Características farmacológicas genotropin

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Características Químicas A somatropina é uma proteína anabólica composta por 191 resíduos de aminoácidos com Ne C-terminais e seqüência idêntica ao hormônio de crescimento humano. Propriedades Farmacodinâmicas Genotropin® (somatropina) é produzido pela tecnologia de recombinação do DNA, empregando-se a cepa K 12 de Escherichia coli que contém o plasmídio pBr 322 modificado. Esse expressa o gene para um pró-hormônio constituído dos 191 aminoácidos do hormônio de crescimento humano, precedido de um peptídeo sinalizador formado por 23 aminoácidos. O peptídeo sinalizador é removido por uma peptidase sinalizadora específica localizada na membrana citoplasmática da bactéria. O hormônio de crescimento humano autêntico é liberado do espaço periplasmático através de um procedimento específico que rompe somente a parede celular, deixando intacta a membrana citoplasmática e os conteúdos citossólicos. A somatropina é um hormônio metabólico potente importante no metabolismo de lípides, carboidratos e proteínas. Genotropin® estimula o crescimento linear e aumenta a velocidade de crescimento em crianças que têm deficiência de hormônio de crescimento endógeno. Em adultos, assim como em crianças, a somatropina mantém a composição corpórea normal através do aumento da retenção de nitrogênio e estímulo do crescimento músculoesquelético e da mobilização da gordura corpórea. O tecido visceral adiposo é particularmente responsivo à somatropina. Além do aumento da lipólise, a somatropina diminui a captação de triglicérides para os estoques de gordura corporal. As concentrações séricas de IGF-I (fator de crescimento semelhante à insulina) e IGFBP3 (proteína de ligação do fator de crescimento semelhante à insulina) são aumentadas pela somatropina. Genotropin® foi estudado em relação aos efeitos farmacológicos primários e secundários e esses são iguais aos do hormônio de crescimento hipofisário. Além disso, foram demonstradas as seguintes ações da somatropina: Metabolismo lipídico: a somatropina induz os receptores de colesterol hepáticos e altera o perfil de lípides séricos e lipoproteínas. Em geral, a administração de somatropina para pacientes com deficiência de hormônio de crescimento resulta em reduções nos níveis séricos de LDL e apolipoproteína B. A redução no colesterol total sérico também pode ser observada. Metabolismo de carboidratos: a somatropina aumenta a produção de insulina, porém a glicemia (em jejum) geralmente não sofre alterações. Crianças com hipopituitarismo apresentam hipoglicemia de jejum. Esta condição é revertida com o tratamento com Genotropin®. Metabolismo mineral e água: a deficiência de hormônio de crescimento está associada à diminuição do volume plasmático e extracelular os quais aumentam rapidamente com o tratamento com somatropina. A somatropina induz retenção de sódio, potássio e fósforo. Metabolismo ósseo: a somatropina estimula o crescimento ósseo. A administração de longaduração de somatropina a pacientes com deficiência de hormônio de crescimento com osteopenia resulta em um aumento da densidade e do conteúdo mineral ósseo nos sítios de crescimento. Capacidade física: o tratamento de longa-duração com somatropina melhora a força muscular e a capacidade para exercícios físicos. A somatropina também aumenta o débito cardíaco, porém este mecanismo ainda não está claro. Uma diminuição da resistência vascular periférica pode contribuir para este efeito. Propriedades Farmacocinéticas Absorção: a biodisponibilidade da somatropina após administração subcutânea na coxa de 1,3 mg/ml de Genotropin® (0,03 mg/kg) é de aproximadamente 80% em pacientes adultos com deficiência de hormônio de crescimento, em comparação com a dose disponível via intravenosa. Os resultados foram semelhantes tanto em pacientes masculinos quanto femininos. Biodisponibilidade semelhante foi observada em homens adultos saudáveis. Dose subcutânea de 0,035 mg/kg de somatropina resulta em valores de Cmáx plasmático e Tmáx que variam de 13-35 ng/mL e 3-6 horas, respectivamente. Em homens adultos saudáveis, uma injeção subcutânea na coxa de 0,03 mg/kg fez com que a extensão de absorção (AUC) de uma concentração de 5,3 mg/mL de Genotropin® fosse 35% maior do que a concentração de 1,3 mg/mL de Genotropin®. A média (± desvio padrão) e o pico de níveis séricos (Cmáx) foram 23,0 (± 9,4) ng/mL e 17,4 (± 9,2) ng/mL, respectivamente. Em estudo similar envolvendo pacientes pediátricos com deficiência de hormônio de crescimento, uma dose de Genotropin® 5,3 mg/mL produziu uma AUC média 17% maior do que uma dose de Genotropin® 1,3 mg/mL. Os níveis médios de Cmáx eram 21,0 ng/mL e 16,3 ng/mL, respectivamente. Pacientes adultos com deficiência de hormônio de crescimento receberam duas únicas doses subcutâneas de 0,03 mg/kg de Genotropin® numa concentração de 1,3 mg/mL com intervalo de uma a quatro semanas entre as injeções. Níveis médios de Cmáx foram 12,4 ng/mL (primeira injeção) e 12,2 ng/mL (segunda injeção), alcançados em aproximadamente seis horas após a administração. Não há dados de bioequivalência entre as formulações de 5,3 mg (16 UI) ou 12 mg (36 UI). Distribuição: O volume médio de distribuição de Genotropin® após administração em adultos com deficiência de hormônio de crescimento foi calculado em 1,3 (± 0,8) L/kg. Metabolismo: O metabolismo de Genotropin® envolve catabolismo protéico tanto no fígado como nos rins. Em células renais, uma porção dos produtos de degradação retornam à circulação sistêmica. A meia-vida terminal média de somatropina após administração intravenosa em adultos com deficiência de hormônio de crescimento é de aproximadamente 0,4 horas. Entretanto, após a administração subcutânea, a meia-vida obtida é de 2-3 horas. As diferenças observadas ocorrem devido à lenta absorção no local da injeção após a administração subcutânea. Eliminação: A liberação média de Genotropin® quando administrado subcutaneamente foi de 0,3 (± 0,11) L/hrs/kg em 16 pacientes adultos com deficiência de hormônio de crescimento.