Características farmacológicas albumina humana blausiegel

Albumina humana Blausiegel com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Albumina humana Blausiegel têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Albumina humana Blausiegel devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A Albumina Humana 20% consiste de uma fração protéica de plasma venoso humano. A preparação é uma solução estéril, livre de pirogênio e tem uma concentração protéica de 200 g/l, da qual pelo menos 95% é albumina humana. Albumina Humana 20% é obtida a partir do plasma sangüíneo mediante seu fracionamento com etanol. O plasma é coletado de doadores, segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Isto significa, entre outras coisas, que cada doação individual é testada e considerada negativa quanto ao antígeno de superfície B (HBsAg), quanto a anticorpos contra vírus da síndrome da imunodeficiência humana 1 e 2 (HIV-1 e HIV-2, causadores da AIDS) e quanto a anticorpos contra o vírus da hepatite C e RNA HCV por PCR. A fabricação através do fracionamento do etanol e a pasteurização da Albumina Humana 20% (aquecimento da solução de infusão a 60ºC durante 10 horas) garantem que o risco de transmissão de doenças virais, em particular a AIDS, hepatite B e hepatite C, seja extremamente baixo. 1.Farmacologia A albumina humana é a fração de proteína mais abundante na circulação; aproximadamente 60% de toda a proteína plasmática é composta por albumina. A concentração média no plasma é 42 g/L. A albumina tem a capacidade de ligar-se a água: 1 grama de albumina liga-se a 18 gramas de água. Tal fato ajuda explicar uma das funções fisiológicas mais importantes da albumina, a manutenção da pressão osmótica coloidal. Desta forma o volume de sangue é mantido. A albumina sérica é um importante fator na regulação do volume plasmático e balanço do fluído tecidual embora contribua para a pressão coloido-oncótica do plasma. A albumina constitui normalmente de 50 a 60% das proteínas plasmáticas e, devido ao seu relativamente baixo peso molecular (66.300 D – 69.000 D), exerce de 80 a 85% da pressão coloido-oncótica do sangue. A administração I.V. das soluções concentradas de albumina humana causa o deslocamento do fluído intersticial para a circulação e um leve aumento na concentração de proteínas plasmáticas. Em pacientes com reduzido volume de sangue circulante (devido a hemorragias ou perda de fluídos através de exudatos ou dentro dos espaços extravasculares) a hemodiluição persiste por muitas horas, mas em pacientes com volume normal de sangue, o excesso de fluído e proteínas é eliminado da circulação em algumas horas. Em pacientes desidratados alguns aminoácidos promovem um efeito nutritivo modesto. As ligações da albumina e as funções de carreadeira de metabólitos intermediários (incluindo a bilirrubina), metais, algumas drogas, pigmentos, ácidos graxos, hormônios e enzimas, afetam o transporte, inativação, e/ou troca de produtos teciduais. 2. Toxicologia A albumina humana é um constituinte normal do plasma humano e age como a albumina natural. Foi realizado um único teste de dose tóxica em animais, teve pequena relevância e não permite avaliação da toxicidade , da dose letal e da relação dose/efeito. A repetição do teste da dose tóxica não pôde ser realizado, pois os modelos animais desenvolveram anticorpos para as proteínas heterólogas. Foi relatado que a albumina humana não está associada a toxicidade embrio fetal, oncogênese e que tenha potencial mutagênico. Não foram descritos sinais de toxicidade aguda em modelos animais. 3. Farmacocinética Absorção: pelo fato da Albumina Humana 20% ser administrada por via intravenosa, não há fase de absorção. A biodisponibilidade da albumina administrada ao paciente é de 100%. Distribuição: a albumina administrada ao paciente é distribuída da mesma forma que a albumina natural. Sob circunstâncias normais, o organismo contém 4-5 g de albumina por kg, de modo que 40-45% está presente intravascularmente e 55-60% no compartimento extravascular. Sob circunstâncias normais, menos de 10% da albumina administrada sairá do compartimento intravascular durante as primeiras duas horas. Como resultado, o volume de circulação aumentará durante um período de 1 a 3 horas após a administração. Uma distribuição anormal da albumina pode ocorrer sob certas circunstâncias, como por exemplo, durante as primeiras 24 horas após queimaduras graves e durante choque séptico. Metabolismo/eliminação: a albumina é dissociada em aminoácidos livremente disponíveis. Não se sabe onde este processo de dissociação ocorre. Em indivíduos saudáveis, a meia-vida é de 18 dias. O catabolismo da albumina pode ser aumentado em certas circunstâncias, como por exemplo durante infecções, malignidade e situações de estresse como em cirurgia e doenças graves. A albumina não é excretada pelo rim saudável.