Informações ziagenavir solucao

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Grupo farmacoterapêutico análogo de nucleosídeo. Mecanismo de Ação O abacavir é um análogo de nucleosídeo inibidor da transcriptase reversa. É um agente antiviral seletivo para os vírus HIV-1 e HIV-2, incluindo isolados de HIV-1 resistentes à lamivudina, zidovudina, zalcitabina, didanosina ou nevirapina. O abacavir é metabolizado no meio intracelular em carbovir 5-trifosfato (TP). Estudos in vitro demonstraram que o mecanismo de ação consiste na inibição da enzima transcriptase reversa do HIV, o que resulta na finalização da cadeia de ácido nucléico e interrupção do ciclo de replicação viral. O abacavir demonstrou sinergismo, in vitro, quando em associação com a nevirapina e zidovudina, e demonstrou ser sinérgico em combinação com didanosina, zalcitabina, lamivudina e estavudina. Em um estudo com 20 pacientes infectados com HIV recebendo Ziagenavir 300 mg duas vezes ao dia, com apenas uma dose de 300 mg administrada antes do período de 24 horas de amostragem, a média geométrica terminal da meia-vida de carbovir-TP intracelular no estado de equilíbrio foi de 20,6 horas. As propriedades farmacocinéticas do estado de equilíbrio de Ziagenavir 600 mg uma vez por dia foram comparadas a Ziagenavir 300 mg duas vezes por dia em um estudo cruzado em 27 pacientes infectados por HIV. Exposições intracelulares a trifosfato de carbovir em células mononucleares do sangue periférico foram mais altas para Ziagenavir 600 mg uma vez por dia em relação a AUC 24,ss (32 %, mais alta), Cmáx 24,ss (99% mais alta) e por meio de valores (18% mais altos), comparados ao regime de 300 mg duas vezes por dia. Esses dados apóiam o uso de Ziagenavir 600 mg uma vez ao dia para o tratamento de pacientes infectados pelo HIV. Adicionalmente, a eficácia e segurança de Ziagenavir administrado uma vez ao dia foi demonstrada em estudo clínico. Isolados de HIV-1 resistentes ao abacavir foram selecionados in vitro e estão associados a alterações genotípicas específicas nos códons da transcriptase reversa (TR) (códons M184V, K65R, L74V e Y115F). A resistência ao abacavir desenvolve-se de modo relativamente lento, in vitro e in vivo, exigindo mutações múltiplas para atingir um aumento de 8 vezes na Cl50 sobre o vírus selvagem, o que pode ser um nível clinicamente relevante. Isolados virais resistentes ao abacavir também podem demonstrar sensibilidade reduzida a lamivudina, zalcitabina e/ou didanosina, mas permanecem sensíveis à zidovudina e estavudina. Não é provável a ocorrência de resistência cruzada entre o abacavir e os inibidores da protease, ou os inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos. O fracasso no tratamento após terapia inicial com abacavir, lamivudina, e zidovudina está principalmente associado ao M184V isoladamente, mantendo-se, portanto, muitas outras opções terapêuticas para um esquema terapêutico de segunda linha. O abacavir penetra no líquor (ver Propriedades farmacocinéticas) e os estudos evidenciam sua capacidade de reduzir os níveis de RNA do HIV-1 no líquor. O abacavir pode desempenhar um papel na prevenção das complicações neurológicas relacionadas à infecção pelo HIV e pode retardar o desenvolvimento da resistência nesse local quando associado a outros anti-retrovirais. Experiência clínica Em estudos clínicos, o tratamento com abacavir em associação com a zidovudina e a lamivudina levou a reduções duradouras e significativas na carga viral, com aumentos correspondentes na contagem de células CD4, tanto em adultos como em crianças. Num estudo clínico duplo-cego de 48 semanas, em pacientes adultos sem tratamento prévio, a combinação de abacavir, lamivudina e zidovudina mostrou um efeito antiviral equivalente à combinação de indinavir, lamivudina e zidovudina na análise primária de eficácia. Numa análise secundária em pacientes com níveis plasmáticos basais de RNA do HIV-1 acima de 100.000 cópias/mL, os pacientes recebendo a combinação contendo indinavir apresentaram uma resposta superior. Pacientes com RNA do HIV-1 abaixo de 100.000 cópias/mL apresentaram respostas equivalentes em ambos os tratamentos. Num estudo comparando combinações NRTI não cegas (com ou sem nelfinavir cego) em crianças, uma porção significativamente maior tratada com abacavir e lamivudina (73%) ou abacavir e zidovudina (70%) apresentou níveis de RNA do HIV-1 <= 400 cópias/mL em 24 semanas, comparados àqueles tratados com lamivudina e zidovudina (44%). Em criança com extensa exposição anti-retroviral, um efeito modesto, porém sustentado foi observado com a combinação de abacavir, lamivudina e zidovudina. Na terapêutica de pacientes previamente tratados, dados limitados demonstram que a associação de abacavir aos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa garante um benefício adicional na redução da carga viral e no aumento da contagem de células CD4. O grau de benefício dependerá da natureza e duração do tratamento anterior, o qual poderá ter induzido resistência cruzada ao abacavir.