Superdosagem assedatil

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A toxicidade por salicilatos (doses acima de 100 mg/kg/dia por mais de 2 dias consecutivos podem ser tóxicas) pode resultar de intoxicação crônica, terapeuticamente adquirida e de intoxicação aguda (sobredose) com potencial risco de morte, que pode ser causada por ingestão acidental em crianças ou intoxicação acidental.
A intoxicação crônica por salicilatos pode ser insidiosa, uma vez que os sinais e sintomas não são específicos. A intoxicação crônica leve por salicilatos, ou salicilismo, normalmente ocorre somente após o uso repetido de altas doses. Os sintomas incluem tontura, vertigem, tinitos, surdez, sudorese, náuseas e vômitos, dor de cabeça e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose. Tinitos podem ocorrer com concentrações plasmáticas entre 150 e 300 mcg/mL. Reações adversas mais graves ocorrem com concentrações acima de 300 mcg/mL.
A principal manifestação da intoxicação aguda é uma alteração grave do equilíbrio ácido – base, o qual pode variar com a idade e a gravidade da intoxicação. A apresentação mais comum nas crianças é a acidose metabólica. A gravidade da intoxicação não pode ser estimada apenas pela concentração plasmática. A absorção do ácido acetilsalicílico pode ser retardada devido à diminuição do esvaziamento gástrico, formação de concreções no estômago, ou como resultado da ingestão de preparações com revestimento entérico. O tratamento da intoxicação por ácido acetilsalicílico é determinado por sua extensão, estágio e sintomas clínicos e de acordo com as técnicas de tratamento padrão. Dentre as principais medidas deve-se acelerar a excreção do fármaco, bem como restaurar o metabolismo ácido – base e eletrolítico.
Devido aos efeitos fisiopatológicos complexos da intoxicação por salicilatos, sinais e sintomas/ achados investigativos podem incluir:

Sinais e sintomas Achados investigativos Medidas terapêuticas
Intoxicação leve a moderada   Lavagem gástrica, administração repetida de carvão ativado e diurese alcalina forçada.
Taquipneia, hiperventilação e alcalose respiratória. Alcalemia, alcalúria Manuseio de fluídos e eletrólitos
Diaforese    
Náusea e vômito    
Intoxicação moderada a grave   Lavagem gástrica, administrações repetidas de carvão ativado, diurese alcalina forçada e hemodiálise nos casos graves
Alcalose respiratória com acidose metabólica compensatória Acidemia, acidúria Manuseio de fluídos e eletrólitos
Hiperpirexia   Manuseio de fluídos e eletrólitos
Respiratórios: desde hiperventilação, edema pulmonar não cardiogênico até parada respiratória e asfixia    
Cardiovasculares: desde arritmias e hipotensão à parada cardíaca por exemplo: pressão arterial, alteração do ECG  
Perda de fluídos e eletrólitos: desidratação, desde oligúria até insuficiência renal por exemplo: hipocalemia, hipernatremia, hiponatremia e alteração da função renal Manuseio de fluídos e eletrólitos
Alteração do metabolismo da glicose e cetose

Hiperglicemia, hipoglicemia (especialmente em crianças)
Aumento dos níveis de cetona

 
Tinitos e surdez    
Gastrintestinais: sangramento gastrintestinal    
Hematológicos: desde inibição da agregação plaquetária até a coagulopatias por exemplo: prolongamento do tempo de protrombina, hipoprotrombinemia  
Neurológicos: encefalopatia tóxica e depressão do Sistema Nervoso Central com manifestações variando desde letargia e confusão até coma e convulsões    

“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”