Características farmacológicas posprand

POSPRAND com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de POSPRAND têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com POSPRAND devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Modo de Ação
O Diabetes Tipo 2 é uma doença na qual o pâncreas não produz insulina suficiente para controlar o nível de glicose no sangue, sendo também conhecida como Diabetes mellitus não-insulinodependente (DMNID) ou Diabetes que se manifesta na idade madura. Posprand® auxilia o pâncreas a produzir mais insulina no momento das refeições, sendo usado para controlar o Diabetes nos casos em que dietas, exercícios e redução de peso isoladamente não mais forem suficientes para controlar (ou diminuir) os níveis de glicemia. Posprand® também pode ser administrado em combinação à metformina. Posprand® – agente hipoglicemiante oral – sob a forma de comprimidos deve ser administrado pré-prandialmente.

Propriedades farmacodinâmicas
A repaglinida é um secretagogo oral, derivado do ácido carbamoilmetilbenzóico, de ação é curta. A repaglinida reduz os níveis de glicemia de forma aguda ao estimular a liberação de insulina pelo pâncreas, um efeito dependente do funcionamento das células beta nas ilhotas pancreáticas.
A repaglinida fecha os canais de potássio ATP-dependente na membrana da célula beta através de uma proteína-chave, diferentemente dos outros secretagogos. Tal efeito despolariza as células beta, determinando a abertura dos canais de cálcio. O aumento do influxo de cálcio resultante induz a secreção de insulina pelas células beta.

Propriedades farmacocinéticas
A repaglinida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal, resultando em rápido aumento da concentração plasmática do fármaco. O nível plasmático máximo ocorre uma hora após a administração. Após atingir o nível máximo, o nível plasmático reduz rapidamente e a repaglinida é eliminada em 4 – 6 horas. A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 1 hora.
A farmacocinética da repaglinida é caracterizada por biodisponibilidade absoluta média de 63% (Coeficiente de Variação 11%), baixo volume de distribuição, 30 litros (consistente com a distribuição no fluido intracelular) e rápida eliminação do sangue.
Nos ensaios clínicos detectou-se uma alta variabilidade interindividual (60%) nas concentrações dos níveis plasmáticos. Entretanto, como a variabilidade intraindividual é de baixa à moderada (35%) e a repaglinida deve ser titulada versus a reposta clínica, a eficácia do fármaco não é afetada pela variabilidade interindividual.
A exposição à repaglinida aumenta em pacientes com insuficiência renal e hepática e em pacientes idosos com Diabetes Tipo 2. O AUC (desvio padrão) após exposição à dose única de 2 mg (4 mg em pacientes com insuficiência hepática) foi de 31,4 ng/ml x h (28,3) em voluntários sadios, 75,2 ng/ml x h (67,7) em pacientes com insuficiência renal, 304,9 ng/ml x h (228,0) em pacientes com insuficiência hepática e 117,9 ng/ml x h (13,8) em pacientes idosos com Diabetes Tipo 2.
Em humanos, a repaglinida liga-se fortemente a proteínas plasmáticas (> 98%). Não foram observadas diferenças relevantes na farmacocinética da repaglinida quando administrada 0, 15 ou 30 minutos antes da refeição ou em estado de jejum.
A repaglinida é quase completamente metabolizada e não se identificou nenhum metabólito com efeito hipoglicemiante clinicamente relevante.
A excreção da repaglinida e de seus metabólitos ocorre primariamente pela via biliar. Uma pequena fração (menos de 8%) da dose administrada aparece na urina, preliminarmente como metabólito. Menos de 1% do fármaco-mãe é recuperado nas fezes.