Características farmacológicas lactulosum

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O LACTULOSUM ENILA é um dissacarídeo comum, formado por uma molécula de galactose e uma de frutose, denominada, quimicamente de 4-0-B-D-galactopiranosil-D-frutofuranose. Uma vez ingerida, a lactulose não é absorvida pelo trato gastrintestinal, nem hidrolizada pelas enzimas a nível gastroduodenal, chegando ao cólon praticamente inalterada. Atingindo o cólon, a lactulose é fermentada pelas bactérias sacarolíticas, produzindo, desta, ácido láctico e pequenas quantidades de ácido acético e ácido fórmico. A acidificação do meio e a queda do pH que ocorrem na degradação da lactulose desencadeiam mecanismos responsáveis pela ação da lactulose na constipação intestinal e na encefalopatia porto-sistêmica. Desta maneira, há acidificação do conteúdo intestinal e aumento da pressão osmótica, ocasionando um fluxo de líquidos para o interior do cólon e o conseqüente aumento e amolecimento do bolo fecal, acelerando, desta forma, o trânsito intestinal. Ao acidificar o conteúdo da luz intestinal, o LACTULOSUM ENILA transforma a amônia ali existente em um íon não-absorvível, reduzindo dessa forma os seus níveis circulantes. Concomitantemente, a ação laxativa dos metabólitos da lactulose contribui para a eliminação fecal do íon de amônia em 25% a 50%, acompanhada por melhora do estado mental do paciente e do traçado eletroencefalográfico. A tolerância protéica do paciente também melhora. A resposta clínica tem sido observada em 75% dos pacientes, sendo que o tratamento da condição crônica tem sido feito por mais de 2 anos em estudos clínicos controlados. O LACTULOSUM ENILA, ao imprimir uma atuação fisiológica e não-farmacológica, mostra-se especialmente indicado nos casos em que a facilidade máxima de evacuação e a necessidade de evitar esforços sejam fundamentais, como o que ocorre, por exemplo, com os pacientes portadores de cardiopatias, inclusive hipertensão arterial. Em função dessas características, LACTULOSUM ENILA é também indicado na constipação intestinal associada a problemas pediátricos, ao puerpério, pacientes geriátricos e acamados, pacientes submetidos à cirurgia e com condições dolorosas do reto e ânus, como hemorróidas e hemorroidectomias, bem como com pacientes dependentes de laxantes.