Resultados de eficácia aramin

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O metaraminol, por ser um potente agonista alfa-adrenérgico, tem sido utilizado para manutenção da pressão arterial em mulheres submetidas a cesariana eletiva sob anestesia espinhal.
Cardoso e colaboradores realizaram um estudo prospectivo com 36 gestantes de termo comparando o uso de três vasopressores no tratamento de hipotensão pós-raquianestesia para cesariana. O objetivo foi comparar o bem estar materno e fetal com o uso de efedrina, metaraminol e fenilefrina. As variáveis estudadas foram: incidência de hipotensão arterial (diminuição maior ou igual a 20% da pressão arterial sistólica controle), bradicardia (diminuição maior ou igual a 30% da frequência cardíaca), taquicardia (aumento maior ou igual a 30% da frequência cardíaca), ocorrência de náuseas, vômito, pH menor que 7 e média do pH da artéria umbilical. Concluiu-se que os vasopressores utilizados mostraram-se seguros para o feto, porém os alfa-agonistas foram superiores à efedrina por causarem menos taquicardia materna.
Cardoso MSC, Amaro AR, Rosq MCR, Yamaguchi ET. Vasopressores em raquianestesia para cesariana. Comparação entre efedrina, metaraminol e fenilefrina. Rev Bras de Anestesiol. 2003; 53(S31) CBA67A.
Um estudo clínico randomizado e controlado foi realizado por Critchley e colaboradores para avaliar as variáveis hemodinâmicas de três tratamentos clínicos para hipotensão durante anestesia subaracnóide. O objetivo era manter a pressão arterial sistólica 75% acima da linha de base através da administração de fluidos – solução salina intravenosa (16 ml/Kg e se necessário 3 doses subseqüentes em bolus de 2,5 ml/kg), infusão de metaraminol (dose titulada entre 0 a 5 mg/hora) ou infusão de efedrina ( dose titulada entre 0 a 120 mg/hora). As variáveis hemodinâmicas avaliadas foram: pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial média (PAM), pressão venosa central (PVC), índice cardíaco (IC), frequência cardíaca (FC) e índice de resistência vascular sistêmica (IRVS). O grupo do metaraminol (12 pacientes) manteve a PAS em todos os casos, o grupo que recebeu fluidos (10 pacientes) não manteve o IRVS e o grupo da efedrina (12 pacientes) não manteve a PVC e IRVS sendo que em dois casos deste grupo apresentaram variações cardiovasculares importantes com elevação de FC e redução da PVC e IRVS.
Critchley e Yu realizaram estudo comparando perfis da pressão arterial resultantes de três diferentes métodos de administração do vasopressor metaraminol durante a anestesia subaracnóidea, em 52 pacientes idosos traumatizados que apresentavam fratura de quadril. A pressão arterial foi mantida com administração de metaraminol tanto pela via intramuscular (dose de 0,1 mg/kg), intravenosa em bolus (dose de 0,01 mg/kg) ou infusão contínua (0.05 mg/kg/hora) e foi registrada minuto a minuto a pressão arterial não invasiva. O estudo evidenciou que a pressão arterial pode ser efetivamente mantida usando metaraminol pela via intramuscular e intravenosa durante raquianestesia em pacientes idosos com fratura de quadril, porém, a infusão intravenosa contínua é preferível quando comparada à via intravenosa em bolus ou intramuscular devido ao efeito mais previsível e pela manutenção da pressão arterial sistólica em 20% acima da linha de base.
Critchley e Conway avaliaram os efeitos na hemodinâmica de 45 pacientes idosos ( 60 – 95 anos) submetidos à raquianestesia para tratamento cirúrgico de fratura de colo de fêmur com a administração de colóides e metaraminol.O estudo evidenciou que o tratamento com metaraminol de 5mcg/kg seguida de infusão de 1,7 mcg/kg/min foi significativamente melhor na melhora da resistência vascular sistêmica e pressão arterial sistólica quando comparada com administração apenas de colóides
Metaraminol foi comparado com outros agentes inotrópicos em 14 pacientes submetidos à cirurgia abdominal de grande porte sob anestesia epidural. Metaraminol em uma concentração de 0,5-1,5 mcg/kg/min melhorou a pressão arterial e pressão venosa central sem efeito no débito cardíaco. A dobutamina por sua vez, na dose de 1-3 mcg/kg/min melhorou apenas o débito cardíaco. Não houve influência na pressão arterial e nem a pressão venosa central
Kajimoto Y, Nishimura N,. Metaraminol and dobutamine for the treatment of hypotension associated with epidural block. Resuscitation. 1984; 12:47-51
Em 6 pacientes com Infarto miocárdico de parede inferior, o metaraminol melhorou a pressão arterial média de 81±12 a 126±8 mm Hg em alguns minutos do tratamento.
Sagie A, Sclarovsky S, Klainman E, Strasberg B, Rechavia E, Mager A, Kusniec J, Agmon J. Effect of metaraminol during acute inferior wall myocardial infarction accompanied by hypotension: preliminary study. J Am Coll Cardiol.1987.10(5):1139-44.
Similarmente em um estudo de 7 pacientes portadores de infarto do miocárdio, o metaraminol melhorou a hipotensão arterial em um tempo médio de 9 minutos.
Figueras J, Lidon RM, Cortadellas J. Metaraminol induced reversal of acute myocardial ischaemia associated with hypotension and refractory to intravenous nitroglycerin. Eur Heart J 1991;12: 720-25
Trabalho realizado por Hou e colaboradores avaliou os efeitos da dopamina e metaraminol baseado no fluxo de perfusão tecidual e não apenas na elevação da pressão arterial baseado em parâmetros como débito urinário, pressão arterial média, frequência cardíaca, uréia, creatinina, albuminúria, e beta 2 microglobulina urinária. Realizou-se a dose destes parâmetros antes e após a terapia vasopressora com dopamina e metaraminol e evidenciou-se que ambos os fármacos quando aplicados a pacientes com choque séptico, promoviam estabilidade hemodinâmica e restabelecimento adequado da função renal.
Existem na literatura dois relatos de casos sobre anafilaxia por anestesia refratária à adrenalina e que retornaram à circulação espontânea após administração de metaraminol.
Heytman M, Rainbird A. Use of alpha-agonists for management of anaphylaxis occurring under anaesthesia: case studies and review.Anesthesia.2004; 59(12):1210-5.