Resultados de eficácia anfotericina b e tetraciclina

Anfotericina B e Tetraciclina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Anfotericina B e Tetraciclina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Anfotericina B e Tetraciclina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Patrono et al avaliaram 35 mulheres com corrimento vaginal sendo que 24 receberam a associação anfotericina B e tetraciclina sob a forma de creme vaginal durante 7 a 10 dias com uma aplicação diária e 11 pacientes foram tratados por 7 dias com 2 aplicações diárias. Foram avaliados os resultados clínicos, microbiológicos e a aceitabilidade da paciente em relação ao tratamento. A maioria dos casos apresentou infecção mista por C.albicans e outros agentes (por exemplo: enterococus, Haemophylus vaginalis, Stafilococos aureus) No primeiro grupo, 87,5% das pacientes apresentaram cura clínica e bacteriológica após o primeiro ciclo de tratamento e 12,5% após o segundo ciclo. No segundo grupo, 81,8% apresentaram cura clínica e bacteriológica após o primeiro ciclo de tratamento e 18,2% após o segundo ciclo. Outro estudo foi realizado por Moreto et Villani em 28 pacientes com candidíase e 32 pacientes com tricomoníase, três casos eram de associação candida e tricomonas. Oito pacientes tinham infecção mista por candida, tricomonas e outras bactérias. As pacientes utilizaram a associação anfotericina B e tetraciclina duas vezes ao dia por um período de 10 a 20 dias. No grupo de 28 pacientes com vaginite por candida 61% curaram após o primeiro ciclo e 11% após o segundo ciclo (total de 72%) e 10% melhoraram os sintomas. No grupo de 32 pacientes com vaginite por tricomonas 63% curaram após o primeiro ciclo e 6% após o segundo ciclo (total 69%). 15,5% apresentaram melhora nos sintomas. Em apenas um caso no grupo de vaginites por tricomonas houve necessidade de suspender o tratamento por intolerância local devido a prurido e leve edema vaginal. Nos outros casos a tolerabilidade foi excelente não ocorrendo nenhum evento adverso, nem local nem geral. Dos três casos de infecção vaginal associada (candida e trichomonas), dois curaram após um ciclo de tratamento e o terceiro após um ciclo de 15 dias de tratamento houve cura da tricomoníase e melhora na melhora da candidíase. Brenciaglia et al avaliaram a utilização de anfotericina B e tetraciclina em vaginites causadas por mycoplasma e em estudo comparativo com partricine, nifuratel e clotrimazol. Cultura de secreção vaginal foi realizada em 400 mulheres com prurido vaginal e leucorréia. A positividade para mycoplasma foi de 44,5%. O desaparecimento dos sintomas coincidiu com a negativação das culturas para mycoplasma após administração de anfotericina e tetraciclina. No outro braço, a terapia comparativa mostrou-se totalmente ineficaz. Rubin et al desenvolveram um estudo com pacientes apresentando leucorréia. Estas pacientes foram divididas em dois grupos: 54 pacientes receberam anfotericina B e tetraciclina por 7 dias e outro grupo, de 39 pacientes, recebeu o mesmo esquema terapêutico por quatro dias. No grupo 1 (54 pacientes) 68% apresentaram cura e 32% permaneceram com sintomas leves ou residuais ou leucorréia residual leve. No grupo 2 (39 pacientes) 86% apresentaram cura, concluindo que tetraciclina e anfotericina B foi efetiva no tratamento de leucorréia devido a ampliado espectro etiológico, com nenhum registro de evento adverso. Baiocchi estudou a utilização da associação anfotericina B e tetraciclina nos casos de colpites e cervicites. Baseado em estudos anteriores, quando Baiocchi e Salles avaliaram e comprovaram a eficácia terapêutica da associação anfotericina B com tetraciclina em colpites causadas por H.vaginalis e Baiocchi avaliou outras 71 pacientes e evidenciou remoção precoce da sintomatologia e reepitilização mais rápida das lesões em 69,6% dos casos, Baiocchi propôs observar uma casuística mais numerosa em relação a negativação dos sintomas e sinais clássicos, bem como a mais rápida reepitilização, através da associação tetraciclina e anfotericina B. 160 pacientes portadoras de cervicites crônicas e/ou ectopias foram submetidas ao tratamento indutor endocervical (cautério-frio) seguido de utilização no pós cautério frio imediato de um creme vaginal a base da associação de tetraciclina e anfotericina B. Em 152 pacientes (95%) o resultado foi considerado bom, com reepitilização mais rápida das lesões e remoção da sintomatologia precocemente: 33% dos pacientes apresentaram resposta muito rápida (inferior a 15 dias), 62% das pacientes resposta rápida (entre 15 a 30 dias) e 5% resposta lenta. Os resultados satisfatórios obtidos com o uso de associação tetraciclina e anfotericina B no pós cautério relacionaram-se à remoção das queixas em 95% dos casos e aceleração do processo de reepitilização, concluído em até 30 dias ao invés de em até 90 dias como ocorre geralmente sem o uso associado de fármacos.