Características farmacológicas genuxal

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Farmacodinâmica
A ciclofosfamida é inativa quando testada in vitro em culturas de linfócitos humanos ou em células neoplásicas humanas. No entanto, a ciclofosfamida quando convertida à sua forma ativa pelas enzimas microssomais do fígado interfere in vivo com o crescimento de neoplasias suscetíveis e, até certo ponto, com a regeneração tissular normal. A ação citotóxica da ciclofosfamida evidente in vivo é a base para seu uso terapêutico como agente antineoplásico e para algumas reações adversas associadas ao seu uso.
A ciclofosfamida tem propriedades imunossupressoras.

Farmacocinética
Absorção: A ciclofosfamida é absorvida por via oral.

Distribuição: A distribuição tissular da ciclofosfamida foi examinada em pacientes com câncer após administração intravenosa da ciclofosfamida marcada. A droga inalterada e seus metabólitos cruzam a barreira hematoencefálica. A concentração encontrada no tecido cerebral foi similar a do sangue.
Biópsias realizadas duas horas após a administração revelaram radioatividade nos linfonodos 30 % superior em relação aos músculos, tecido adiposo ou pele. Não foram estabelecidas as proporções relativas de droga inalterada e metabólitos.

Metabolismo: A ciclofosfamida é metabolizada no organismo inicialmente pelas enzimas oxidases de função mista dos microssomos hepáticos; vários metabólitos tóxicos foram identificados.
As concentrações plasmáticas dos metabólitos são quase proporcionais à dose administrada, mas a variabilidade individual é relativamente ampla. O pico plasmático do metabólito alquilante é alcançado 2 a 3 horas após administração da droga. Os valores máximos alcançados pelo metabólito alcançam apenas 1/2 a 3/4 daqueles obtidos em ratos com doses comparáveis.
As concentrações médias do metabólito alquilante 8 horas após administração intravenosa da droga foram cerca de 77% da concentração plasmática máxima quando estudadas em 12 pacientes sem prévia exposição ao fármaco.
A variabilidade na taxa de metabolismo da ciclofosfamida em humanos é muito maior do que a observada em outras espécies. A meia-vida plasmática da droga inalterada aparentemente independe da idade, raça, sensibilidade ou resistência à droga, diagnóstico ou dose.

Excreção: No homem, uma grande proporção da dose administrada é eliminada pela urina sob a forma de metabólitos. De três metabólitos alquilantes encontrados na urina apenas um (mostarda não-nitrogenada) foi definitivamente identificado. A recuperação da radioatividade após administração de ciclofosfamida marcada por via intravenosa foi de 37 a 82%, com 20 a 45% desta quantidade relacionada à droga inalterada. A excreção urinária total da ciclofosfamida variou de 3 a 30% da dose com a maior parte dos casos localizados na faixa superior.

Meia-vida: A ciclofosfamida administrada por via intravenosa tem uma meia vida de aproximadamente 4 horas; no entanto, a droga e/ou seus metabólitos podem ser detectados no plasma por até 72 horas.

Ligação às proteínas plasmáticas: A ciclofosfamida não apresenta grande afinidade pelas proteínas plasmáticas. Após uma única administração de ciclofosfamida marcada, a ligação observada é de 14 ± 25% e 12 ± 5% da radioatividade total em concentrações de 10 e 200 micromoles/mL respectivamente. A administração repetida aumenta a ligação. Após 5 doses de 40 mg/kg a ligação é de cerca de 56% da radioatividade plasmática.