Características farmacológicas auram

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Estudos farmacológicos em animais com Auram e o seu metabólito – o derivado 10-monohidroxi (MHD), mostram que estas duas substâncias são potentes e eficazes anticonvulsivantes, indicando efetividade terapêutica principalmente contra crises parciais e tônico-clônicas generalizadas. Embora o mecanismo de ação preciso da maioria dos antiepilépticos não seja ainda conhecido em detalhes, aceita-se que os fármacos desta classe produzam seus efeitos por alteração da atividade dos mediadores básicos da excitabilidade neuronal, ou seja, os canais iônicos dos neurônios no cérebro, iniciadores do potencial de ação e da neurotransmissão. De acordo com recentes achados Auram e o MHD podem exercer sua atividade anticonvulsivante pelo bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependentes no cérebro. Em concentrações terapêuticas, ambos os compostos limitam a descarga repetitiva de alta frequência, sustentada pelos potenciais de ação sódio-dependentes de neurônios de camundongos em cultura de células, um efeito que pode contribuir para bloqueio da disseminação da crise a partir de um foco epiléptico. Além disso, evidência de um estudo in vitro em corte de hipocampo de rato sugere que a atividade antiepiléptica do MHD racêmico e de seus dois enantiomorfos é mediada também por canais de potássio. – Absorção Auram É absorvido rapidamente, sendo no mínimo 95% através do trato gastrintestinal. Após a absorção, é rápida e quase completamente reduzida ao metabólito 10,11-dihidro-10-hidroxi-carbamazepina (monohidroxido derivado MHD), que é farmacologicamente ativo e, atinge concentrações plasmáticas várias vezes mais elevadas do que o fármaco inalterado. A biodisponibilidade do MHD é leve porém significativamente aumentada quando a Auram É administrado com alimentos. – Distribuição Os picos de concentração plasmática são obtidos num período de quatro horas. Cerca de 40% do metabólito ativo, o MHD, liga-se às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina. O volume de distribuição do MHD é de 0,7 a 0,8 l/kg. Como Auram sofre rápida redução metabólica, as suas concentrações plasmáticas são negligenciáveis, predominando o metabólito MHD. Após doses orais únicas de 150 a 600 mg de Auram, as Áreas sob a curva plasmática (AUC) médias do MHD, são linearmente correlacionadas à dose; o pico médio das concentrações plasmáticas após doses de 300 a 600 mg é respectivamente 13,0 a 23,6 mmol/l. – Metabolismo Auram É extensamente metabolizado no homem; menos de 1% da dose é excretada inalterada na urina. Após a absorção, é rapidamente reduzida ao principal metabólito, MHD e, aos metabólitos secundários – conjugados glucuronido e conjugado sulfatado de oxcarbazepina e do metabólito 10,11-dihidro-10,11-diidroxi. – Eliminação A meia-vida de eliminação do MHD no plasma humano é, em média, de 9 horas após doses orais únicas de comprimidos de Auram. O “clearance” plasmático total médio é de 3,6 1/h. Após doses orais repetidas de oxcarbazepina, a farmacocinética do fármaco inalterado e de seu metabólito ativo não sofre modificação, indicando ausência de característica de auto-indução e de acúmulo. A eliminaÇÃo da Auram do organismo é completa. Mais de 95% da dose administrada aparece na urina em 10 dias, principalmente como metabólito. As formas livres e conjugadas de MHD, somam cerca de 60% dos compostos excretados por via renal e, os metabólitos conjugados secundários, cerca de 5 a 15% cada.