Posologia de aracytin

ARACYTIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ARACYTIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ARACYTIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Aracytin® CS não é ativo por via oral. A posologia e o método de administração variam de acordo com o esquema terapêutico a ser utilizado. Aracytin® CS pode ser administrado por infusão ou por injeção intravenosa, por via subcutânea ou intratecal.
Em alguns pacientes ocorreu tromboflebite no local da injeção ou da infusão; raramente relatou-se dor e inflamação nos locais da injeção subcutânea. Na maioria dos casos, a medicação foi bem tolerada.
A administração subcutânea é satisfatória para manutenção das remissões; o valor da terapia de indução por essa via é incerto.
Os pacientes podem tolerar doses totais maiores quando recebem o medicamento por injeção intravenosa rápida do que quando o recebem por infusão lenta. Esse fenômeno está relacionado com a rápida inativação do Aracytin® CS e com a curta exposição das células normais e neoplásicas susceptíveis a níveis significativos do medicamento, após injeção rápida. Células normais e neoplásicas respondem aparentemente de modo paralelo a esses diferentes modos de administração; nenhuma vantagem clínica expressiva foi demonstrada para qualquer um deles.

Doses convencionais: na terapia de indução de leucemia não-linfocítica aguda, a dose habitual de Aracytin® CS em combinação com outros agentes quimioterápicos antineoplásicos é de 100 mg/m2/dia por infusão intravenosa contínua (dias 1 – 7) ou 100 mg/m 2 IV a cada 12 horas (dias 1 – 7).

Doses altas: 2-3 g/m2 por infusão intravenosa a cada 12 horas por 1-3 horas durante 2-6 dias com ou sem agentes quimioterápicos adicionais.

Doses subcutâneas: em geral a dose é 20-100 mg/m2 dependendo da indicação do tratamento e do regime posológico utilizado.

Uso Intratecal para Tratamento de Leucemia com Infiltração meníngea:
A citarabina foi utilizada por via intratecal em leucemia aguda em doses que variaram de 5 mg/m2 a 75 mg/m2 de superfície corpórea do paciente. A frequência de administração do medicamento variou de uma vez ao dia por 4 dias a uma vez ao dia a cada 4 dias. A dose mais frequentemente usada foi de 30 mg/m² a cada 4 dias até que os achados no líquido cérebro-espinhal fossem normais, seguida por tratamento adicional. O regime de doses é usualmente determinado pelo tipo e gravidade das manifestações no sistema nervoso central e pela resposta à terapia prévia (vide item 5. Advertências e Precauções).
A citarabina foi utilizada por via intratecal em associação com succinato sódico de hidrocortisona e metotrexato, ambos como profilaxia em crianças recém-diagnosticadas com leucemia linfocítica aguda, bem como no tratamento de leucemia com infiltração meníngea. Sullivan reportou que a terapia profilática tripla preveniu doenças do sistema nervoso central tardias apresentando índices de cura e sobrevida global similares aos daqueles pacientes nos quais a radiação no sistema nervoso central e o metrotexato por via intratecal foram usados com profilaxia inicial. As doses utilizadas nesta terapia foram 30 mg/m2 de citarabina, 15 mg/m2 de succinato sódico de hidrocortisona e 15 mg/m2 de metotrexato. O médico deve estar familiarizado com este relato antes de iniciar a terapia.
A terapia profilática tripla após tratamento bem-sucedido do episódio meníngeo agudo pode ser útil. O médico deve estar familiarizado com a literatura atual antes de instituir este programa.
O uso de citarabina por via intratecal pode causar toxicidade sistêmica, recomendando-se um cuidadoso monitoramento do sistema hemopoético. Pode ser necessária a alteração da terapia antileucêmica. Raramente ocorre toxicidade significativa (vide item 5. Advertências e Precauções).
Quando citarabina é administrado por ambas as vias intratecal e intravenosa num período de poucos dias, existe um risco aumentado de toxicidade espinal; entretanto, quando existe doença associada a risco de morte, o médico deve, a seu critério, decidir sobre o uso concomitante de citarabina por via intratecal e intravenosa.
O envolvimento leucêmico focal do sistema nervoso central pode não responder à citarabina por via intratecal, podendo ser melhor tratado com radioterapia.

Uso em Crianças:
Similar ao uso em adultos.

Uso em Idosos:
Não são conhecidas até o momento recomendações especiais para os pacientes idosos, aplicando-se as informações técnicas já descritas.

Preparação da solução para infusão:
Atenção: PARA ADMINISTRAÇÃO POR VIA INTRATECAL, ARACYTIN® CS NÃO DEVE SER DILUÍDO COM SOLUÇÕES CONTENDO CONSERVANTES.
Como regra geral, antes de sua administração, as medicações para uso parenteral devem ser inspecionadas visualmente quanto a partículas em suspensão e descoloração, quando a solução e o frasco o permitirem.
Devem ser tomadas as devidas precauções na preparação e descarte das soluções contendo quimioterápicos antineoplásicos. Foram publicadas diversas normas e procedimentos nesse sentido, embora não haja uma concordância geral quanto à necessidade ou conveniência desses procedimentos. Pode-se utilizar seringas com ajuste “Luer-Lock” e de largo diâmetro interno para minimizar a pressão e eventual formação de aerossol. A formação de aerossol pode ser diminuída pela utilização, durante a preparação, de agulha com respiro. Podem ocorrer reações cutâneas associadas com a exposição acidental ao produto. Não se recomenda a manipulação de agentes citotóxicos, como a citarabina, por mulheres grávidas.

Compatibilidades e Incompatibilidades:
Aracytin® CS é compatível com a maioria das soluções fisiológicas, incluindo solução de cloreto de sódio 0,9% e solução de glicose 5%. A citarabina é estável por 8 horas nas seguintes combinações com concentrações específicas, em glicose 5%: citarabina 0,8 mg/mL e cefalotina sódica 1,0 mg/mL; citarabina 0,4 mg/mL e fosfato sódico de prednisolona 0,2 mg/mL; citarabina 16 mcg/mL e sulfato de vincristina 4 mcg/mL. A citarabina também é fisicamente compatível com metotrexato.
A citarabina é fisicamente incompatível com heparina, 5-fluoruracila, insulina, penicilinas como oxacilina e penicilina-G, nafcilina sódica e succinato sódico de metilprednisolona. Não são conhecidos outros dados relativos a incompatibilidades.
Aracytin® CS não deve ser misturado com outros medicamentos, exceto os compatíveis mencionados anteriormente. A compatibilidade deve ser assegurada antes de misturar Aracytin® CS com qualquer outra substância.