Diabetes Mellitus Tipo 1
Devido a seu mecanismo de ação, Avandia® é ativo somente na presença de insulina. Portanto, Avandia® não deve ser usado em pacientes com diabetes tipo 1. Pacientes recebendo Avandia® em combinação com outros agentes hipoglicêmicos podem estar em risco de hipoglicemia, e a redução na dose do agente concomitante pode ser necessária.
Mulheres Anovulatórias na Fase Pré-menopausa
Avandia®, como outras tiazolidinedionas, pode resultar em reinício da ovulação em mulheres anovulatórias com resistência à insulina, na fase pré-menopausa. Como consequência do aumento na sensibilidade à insulina, essas pacientes podem estar em risco de engravidar, se um método de contracepção adequado não for usado.
Insuficiência Cardíaca/Edema
Em estudos pré-clínicos, tiazolidinedionas, incluindo as rosiglitazonas, causaram aumento do volume plasmático e hipertrofia cardíaca induzida por aumento da pré-carga. Em dois estudos ecocardiográficos projetados para diagnosticar alterações de no mínimo 10% da massa ventricular esquerda em pacientes com diabetes tipo 2 tratados com 8 mg de rosiglitazona por
148 semanas, não foram evidenciadas modificações deletérias em estrutura ou função cardíaca.
Avandia®, assim como outras tiazolidinedionas, pode causar ou exacerbar a insuficiência cardíaca congestiva em alguns pacientes. Após o início do tratamento com Avandia®, e após aumento de doses, os pacientes devem ser monitorados para sinais e sintomas de insuficiência cardíaca (incluindo aumento de peso rápido e excessivo, dispneia e/ou edema). Se estes sinais e sintomas se desenvolverem, a insuficiência cardíaca deve ser controlada de acordo com os procedimentos preconizados atualmente. Além disso, deve-se considerar a descontinuação ou redução da dose de Avandia®.
Avandia® não é recomendado em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática. Avandia® é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca classes III e IV (NYHA) (ver Contraindicações).
Em combinação com insulina, tiazolidinedionas podem aumentar o risco de outros eventos adversos cardiovasculares.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva classes I e II (NYHA) tratados com Avandia apresentam risco aumentado de eventos cardiovasculares.
Eventos adversos cardiovasculares emergentes em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva classes I e II (NYHA) tratados com Avandia ou placebo (além de antidiabético e terapia para insuficiência cardíaca congestiva)
|
Placebo |
Avandia |
Eventos
Avaliados por especialistas Mortes por eventos cardiovasculares Piora dos eventos cardiovasculares
Aparecimento ou piora de edema Aparecimento ou piora de dispneia Aumento na medicação para insuficiência cardíaca congestiva Hospitalização por evento cardiovascular* Reportados pelo investigador, não avaliados por especialistas Eventos adversos isquêmicos
* Inclui hospitalização por qualquer causa cardiovascular. |
N=114 n (%)
4 (4) 4 (4) 4 (4) 0 (0) 10 (9) 19 (17) 20 (18) 15 (13)
5 (4) 2 (2) 3 (3) |
N=110 n (%)
5 (5) 7 (6) 5 (5) 2 (2) 28 (25) 29 (26) 36 (33) 21 (19)
10 (9) 5 (5) 6 (5) |
Efeitos Hepáticos
Outra droga da classe das tiazolidinedionas, troglitazona, foi associada à hepatotoxicidade idiossincrática, e casos muito raros de insuficiência hepática, transplantes de fígado e morte foram relatados durante o uso clínico pós-comercialização. Em estudos clínicos controlados
pré-aprovação em pacientes com diabetes tipo 2, troglitazona foi mais frequentemente associada a elevações clinicamente significativas das enzimas hepáticas (ALT > 3x o limite máximo da faixa normal) em comparação ao placebo e casos muito raros de icterícia reversível foram relatados.
Em estudos clínicos pré-aprovação em 4598 pacientes tratados com Avandia, abrangendo aproximadamente 3600 pacientes/anos de exposição, não houve evidências de hepatotoxicidade ou elevação dos níveis de ALT induzidos pela droga.
Em estudos controlados pré-aprovação, 0,2% dos pacientes tratados com Avandia tiveram elevações em ALT > 3x o limite máximo da faixa normal, em comparação a 0,2% recebendo placebo e 0,5% recebendo comparadores ativos. As elevações em ALT em pacientes tratados com Avandia foram reversíveis e não tiveram relação causal clara com o tratamento com
Avandia.
Na experiência pós-comercialização com Avandia, foram recebidos relatos de hepatite e de elevações das enzimas hepáticas para três vezes ou mais o limite máximo da faixa normal.
Muito raramente, esses relatos envolveram insuficiência hepática com e sem um resultado fatal, embora a causalidade não tenha sido estabelecida. Rosiglitazona está estruturalmente relacionada a troglitazona, uma tiazolidinediona não mais comercializada nos Estados Unidos, que foi associada com hepatotoxicidade idiossincrática e raros casos de insuficiência hepática, transplantes de fígado e morte durante o uso clínico. Uma vez que estão pendentes os resultados de estudos clínicos adicionais de grande porte e longa duração, e dados adicionais de segurança pós-comercialização, recomenda-se que os pacientes tratados com Avandia sejam submetidos a monitoramento periódico das enzimas hepáticas.
