Advertências avandamet

AVANDAMET com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de AVANDAMET têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com AVANDAMET devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Diabetes mellitus tipo 1 Devido a seu mecanismo de ação, a rosiglitazona é ativa apenas na presença de insulina. Portanto, Avandamet não deve ser usado no tratamento de diabetes tipo 1. Mulheres Anovulatórias no Período Pré-menopausa O tratamento com rosiglitazona, assim como outras tiazolidinedionas, pode resultar em reinício da ovulação, em mulheres anovulatórias no período pré-menopausa. Como conseqüência do aumento da sensibilidade à insulina, essas pacientes podem correr maior risco de engravidar enquanto estiverem em tratamento com Avandamet. Assim, medidas adequadas de contracepção em mulheres no período pré-menopausa devem ser recomendadas. Embora certo desequilíbrio hormonal tenha sido observado em estudos pré-clínicos, a relevância clínica desse achado não é conhecida. Se ocorrer disfunção menstrual imprevista, os benefícios da continuidade do tratamento com Avandamet devem ser reavaliados. Insuficiência Cardíaca/Edema Em estudos pré-clinicos, tiazolidinedionas, incluindo as rosiglitazonas, causaram aumento do volume plasmático e hipertrofia cardíaca induzida por aumento da pré-carga. Em dois estudos ecocardiográficos projetados para diagnosticar alterações de no mínimo 10% de massa ventricular esquerda em pacientes com diabetes tipo 2, não foram evidenciadas modificações deletérias na estrutura ou na função cardíaca. Avandamet, assim como outras tiazolidinedionas, pode causar ou exacerbar a insuficiência cardíaca congestiva em alguns pacientes. Após o início do tratamento com Avandamet, e após aumento de doses, os pacientes devem ser monitorados para sinais e sintomas da insuficiência cardíaca (incluindo aumento de peso rápido e excessivo, dispnéia, e/ou edema). Se estes sinais e sintomas se desenvolverem, a insuficiência cardíaca deve ser controlada de acordo com os procedimentos preconizados atualmente. Além disso, deve-se considerar a descontinuação ou redução da dose de Avandamet. Avandamet não é recomendado em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática. Avandamet é contra-indicado em pacientes com insuficiência cardíaca classes III e IV (NYHA) (ver Contra-indicações). Distúrbios Oculares Foram recebidos alguns relatos de início recente ou agravamento de edema macular diabético, com o uso de rosiglitazona no período pós-comercialização. Muitos desses pacientes apresentavam edema periférico concomitante. Em alguns casos, os eventos visuais desapareceram ou melhoraram após a descontinuação do fármaco. Os prescritores devem estar alertas para a possibilidade de edema macular se os pacientes relatarem distúrbios na acuidade visual. Hipoglicemia Pacientes que fazem uso de Avandamet podem ter risco dose-dependente de desenvolver hipoglicemia relacionada à dose ao receberem combinação que contenha alguma sulfoniluréia ou insulina. Por isso, pode ser necessária a redução na dose do agente concomitante. Saúde Óssea Em um estudo que acompanhou por 4 a 6 anos pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus tipo 2 e em que se avaliou o controle da glicemia em monoterapia, se observou um aumento da taxa de fraturas ósseas em pacientes do sexo feminino tratadas com rosiglitazona (9,3%, 2,7 pacientes por 100 pacientes/ano) quando comparadas à metformina (5,1%, 1,5 paciente por 100 pacientes/ano) e a glibenclamida (3,5%, 1.3 pacientes por 100 pacientes/ano). A maioria das fraturas observadas em pacientes do sexo feminino que utilizaram a rosiglitazona ocorreu em membro superior (úmero), mão ou pé. O risco de fratura deve ser considerado, especialmente nos pacientes do sexo feminino tratados com rosiglitazona e deve-se atentar para a avaliação e manutenção da saúde óssea conforme os padrões de cuidado atuais. Aumento de Peso Aumento de peso relacionado à dose foi observado com maleato de rosiglitazona, quer em monoterapia ou em combinação com outros agentes hipoglicêmicos. Tabela 2. Alterações de Peso (kg) em Relação aos Valores Basais durante Estudos Clínicos com maleato de rosiglitazona como Monoterapia ou em Combinação com metformina Grupo de Controle rosiglitazona 4 mg rosiglitazona 8 mg Monoterapia Duração Mediana (25º, 75º percentil) Mediana (25º, 75º percentil) Mediana (25º, 75º percentil) rosiglitazona 26 semanas placebo -0,9 kg (-2,8; 0,9) 1,0 kg (-0,9; 3,6) 3,1 kg (1,1; 5,8) rosiglitazona 52 semanas sulfoniluréia 2,0 kg (0; 4,0) 2,0 kg (-0,6; 4,0) 2,6 kg (0; 5,3) Tratamento combinado rosiglitazona/metformina 26 semanas metformina -1,4 kg (-3,2; 0,2) 0,8 kg (-1,0; 2,6) 2,1 kg (0; 4,3) O mecanismo de aumento de peso ainda não está claro, mas provavelmente envolve uma combinação de retenção líquida e acúmulo de gordura. Acidose Láctica A acidose láctica é uma complicação metabólica rara, porém grave, que pode ocorrer devido ao acúmulo de metformina. Os casos relatados em pacientes em tratamento com metformina ocorreram principalmente em pacientes diabéticos com insuficiência renal significativa (veja abaixo). Os fatores de risco associados à acidose láctica, p. ex., diabetes inadequadamente controlado, cetose, jejum prolongado, ingestão excessiva de álcool, insuficiência hepática e qualquer condição associada com hipoxia, devem ser avaliados antes do início do tratamento com metformina e, portanto, do tratamento com Avandamet. Se houver suspeitas de acidose láctica, Avandamet deve ser descontinuado e o paciente deve ser hospitalizado imediatamente. (Ver Superdosagem.) Insuficiência Renal São limitados os dados disponíveis em pacientes com insuficiência renal sendo tratados com rosiglitazona. Como metformina é eliminada pelos rins, os níveis séricos de creatinina devem ser determinados antes de iniciar-se o tratamento com Avandamet, e regularmente a partir de então. Avandamet não deve ser usado em pacientes com níveis séricos de creatinina > 135 mcmol/L (homens) ou > 110 mcmol/L (mulheres). Cautela especial deve ser empregada em pacientes com alto risco de insuficiência renal, p. ex., idosos ou em situações em que a função renal pode ser prejudicada, como desidratação, infecção grave ou choque. Agentes de Contraste Iodados A administração intravascular de materiais de contraste iodados em estudos radiológicos pode levar à insuficiência renal. Portanto, devido ao componente metformina, Avandamet deve ser descontinuado antes ou na ocasião do estudo com contraste iodado e não deve ser reinstituído até que a função renal tenha sido confirmada como normal. Insuficiência Hepática Em pacientes com insuficiência hepática leve (Child-Pugh A, escore = 6), nenhum ajuste da dose de rosiglitazona é necessário. No entanto, como a insuficiência hepática é um fator de risco para acidose láctica com metformina, Avandamet não é recomendado em pacientes com alterações da função hepática (ver Acidose Láctica em Precauções e Advertências).