo; portanto é um estimulante celular linhagem-específica.

Farmacologia
O fator estimulador de colônias de granulócitos humanos é uma glicoproteína que regula a produção e liberação dos neutrófilos funcionais da medula óssea. O G-CSF recombinante, provoca aumentos evidentes nas contagens de neutrófilos no sangue periférico em vinte e quatro horas, com elevações mínimas dos monócitos. Os aumentos das contagens dos neutrófilos são dose-dependentes nas doses recomendadas.
Os neutrófilos produzidos em resposta ao filgrastim (rHu G-CSF) apresentam função normal ou aumentada como demonstrado em testes de função quimiotáxica e fagocitária. Após o término da terapêutica com filgrastim (rHu G-CSF), a quantidade de neutrófilos circulantes diminui cerca de 50% em 1 a 2 dias, e para níveis normais em 1 a 7 dias.
O uso do filgrastim (rHu G-CSF) em pacientes submetidos à quimioterapia citotóxica leva a reduções significativas na incidência, severidade e duração da neutropenia e neutropenia febril.
Pacientes tratados com quimioterapia citotóxica e filgrastim (rHu G-CSF) requerem menor número de internamentos e dias de hospitalização, apresentando necessidade reduzida de antibióticos quando comparados aos pacientes tratados apenas com quimioterapia citotóxica.

Toxicologia
Em estudos clínicos realizados com filgrastim (rHu G-CSF) em ratos não foram observadas reações adversas e as atividades dos ratos mantiveram-se normais.
Após 7 dias de observação, a massa corpórea dos ratos aumentou normalmente e não ocorreram mortes. A DL50 em ratos quando filgrastim (rHu G-CSF) é aplicado por via intravenosa é maior que 3600 µg/kg.
Não se tem dados toxicológicos suficientes para a determinação da toxicologia de FILGRASTINE® em humanos.

Farmacocinética
Existe uma correlação linear positiva entre a dose e a concentração sérica do G-CSF, seja administrado por via intravenosa como subcutânea. Após uma dose única do filgrastim (rHu G-CSF) variando de 1,7 a 69,0 mg/kg (por infusão intravenosa superior a 30 minutos), níveis máximos de G-CSF entre 5 a 1840 mg/mL foram encontrados. Após administração subcutânea das doses recomendadas, níveis máximos da concentração sérica até 118 ng/mL foram mantidos acima de 10 ng/mL por 8 a 16 horas. O volume de distribuição no sangue é de aproximadamente 150 mL/kg.
A depuração do G-CSF mostrou seguir uma farmacocinética de primeira ordem após administração subcutânea ou intravenosa. A meia-vida de eliminação sérica do G-CSF é de aproximadamente 3,5 horas com uma velocidade de depuração de aproximadamente 0,6 mL/min/kg.