Características farmacológicas foradil aerosol

Foradil Aerosol com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Foradil Aerosol têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Foradil Aerosol devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



– Farmacodinâmica O formoterol é um potente estimulante seletivo b2-adrenérgico. Exerce um efeito broncodilatador em pacientes com obstrução reversível das vias aéreas. O efeito inicia-se rapidamente (dentro de 1 a 3 minutos) e é ainda significante 12 horas após a inalação. Quando aplicado em doses terapêuticas, os efeitos cardiovasculares são mínimos e ocorrem apenas ocasionalmente. O formoterol inibe a liberação de histamina e de leucotrienos do pulmão humano sensibilizado passivamente. Algumas propriedades antiinflamatórias, tais como inibição de edema e do acúmulo de células inflamatórias, têm sido observadas em experimentos com animais. No homem, tem-se demonstrado que FORADIL é efetivo na prevenção do broncoespasmo induzido por alérgenos inalados, exercícios, ar frio, histamina ou metacolina. – Farmacocinética Absorção – Assim como relatado para outros fármacos inalados, é provável que aproximadamente 90% do formoterol administrado por um inalador seja deglutido e então absorvido a partir do trato gastrintestinal. Isso significa que as características farmacocinéticas da formulação oral se aplicam em grande parte às formulações inaladas. Doses orais de até 300 mg de fumarato de formoterol são rapidamente absorvidas a partir do trato gastrintestinal. Os picos de concentração plasmática da substância inalterada são atingidos em ½ a 1 hora após a administração. A absorção de uma dose oral de 80 mg é de 65% ou mais. A farmacocinética do formoterol demonstra-se linear na faixa de dosagem investigada, isto é, 20 – 300 mg. A administração oral repetida de doses diárias de 40 – 160 mg não leva a acúmulo significativo do fármaco. Após a inalação de doses terapêuticas, não é possível detectar-se o formoterol no plasma pelos métodos analíticos disponíveis. Entretanto, a análise das taxas de excreção urinária sugere que o formoterol inalado é rapidamente absorvido. A taxa de excreção máxima, após a administração de 12 a 96 mg, é atingida dentro de 1 a 2 horas após a inalação. A excreção urinária cumulativa do formoterol, após a administração de duas formulações diferentes de aerosol (12 – 96 mg) e do pó para inalação (12 – 24 mg), demonstraram que a quantidade de formoterol disponível na circulação aumenta proporcionalmente à dose. Distribuição – A ligação do formoterol a proteínas plasmáticas é de 61% a 64% (34% principalmente à albumina). Não há saturação dos sítios de ligação na faixa de concentração atingida com doses terapêuticas. Biotransformação – O formoterol é eliminado principalmente pelo metabolismo, sendo a glicuroniaação direta a principal via de biotransformação. A o-demetilação seguida de glicuronização é outra via. Eliminação – A eliminação do formoterol da circulação parece ser polifásica; a meia-vida aparente depende do intervalo de tempo considerado. Baseada nas concentrações do plasma ou do sangue, em até 6, 8 ou 12 horas após a administração oral, foi determinada uma meia-vida de eliminação de aproximadamente 2-3 horas. A partir das taxas de excreção urinária, entre 3 e 16 horas após a inalação, foi calculada uma meia-vida de cerca de 5 horas. O fármaco e seus metabólitos são completamente eliminados do organismo; de uma dose oral, aproximadamente dois terços aparecem na urina e um terço nas fezes. Após a inalação, cerca de 6 a 9% da dose, em média, são excretados inalterados na urina. O clearance renal do formoterol é de 150 ml/min. Mutagenicidade – Foram conduzidos testes de mutagenicidade, cobrindo uma ampla faixa de parâmetros. Não foi encontrado efeito genotóxico em qualquer dos testes efetuados tanto in vitro como in vivo. Carcinogenicidade – Estudos de dois anos em ratos e camundongos não indicaram qualquer potencial carcinogênico. Camundongos machos tratados com níveis de dosagem bastante altos demonstraram uma incidência ligeiramente maior de tumor benigno de célula subcapsular adrenal, o que é considerado um reflexo de alteração no processo fisiológico de envelhecimento. Dois estudos em ratos, considerando diferentes faixas de dosagem, demonstraram um aumento de leiomiomas mesovarianos. Esses neoplasmas benignos são tipicamente associados com tratamentos prolongados de ratos, com dosagens altas de fármacos b2-adrenérgicos. Foram também observados aumento na incidência de cistos ovarianos e células tumorais benignas da teca e da granulosa; são conhecidos os efeitos dos b2-agonistas sobre os ovários de ratas, sendo os mesmos específicos de roedores. Alguns outros tipos de tumores, observados no primeiro estudo com altas dosagens, estavam de acordo com a incidência histórica de população-controle, e não foram observados no ensaio com doses menores. Nenhuma das incidências de tumores aumentou a uma extensão estatisticamente significativa nas doses mais baixas, no segundo estudo, doses essas que levam a uma exposição sistêmica 10 vezes maior do que a esperada com a dosagem máxima recomendada de formoterol. Baseando-se nas conclusões dos estudos e na ausência de potencial mutagênico, conclui-se que o uso de formoterol em doses terapêuticas não apresenta risco carcinogênico. Toxicidade sobre a reprodução – Testes em animais não demonstraram potencial teratogênico; o formoterol foi excretado no leite de ratas lactantes, após administração oral.