Resultados de eficácia anlodipino e atenolol

Anlodipino e Atenolol com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Anlodipino e Atenolol têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Anlodipino e Atenolol devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Em um estudo randomizado, duplo-cego, paralelo comparado com placebo (Mettimano M; IJCP,2000; 54(7):424-428.) foi avaliada a eficácia da associação de atenolol + anlodipino em pacientes hipertensos (estágio II) controlados inadequadamente com atenolol isolado. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) demonstrou que a combinação produziu uma redução da pressão arterial estatisticamente significativa (p < 0,001) quando comparado com pacientes em uso de atenolol + placebo. O ritmo circadiano não se alterou e houve redução dos eventos adversos provocados pelo atenolol. Em um estudo de pósmarketing (Gogtay JA; Indian Practitioner, 1997;50(8):683-688), houve uma redução significativa na pressão arterial e freqüência cardíaca com o uso da combinação de atenolol + anlodipino, sendo que 80,5% dos pacientes encontraram controle da pressão arterial. A combinação também reduziu a freqüência de episódios anginosos em pacientes com doença coronariana associada. Houve uma baixa incidência de eventos adversos. Silva P. e colaboradores (Silva P et al. Clin. Drug Invest,1997;13 (Suppl 1):22-28) conduziram um estudo cujo objetivo foi determinar se o anlodipino apresenta um efeito anti-isquêmico aditivo quando associado ao atenolol, em pacientes pós-infarto e com isquemia induzida pelo exercício. Foram avaliados pacientes pós-infartados, com idade média entre 40 a 70 anos e fração de ejeção >= 40% e randomizados para receber atenolol + anlodipino ou atenolol + placebo. Concluiu-se que a combinação de atenolol + anlodipino foi mais eficaz no controle da angina, na melhora do limiar isquêmico e no padrão de contratilidade em repouso quando comparado com atenolol + placebo. Em outro estudo (Davies RF et al. J. Am. Coll. Cardiol,1995;25:619-25) foram avaliados pacientes com doença arterial coronariana estável e randomizados para receber anlodipino + placebo, atenolol + placebo e após, a combinação de atenolol + anlodipino. Anlodipino e a combinação prolongaram o tempo de exercício para se ter uma depressão do segmento ST em 29 e 34% respectivamente (p < 0,001) versus 3% com atenolol (p=ns). Durante o holter, a freqüência de episódios isquêmicos diminuiu em 28% com anlodipino (p=0,083), em 57% com atenolol (p < 0,001) e em 72% com a combinação (p < 0,05 x monoterapia; p < 0,001 x placebo). O tempo de exercício para se ter angina aumentou em 29% com anlodipino (p < 0,01), em 16% com atenolol (p < 0,05) e em 39% com a combinação (p < 0,005 x placebo, atenolol e anlodipino). Em pacientes com angina, o tempo total de exercício aumentou em 16% com anlodipino (p < 0,001), em 4% com atenolol (p=ns) e em 19% com a combinação (p < 0,05 x placebo e qualquer monoterapia). A isquemia induzida por exercício foi mais eficazmente suprimida pelo anlodipino e a isquemia verificada com o holter foi melhor suprimida pelo atenolol. A combinação foi mais eficaz em ambas as avaliações do que qualquer dos dois agentes utilizados isoladamente. Um estudo duplo-cego, paralelo, randomizado e controlado (Dunselman P; Am. J. Cardiol,1998; 81:128-132.), avaliou pacientes com angina e teste ergométrico positivo para isquemia a despeito do uso de atenolol. Os pacientes foram randomizados para receber atenolol e/ou placebo ou atenolol e/ou anlodipino. Concluiu-se que a adição de anlodipino ao tratamento, em pacientes com isquemia miocárdica a despeito do uso de atenolol, é bem tolerado e pode melhorar os sintomas dos pacientes com angina.