As enzimas hepáticas devem ser verificadas antes do início do tratamento com Avandia em todos os pacientes e posteriormente a intervalos periódicos, a critério do profissional de saúde. O tratamento com Avandia não deve ser iniciado em pacientes com níveis basais de enzimas hepáticas elevados (ALT >2,5x o limite máximo da faixa normal). Os pacientes com enzimas hepáticas levemente elevadas (níveis de ALT ≤ 2,5x o limite máximo da faixa normal) no início ou durante o tratamento com Avandia devem ser avaliados para determinar a causa da elevação das enzimas hepáticas. O início ou continuação do tratamento com Avandia em pacientes com leves elevações das enzimas hepáticas deve prosseguir com cautela e incluir cuidadoso acompanhamento clínico, incluindo monitoramento mais frequente das enzimas hepáticas, para determinar se as elevações nas enzimas hepáticas retrocedem ou pioram. Se a qualquer tempo os níveis de ALT aumentaram para >3x o limite máximo da faixa normal em pacientes em tratamento com Avandia, os níveis de enzimas hepáticas devem ser reexaminados o mais breve possível. Se os níveis de ALT permanecerem >3x o limite máximo da faixa normal, o tratamento com Avandia deve ser descontinuado.
Não há dados disponíveis para avaliar a segurança de Avandia em pacientes que experimentam anormalidades hepáticas, disfunção hepática ou icterícia enquanto tratados com troglitazona. Avandia não deve ser usado em pacientes que apresentaram icterícia durante o tratamento com troglitazona.
Se qualquer paciente desenvolver sintomas sugestivos de disfunção hepática, que podem incluir náusea, vômito, dor abdominal, fadiga, anorexia e/ou urina escura inexplicáveis, as enzimas hepáticas devem ser verificadas. A decisão de manter ou não o paciente em tratamento com Avandia deve ser orientada pelo parecer clínico, dependendo de avaliações laboratoriais. Se icterícia for observada, o tratamento medicamentoso deve ser descontinuado.
O monitoramento das enzimas hepáticas é recomendado antes de iniciar o tratamento com Avandia em todos os pacientes, e periodicamente a partir de então (ver Precauções, Efeitos Hepáticos e Reações Adversas, Níveis de Transaminase Sérica).
Distúrbios Oculares
Relatos muito raros de início recente ou agravamento de edema macular diabético, com redução da acuidade visual, foram observados com Avandia® pós-comercialização. Muitos desses pacientes relataram edema periférico concomitante. Em alguns casos, os eventos visuais resolveram-se ou melhoraram após a descontinuação do fármaco. Os médicos devem estar alerta para a possibilidade de edema macular se o paciente relatar distúrbios na acuidade visual.
Hipoglicemia
Pacientes que fazem uso de Avandia® podem ter risco dose dependente de desenvolver hipoglicemia ao receberem combinação que contenha alguma sulfonilureia ou insulina. Por isso, pode ser necessária a redução na dose do agente concomitante.
Saúde Óssea
Em um estudo que acompanhou por 4 a 6 anos pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus tipo 2 e em que se avaliou o controle da glicemia em monoterapia, observou-se um aumento das taxas de fraturas ósseas em pacientes do sexo feminino tratadas com rosiglitazona (9,3%, 2,7 pacientes por 100 pacientes/ano) quando comparadas à metformina (5,1%, 1,5 paciente por 100 pacientes/ano) e à glibenclamida (3,5%, 1.3 pacientes por 100 pacientes/ano).
A maioria das fraturas observadas em pacientes do sexo feminino que utilizaram a rosiglitazona ocorreu em membro superior (úmero), mão ou pé. O risco de fratura deve ser considerado, especialmente nas pacientes do sexo feminino tratadas com rosiglitazona e deve-se atentar para a avaliação e manutenção da saúde óssea conforme os padrões de cuidado atuais.
Administração com outros medicamentos.
O monitoramento rigoroso do controle glicêmico e um ajuste da dose de rosiglitazona podem ser necessários quando Avandia® for coadministrado com inibidores ou indutores de CYP2C8.
Gravidez e Lactação
Fertilidade
Avandia®, assim como outras tiazolidinedionas, pode resultar em reinício da ovulação em mulheres anovulatórias com resistência à insulina, na fase pré-menopausa. Como consequência da melhor sensibilidade à insulina, essas pacientes podem estar em risco de engravidar, se um método de contracepção adequado não for usado.
Apesar de desequilíbrio hormonal ter sido observado em estudos pré-clínicos, o significado clínico deste achado não é conhecido. Se uma inesperada disfunção menstrual acontecer, os benefícios da terapia continuada com Avandia® devem ser revistos.
Gravidez Categoria C
Houve relatos de que Avandia® atravessa a barreira placentária e pode ser detectado nos tecidos fetais. Não há dados adequados para apoiar o uso de Avandia® durante a gravidez em seres humanos. Avandia® somente deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco potencial para o feto.
Lactação
Não há dados adequados apoiando o uso de Avandia® durante a lactação em seres humanos.
Avandia® somente deve ser usado durante a lactação se o benefício potencial justificar o risco potencial para o bebê.
O uso de insulina geralmente é recomendado para pacientes com diabetes durante a gravidez e a lactação.
Efeitos sobre a Capacidade de Dirigir e Usar Máquinas
Avandia® não causa sonolência ou sedação. Não deve prejudicar a capacidade de dirigir ou operar máquinas.