Resultados de eficácia betacard plus

BETACARD PLUS com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BETACARD PLUS têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BETACARD PLUS devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



BETACARD PLUS (atenolol + clortalidona) é indicado para o tratamento de hipertensão onde a monoterapia com betabloqueador ou diuréticos, usados isoladamente prova ser inadequada.
Monoterapia tanto com betabloqueador ou com diurético efetivamente controla a pressão arterial em 60-70% em pacientes hipertensos leves a moderados [Buhler FR et al. (1973) Am J Cardiol, 32, 511-22; Gillam PMS e Pritchard BNC (1976) Postgrad Med J, 52, (Suppl 4), 70-5; Finnerty FA (1979) Brit J Clin Pharmacol, 1 Suppl 2, 185-187S]. Níveis ótimos de efeitos, em termos de redução da pressão arterial com o mínimo de distúrbio metabólico, são encontrados em doses de 100 mg de atenolol e 25 mg de clortalidona [Healy JJ et al. (1970) Brit Med J, I, 716-719; Wilkinson PR et al. (1975) Lancet, I, 759-762; Zacharias FJ (1978) Mod Med, 23 (5), 8; Materson BJ et al. (1978) Clin Pharmacol Ther, 24 (2), 192-8].
Alguns pacientes hipertensos podem estar controlados em um nível sub-ótimo com um dos agentes usados de maneira isolada. Tanto o atenolol quanto a clortalidona exibem curvas dose-resposta relativamente horizontais; aumentando a dosagem de um ou outro combinadamente não deve resultar em um efeito anti-hipertensivo maior, mas deve aumentar a incidência de efeitos colaterais. [Cranston WI et al. (1963) Lancet, II< 966-70; Myers MG (1976) Clin Pharmacol & Ther, 19 (5), Part 1, 502-7; Jeffers TA et al. (1977) Brit J Clin Pharmacol, 4, 523-7; Tweeddale MG (1977) Clin Pharmacol & Therap, 22 (5), Part 1, 519-27].
A co-administração de atenolol (100 mg) e clortalidona (25 mg) resulta em uma redução significativamente maior na pressão arterial média na posição supina comparado com o que ocorre em resposta a ambos os agentes dados isoladamente. Isso tem sido demonstrado em estudos randomizados, duplo-cegos do tipo crossover [Sheriff MHR et al. (1978) Acta Therap, 4, 51-62; Bateman DN at al. (1979) Brit J Clin Pharmac, 7, 357-63] assim como em estudos multicêntricos, duplo-cegos, do tipo crossover [Asbury MJ et al. (1980) Practitioner, 224, (1350), 1306-9] em pacientes não tratados previamente e tratados subjetivamente.
Em adição a um maior grau de redução da pressão arterial, a taxa de resposta é melhorada pela co-administração de atenolol e clortalidona. O controle da pressão arterial (pressão arterial diastólica < 95 mmHg) tem sido demonstrada em 18 de 21 pacientes com a terapia de combinação livre, quando comparado com 15 de 21 com atenolol e 6 de 21 com clortalidona, administradas isoladamente. O grau de resposta satisfatório foi mantido com a combinação fixa (atenolol + clortalidona) por 4 meses [Sheriff MHR et al. (1978) Acta Therap, 4, 51-62]. Outro estudo duplo-cego randomizado mostrou resposta ao atenolol + clortalidona em 19 de 23 pacientes [Nissinen A e Tuomilehto J (1980) Pharmatherapeutica, 2 (7), 462-8]. Um estudo piloto de duração de 8 semanas mostrou que a terapia com atenolol + clortalidona produziu uma resposta anti-hipertensiva em 16 de 19 pacientes [Gotzen R e Hiemstra S (1981) J Int Med Res, 9, 292-4].
Um estudo multicêntrico demonstrou controle da pressão arterial em 76% dos 261 pacientes hipertensos previamente não tratados, que receberam combinação livre de atenolol (100 mg) com clortalidona (25 mg). Pacientes que haviam recebido tratamento anti-hipertensivo prévio também responderam às combinações livres ou fixas dos agentes; 66% dos 134 pacientes foram controlados [Asbury MJ et al. (1980) Practitioner, 224, (1350), 1306-9].
Em um estudo adicional, onde a maioria dos pacientes recebeu cada fármaco nas apresentações existentes em atenolol + clortalidona (mas onde alguns pacientes receberam mais de 300 mg de atenolol e 75 mg de clortalidona) 80% de 15 pacientes apresentaram uma resposta satisfatória [Azzolini A et al. (1981) Curr Ther Res, 30 (512), 691-7]. Em um estudo em pacientes hipertensos graves previamente tratados [De Divitiis O et al. (1981) Curr Therap Res, 29 (2), 235-48], 12 de 16 pacientes com pressão arterial pré-tratamento de 198/127 mmHg não atingiram controle satisfatório com atenolol + clortalidona, embora houvesse redução da pressão em 23/14 mmHg comparado com o placebo.
O início do efeito anti-hipertensivo da combinação não foi extensivamente estudado nos resultados dos ensaios clínicos publicados. No entanto a redução da pressão arterial na posição supina duas semanas após o início da terapia foi equivalente às reduções máximas alcançadas após períodos mais longos de tratamento [Sheriff MHR et al. (1978) Acta Therap, 4, 51-62; Nissinen A e Tuomilehto J (1980) Pharmatherapeutica, 2 (7), 462-8].