Características farmacológicas ceclor bd

CECLOR BD com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CECLOR BD têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CECLOR BD devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Ceclor® BD é uma forma farmaceuticamente modificada da cefalosporina ativa por via oral, o cefaclor. É um antibiótico cefalosporínico, semi-sintético, para administração oral. O princípio ativo é quimicamente designado como 3-cloro-7-D-(2-fenilglicinamida)-3-cefem-4-ácido carboxílico monoidratado e é conhecido como cefaclor, USP. Ceclor® BD difere do cefaclor no seu índice de dissolução, produzindo menor concentração sérica máxima, mas mantendo concentrações séricas mensuráveis prolongadas, o que proporciona a vantagem da posologia duas vezes ao dia.
Cada drágea de liberação prolongada contém cefaclor monoidratado, equivalente a 375 mg (0,972 mmol) ou 750 mg (1,944 mmol) de cefaclor.
Farmacologia clínica
O cefaclor de formulação avançada (Ceclor ® BD) é bem absorvido no trato gastrointestinal após administração oral. Embora o Ceclor ® BD possa ser administrado com ou sem alimento, a absorção total é aumentada com o alimento. Quando foi administrado na 1ª hora após a refeição, a biodisponibilidade d o Ceclor® BD foi maior que 90%, usando o cefaclor (Ceclor® ) como referência. Quando tomado em jejum, a biodisponibilidade do Ceclor® BD foi de 77% da do Ceclor® .
Comparadas ao Ceclor (em jejum), as concentrações plasmáticas máximas médias do Ceclor BD, tanto alimentado quanto em jejum, foram prolongadas de 40 para 90 minutos e foram mais baixas. A administração concomitante de bloqueadores H2 não a feta o índice ou a extensão de absorção. A administração de antiácidos contendo hidróxido de magnésio ou de alumínio uma hora após a administração de Ceclor ® BD não teve efeito sobre o índice de absorção; porém, resultou em uma diminuição de 17% na extensão de absorção. Após a administração de drágeas de 375 mg, 500 mg e 750 mg a pacientes alimentados, foram obtidas concentrações séricas máximas médias de 4, 8 e 11 mcg/ml de cefaclor, respectivamente, dentro de 2,5 a 3 horas. Não foi notado acúmulo da droga quando administrada duas vezes ao dia. A meia-vida plasmática em indivíduos sadios é independente da forma farmacêutica e dura em média aproximadamente uma hora. Em pacientes idosos (acima de 65 anos), com valores normais de creatinina sérica, uma maior concentração plasmática máxima e AUC são efeitos resultantes de função renal moderadamente diminuída e não tem a parente significância clínica. Portanto, não há necessidade de mudança de dose em pacientes idosos com função renal normal. Não há evidência de metabolismo de cefaclor em humanos.
Microbiologia – A atividade bactericida do Ceclor® BD é devida ao cefaclor. Os testes in vitro demonstraram que a ação bactericida das cefalosporinas resulta da inibição da síntese da parede celular. O cefaclor é estável na presença de betalactamases bacterianas; consequentemente, microrganismos produtores de betalactamases resistentes à penicilina e a algumas cefalosporinas podem ser sensíveis ao cefaclor. Ceclor®BD mostrou ser ativo contra a maioria das cepas dos seguintes microrganismos, tanto in vitro quanto in vivo (ver Indicações e Uso):
Microrganismos gram-positivos: Staphylococcus aureus (incluindo cepas produtoras de betalactamase), Staphylococcus epidermidis (incluindo cepas produtoras de betalactamase), Staphylococcus saprophyticus, cepas de Streptococcus pneumoniae sensíveis a penicilina, Streptococcus pyogenes
(estreptococos do grupo A).
Microrganismos gram-negativos: Citrobacter diversus, Haemophilus parainfluenzae, Haemophilus influenzae (incluindo cepas produtoras de betalactamase), Moraxella catarrhalis (incluindo cepas produtoras de betalactamase), Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Neisseria gonorrhoeae.
Microrganismos anaeróbicos: Propionibacterium acnes, Bacteroides spp. (excluindo Bacteroides fragilis), Peptococos, Peptoestreptococos.
NOTA: Pseudomonas spp, Acinetobacter calcoaceticus, a maioria das cepas de enterococos,
Enterobacter sp, Morganella morganii, Providencia rettgeri, H. influenza beta-lactamase negativo, ampicilino resistente; Proteus indol-positivo e Serratia spp.
Testes de Sensibilidade – Difusão – os métodos quantitativos que requerem medidas de diâmetros de halos de inibição fornecem estimativas mais precisas da sensibilidade da bactéria aos antibióticos. Um desses métodos é o aprovado pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Este método foi recomendado para o uso com discos de papel para testar a sensibilidade ao cefaclor. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos com os discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefaclor.
*Teste de sensibilidade com disco usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).
Um resultado “sensível” indica que o patógeno seráinibido pelos níveis sangüíneos normalmente alcançados. Um resultado “intermediário” sugere queo microorganismo deve ser sensível se for usado o limite superior da dose recomendada ou se a infecçã o estiver confinada nos tecidos e líquidos, onde sã o atingidos altos níveis do antibiótico. Um resultado “resistente” indica que as concentrações alcançada s não serão suficientes para inibir o microorganismo e outra terapia deve ser selecionada.
Os métodos padronizados requerem o uso de microorganismos de controle em laboratório. O disco de cefaclor com 30 mcg deve dar os seguintes halos de inibição:
*Testes de sensibilidade com disco, usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).
Outros patógenos tais como M. catarrhalis e H. influenzae podem ser testados usando-se o disco de 30 mcg de cefalotina ou por um teste de diluição. A ad ministração do Ceclor ® BD foi relacionada com uma resposta clínica e bacteriológica favorável em, praticamente, todos os casos de infecção por M. catarrhalis, independente do diâmetro do halo de inibição e, c onseqüentemente, há pouca vantagem em testar o cefaclor contra este microrganismo. O H. influenzae deve ser testado com o disco de cefaclor em Mueller-Hintonchocolate e interpretado pelos critérios usuais de diâmetro de halo descrito anteriormente.
Técnicas de Diluição – Os métodos de diluição em ca ldo e agar, tais como os recomendados pelo NCCLS, podem ser usados para determinar a CIM do cefaclor.
Como com os métodos padrões de difusão, os métodosde diluição requerem o uso de microrganismos controlados em laboratório.
*Teste de sensibilidade com método de diluição em caldo usando meio de cultura para Haemophilus (HTM).