Resultados de eficácia azeus

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O aztreonam demonstrou ser um agente efetivo, seguro e valioso para o tratamento de infecções agudas dos tecidos moles causadas por bacilos aeróbicos gram-negativos susceptíveis.
A atividade in vitro, a farmacocinética, a atividade bactericida e penetração nos tecidos de aztreonam sugerem que ele pode desempenhar um papel na terapia de infecções b acterianas gram-negativas graves em crianças. As taxas de cura variaram de 92% a 100%, com recaídas, visto principalmente em crianças com lesões renais obstrutivas e aquelas com infecções causadas por Salmonella. Um estudo comparativo de aztreonam para o tratamento da sepse neonatal mostrou que ele é tão eficaz quanto à amicacina para esta infecção. Aztreonam rendeu resultados clínicos comparáveis às da terapia combinada convencional para infecção pulmonar em pacientes com fibrose cística. Alterações laboratoriais reversíveis foram ocasionalmente observadas. Com base nesses dados, aztreonam é considerado um agente alternativo apropriado para o tratamento de infecções bacterianas gram-negativas graves em recém-nascidos e crianças12. Em relação às infecções que abrangem a área ginecológica e obstetrícia, o aztreonam mostrou-se um fármaco altamente seguro e eficaz, segundo estudos farmacocinéticos e clínicos no período perinatal4. Em um estudo realizado com homens saudáveis, foram administrados 1g de aztreonam por administração par enteral, onde aztreonam foi considerado potente e estável contraβ- lactamases apresentando uma meia-vida mais longa se comparada com demais antibióticos betalactâmicos.
Aztreonam exibe um alto grau de estabilidade para β-lactamases e é especificamente ativo contra bactérias gram-negativas, incluindo Pseudomonas aeruginosa. Sua atividade contra esses micro-organismos foi, em geral, igual ou superior ao observado em cefalosporinas, cefotaxima e ceftazidima. Como as penicilinas e cefalosporinas, aztreonam interage com a ligação essencial da penicilina de bactérias gram-negativas. Aztreonam protegeu os ratos contra infecções experimentais produzidas por uma variedade de bactérias gram-negativas, exibindo eficácia comparável à de cefotaxima ceftazidima.
Em um estudo multicêntrico aberto, 55 pacientes com infecções graves foram tratados com aztreonam. Tendo sido excluídos pacientes com neutropenia, foram avaliados 16 casos com infecção urinária (13 curas e 3 falhas), 13 com infecção respiratória (7 curas e 6 falhas), 10 com infecção peritoneal em pacientes submetidos a diálise (9 curas e 1 falha), 9 com bacteremia (6 curas e 3 falhas) e 7 com infecções de vários tipos (6 curas e 1 falha). O agente etiológico foi demonstrado no início da infecção em todos os casos (com exceção de dois); todas as 53 bactérias isoladas inicialmente dos pacientes eram sensíveis ao aztreonam. Ocorreram 14 falhas terapêuticas (25,4%). Nenhum efeito tóxico foi notado. O aztreonam parece ter utilidade semelhante aos aminoglicosídeos em infecções graves gram-negativas, em associação com antibióticos β-lactâmicos, com a vantagem de não ser nefro ou ototóxico.
A eficácia de aztreonam em infecções osteoarticulares foi observada através de um espectro de atividade do organismo causador do desenvolvimento da infecção. O espectro da atividade mostrou que o mesmo manteve uma boa atividade em ambiente anaeróbico, em contraste com aminoglicosídeos, boa estabilidade β-lactamase, atividade em ambiente anaeróbico e ácido, e boa penetração no fluido sinovial e nos ossos. Tais qualidades são consistentes com relatórios iniciais da eficácia de tratamentos de gram-negativos e osteomielite9.
Aztreonam não apresenta nenhum efeito sobre a flora intestinal anaeróbia, por isso o risco de colite por Clostridium difficile devido à monoterapia com aztreonam é baixa. Aztreonam também contém 780mg de arginina por grama de antibiótico, a preocupação foi levantada sobre os possíveis efeitos colaterais como hipoglicemia induzida por arginina. Apresentou – se 90% de inibição da Pseudomonas usando uma concentração de 12-32mg/L onde aztreona m demonstrou- se eficiente ou mais eficiente do que a cefamandol em tratamento nas vias urinárias e eficácia similar tobramicina ou gentamicina10.
A penetração extravascular e atividade bactericida de aztreonam, cefuroxima e ampicilina contra cepas de Haemophilus influenzae, β-lactamases positivos e negativos foram comparados em um modelo de coelho. Aztreonam teve maior grau de penetração no líquido intersticial de coágulos de fibrina, sendo o agente mais eficaz contra as β-lactamases positivas e negativas. Uma única injeção de aztreonam resultou em uma morte muito mais rápida do H. influenzae do que pela injeção de outros fármacos. Aztreonam e cefuroxima mostraram bioestabilidade in vivo para β-lactamase produzida pelo H. influenzae, enquanto ampicilina foi rapidamente hidrolisado in vivo6.
Em um estudo clínico foi avaliado a administração d e doses simples e múltiplas, dessas doses múltiplas administradas, 163 (6,8%) apresentaram 172 efeitos clínicos adversos. Os mais comuns foram reações no local da injeção, erupção cutânea, diarreia, náuseas e/ou vômitos. Entre o grupo que recebeu aztreonam e o grupo controle, houve um aumento de três vezes no aspartato aminotransferase (TGO) e na alanina aminotransferase (TGP). Ocorreu em valores comparativamente de baixas frequências. Os valores médios de TGO e TGP foram ligeiramente maiores em pacientes que administraram aztreonam do que naqueles que administraram cefamandol. O tratamento com aztreonam foi interrompido em 51 (2,1%) de 2.388 pacientes devido aos efeitos clínicos adversos ou alterações dos valores laboratoriais. Super infecções (infecções devido a novos patógenos que ocorrem no local original de infecção durante o tratamento com o fármaco em estudo que foram tratados com outro antibiótico) foram relatadas em 2% – 6% dos pacientes tratados com aztreonam, uma frequência semelhante à observada nos grupos controle 8.
A administração do aztreonam tem resultado num crescimento de organismos não susceptíveis incluindo cocos gram-positivos elevações reversíveis de trasaminases, e ação do aztreonam sobre a flora intestinal se dirige principalmente contra bacilos gram-negativos facultativos, com menos ação sobre anaeróbicos estritos, colite pseudomembranosa também pode ser desenvolvida, foram registradas superinfecções, especialmente com enterecocos.
Até o momento não se registraram nefrotoxicidade, neurotoxicidade nem coagulopatias decorrentes do seu uso. Parece não existir sensibilidade cruzada entre o aztreonam e outros antibióticos β-lactâmicos do tipo de penicilinas e cefalosporinas 8. Um estudo recente que aborda a questão de segurança indica que aztreonam foi bem tolerado e seguro em pacientes prematuros, quando uma solução de glicose (>5mg/kg/ minuto) foi infundida concomitantemente com o objetivo de alterar os efeitos secundários, tais como hipoglicemia induzida por arginina.