Advertências bisoprolol

Bisoprolol com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Bisoprolol têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Bisoprolol devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O tratamento da insuficiência cardíaca crônica estável com bisoprolol deve ser iniciado com uma etapa especial de titulação.
O início do tratamento da insuficiência cardíaca crônica estável com bisoprolol necessita de acompanhamento regular.
Especialmente em pacientes com doença coronariana isquêmica, o término do tratamento com bisoprolol não pode ser realizado abruptamente, a menos que claramente indicado, uma vez que pode ocasionar um agravamento transitório da condição cardíaca.

Não existe experiência com o uso do bisoprolol no tratamento da insuficiência cardíaca em pacientes portadores das seguintes doenças e condições:
−diabetes mellitus insulinodependente (tipo I)
−insuficiência renal grave (creatinina sérica≥ 300 micromol/l)
−insuficiência hepática grave
−cardiomiopatia restritiva
−doença cardíaca congênita
−doença valvular orgânica hemodinamicamente significativa
−infarto do miocárdio ocorrido no período de três meses

O bisoprolol deve ser utilizado com especial cautela em casos de:
−diabetes mellitus com grandes flutuações nos níveis da glicemia, uma vez que sintomas de hipoglicemia (como taquicardia, palpitações ou sudorese) podem ser mascarados;
−jejum rigoroso;
−terapia de dessensibilização em andamento (conforme ocorre com outros betabloqueadores, o bisoprolol pode aumentar tanto a sensibilidade em relação aos alérgenos quanto a gravidade de reações anafiláticas. O tratamento com epinefrina pode nem sempre proporcionar o efeito terapêutico esperado);
−bloqueio AV de primeiro grau;
−angina de Prinzmetal;
−doença arterial obstrutiva periférica (pode ocorrer agravamento dos sintomas, em especial no início do tratamento);
Pacientes com psoríase ou com histórico de psoríase somente devem receber betabloqueadores (como o bisoprolol) após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios. Sintomas de tireotoxicose podem ser mascarados sob tratamento com bisoprolol. Em pacientes com feocromocitoma, o bisoprolol não deve ser administrado até que tenha ocorrido o bloqueio dos alfa-receptores.
Em pacientes submetidos à anestesia geral, o betabloqueio reduz a incidência de arritmias e isquemia do miocárdio durante indução e entubação e o período pós-operatório. Normalmente recomenda-se que se mantenha o betabloqueio no período per-operatório. O anestesista deve estar ciente do betabloqueio devido a interações potenciais com outros medicamentos, resultando em bradiarritimias, atenuação da taquicardia reflexa e diminuição da capacidade reflexa para compensar a perda de sangue. Caso seja considerado necessário interromper o tratamento como betabloqueador antes da cirurgia, isso deve ser feito gradualmente e completado cerca de 48 horas antes da anestesia.
Na asma brônquica ou em outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, que podem causar sintomas, indica-se terapia broncodilatadora concomitante. Pode ocorrer aumento ocasional na resistência das vias aéreas em pacientes asmáticos, requerendo uma dose maior de estimulantes beta2.

Gravidez e lactação
Gravidez
Categoria de risco C. Os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
O bisoprolol tem efeitos farmacológicos que podem causar efeitos prejudiciais na gravidez e/ou no feto/recém-nascido. Em geral, bloqueadores dos beta-adrenoreceptores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado a um atraso do crescimento do feto, morte intrauterina, aborto ou parto prematuro. Podem ocorrer efeitos adversos (ex: hipoglicemia e bradicardia) no feto e no recém-nascido. Se for necessário efetuar tratamento com bloqueadores dos beta-adrenoreceptores é preferível utilizar bloqueadores seletivos dos adrenoreceptores beta1.
Hemifumarato de bisoprolol não está recomendado durante a gravidez a não ser que seja estritamente necessário.
Se o tratamento for considerado necessário, recomenda-se a monitorização do fluxo sanguíneo uteroplacentário e do crescimento fetal. Em caso de efeitos prejudiciais durante a gravidez ou no feto recomenda-se que sejam considerados tratamentos alternativos. O recém-nascido deve ser rigorosamente monitorizado. De um modo geral, espera-se a ocorrência de sintomas de hipoglicemia e bradicardia nos primeiros 3 dias.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação
Não existem dados disponíveis sobre a excreção do bisoprolol no leite humano ou sobre a segurança da exposição dos recém-nascidos ao bisoprolol. Assim, não se recomenda a administração de Hemifumarato de bisoprolol durante a lactação.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Em um estudo com pacientes coronoariopatas, o bisoprolol não prejudicou o desempenho ao dirigir. Entretanto, devido às variações individuais nas res postas ao medicamento, a capacidade para dirigir ou para operar maquinário pode ser prejudicada. Isso deve ser levado em consideração, particularmente no início do tratamento e no caso de troca da medicação, assim como na administração concomitante com o álcool.
Este medicamento pode causar doping.