Advertências naproxeno 500 mg

Naproxeno 500 mg com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Naproxeno 500 mg têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Naproxeno 500 mg devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Efeitos Gastrintestinais: podem ocorrer efeitos na mucosa gastrintestinal, assim como toxicidade gastrintestinal séria (irritação gastrintestinal, sangramento, ulceração e perfuração), a qualquer momento com ou sem sinais e sintomas em pacientes sob tratamento com os antiinflamatórios não esteroidais, inclusive o naproxeno. Estudos realizados não identificaram um grupo de pacientes sem risco de desenvolvimento de úlcera péptica e sangramento.
Verificou-se que existe um risco maior de ulceração gastrintestinal, sangramento e perfuração em idosos e pacientes debilitados que aparentemente são menos tolerantes à úlcera e sangramento do que outros pacientes. A maior parte dos eventos gastrintestinais fatais associados com os antiinflamatórios não esteroidais foi nesse grupo de pacientes. Pacientes com história de doença gastrintestinal devem utilizar naproxeno sob rigorosa supervisão. Como ocorre com outras drogas antiinflamatórias não esteroidais, a incidência e severidade das complicações gastrintestinais pode aumentar de acordo com a dose e a duração do tratamento. Não é recomendada a combinação de naproxeno com outros antiinflamatórios não esteróides, pelo motivo de riscos acumulativos induzindo sérios efeitos adversos (ulceração gastrintestinal, sangramento e perfuração). Efeitos Hematológicos: o naproxeno diminui a agregação plaquetária e prolonga o tempo de sangramento. Este efeito deve ser considerado ao se determinar o tempo de sangramento. Deve-se ter cautela na dosagem de naproxeno em pacientes que apresentam alterações na coagulação ou que estão recebendo uma terapia que interfira na “hemostase”. Pacientes sob grande risco de sangramento e aqueles recebendo terapia anticoagulante completa e derivados de dicuramol podem apresentar um maior risco de sangramento na administração concomitante com o naproxeno.
Efeitos Renais: naproxeno deverá ser usado com cautela em pacientes com insuficiência renal significativa ou com histórias de doenças renais, pois naproxeno inibe a síntese de prostaglandina. O naproxeno deve ser usado com cautela em pacientes com depuração da creatinina inferiores a 20 mL/min. Pacientes que apresentam redução do volume sangüíneo bem como redução do fluxo sangüíneo renal, onde prostaglandinas renais têm função de suporte na manutenção da perfusão renal, devem ser observados com cautela. Nesses pacientes que utilizam naproxeno ou outros antiinflamatórios não esteroidais, pode haver uma redução dose dependente na formação de prostaglandina renal, podendo ocorrer uma precipitação da descompensação renal ou insuficiência renal. Pacientes que apresentam maiores riscos dessas reações são aqueles com função renal prejudicada, hipovolemia, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, depleção salina, pacientes que utilizam diuréticos e em idosos. A descontinuação do tratamento é geralmente seguida pela recuperação do paciente até a condição anterior do início do tratamento. Produtos que contenham naproxeno devem ser utilizados com cautela nestes pacientes e deve-se realizar monitorização do clearance de creatinina e a creatinina sérica. A redução da dose diária deve ser considerada para evitar a possibilidade de acumulação excessiva dos metabólitos de naproxeno em tais pacientes. A concentração plasmática de naproxeno não diminui na hemodiálise, devido à elevada proporção da ligação protéica. Efeitos Hepáticos: assim como com outros antiinflamatórios não esteroidais, elevações de uma ou mais funções hepáticas podem ocorrer. Anormalidades hepáticas são resultados de hipersensibilidade mais propriamente do que de toxicidade direta. Tem sido relatado com naproxeno bem como com outros antiinflamatórios não esteroidais a ocorrência de reações hepáticas severas, incluindo icterícia e hepatite. Tem sido relatada a possibilidade de reação cruzada. Reações Anafiláticas: podem ocorrer reações de hipersensibilidade em indivíduos suscetíveis. Podem ocorrer também reações anafiláticas em pacientes com ou sem história de hipersensibilidade ou exposição ao ácido acetilsalicílico, outras drogas antiinflamatórias não esteroidais ou ao naproxeno. Podem também ocorrer em indivíduos com história de angioedema, reatividade broncoespástica, rinite e pólipos nasais. Reações anafiláticas podem ser fatais. A ocorrência de broncoespasmo pode ser precipitada em pacientes com história ou que sofrem de asma, ou doenças alérgicas ou sensibilidade ao ácido acetilsalicílico. Efeitos Antipiréticos: a atividade antipirética e antiinflamatória do naproxeno pode reduzir a febre e a inflamação, diminuindo sua utilidade como sinais de diagnóstico.
Efeitos Oculares: na ocorrência de distúrbios visuais como papilite, neurite óptica retrobulbar e papiledema, o paciente deve consultar o médico. Se a dosagem de esteróides é reduzida ou eliminada durante a terapia, a dose de esteróides deve ser reduzida lentamente e o paciente deve ser observado com atenção para qualquer evidência de efeitos adversos incluindo insuficiência adrenal e exacerbação dos sintomas da artrite. Foram relatados casos de edema periférico em alguns pacientes. Estudos metabólicos não relataram caso de retenção de sódio, no entanto, pacientes com função cardíaca comprometida podem apresentar risco na administração de naproxeno. A segurança de naproxeno em crianças abaixo de 2 anos de idade não está totalmente estabelecida.