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ADVERTÊNCIAS CEFTAZIDIMA

Como para os demais antibióticos betalactâmicos, antes de instituída terapia com ceftazidima deve ser pesquisada história de reações de hipersensibilidade à ceftazidima, às cefalosporinas, às penicilinas ou outras drogas. Ceftazidima deve ser administrado com cautela especial a pacientes com história de reação alérgica a penicilinas ou outros betalactâmicos. Na eventualidade da ocorrência de reação alérgica ao ceftazidima, interromper o tratamento. Reações mais graves de hipersensibilidade podem requerer o uso de adrenalina, hidrocortisona, anti-histamínicos ou a adoção de outras medidas de emergência.
Tratamento simultâneo com altas doses de cefalosporinas e drogas nefrotóxicas como, por exemplo, aminoglicosídeos e diuréticos potentes (por exemplo, furosemida) pode afetar, adversamente, a função renal. A experiência clínica demonstrou ser pouco provável a ocorrência de problemas associados a cetazidima quando utilizado na dose terapêutica normal. Não existem evidências de que ceftazidima afeta a função renal quando é utilizado em doses habituais.
A ceftazidima é excretada pelos rins e, portanto, a dosagem deve ser reduzida de acordo com o grau de insuficiência renal (ver Posologia – Insuficiência renal). Ocasionalmente, sequelas neurológicas têm sido relatadas em casos nos quais a dosagem não foi reduzida apropriadamente em pacientes com insuficiência renal (ver Posologia - Insuficiência renal e Reações Adversas).
Como com outras cefalosporinas e penicilinas de largo espectro, algumas cepas de Enterobactersp. eSerratia sp., inicialmente sensíveis, podem desenvolver resistência durante o tratamento com ceftazidima. Testes periódicos de sensibilidade devem ser considerados quando clinicamente apropriado, durante o tratamento de infecções por esses micro-organismos.
Cada 1g de ceftazidima contém 52mg de sódio. O teor de sódio deve ser levado em consideração nos pacientes que necessitam de restrição de sódio.
Como com os demais antibióticos de largo espectro, o uso prolongado de ceftazidima pode resultar no aparecimento de microorganismos não-sensíveis (por exemplo, cândida, enterococos), o que pode requerer interrupção do tratamento ou adoção de medidas apropriadas. A reavaliação da condição do paciente é essencial.
Foram reportados casos de colite pseudomembranosa com o uso de antibióticos, cuja gravidadepode variar de leve à fatal. Entretanto, é importante considerar este diagnóstico em pacientes que desenvolverem diarreia durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia prolongada ou significativa ou o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser posteriormente examinado.

Incompatibilidades
Ceftazidima é menos estável na solução de bicarbonato de sódio (que não é recomendada como diluente) do que em outras soluções intravenosas. Ceftazidima e aminoglicosídeos não devem ser misturados no mesmo circuito de infusão ou seringa. Tem-se relatado precipitação quando a vancomicina é adicionada à ceftazidima em solução. Portanto, é prudente lavar os circuitos de infusão e as linhas intravenosas entre a administração desses dois agentes.

Populações especiais
- Idosos
Devido à redução do clearance da ceftazidima em pacientes idosos com doença aguda, a dose diária de ceftazidima não deve, normalmente, exceder 3 g, especialmente naqueles com mais de 80 anos.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram reportados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.

Gravidez e lactação
Ainda que não haja evidência experimental de efeitos embriopáticos ou teratogênicos, a administração de ceftazidima – como de qualquer droga - deve ser feita com cuidado nos primeiros meses de gestação (bem como logo após o nascimento).
A ceftazidima é excretada em pequenas proporções pelo leite humano e, por isso, aconselha-se precaução quando de sua administração a lactantes.
Categoria B de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Precauções farmacotécnicas
A ceftazidima em concentrações entre 0,05 mg/mL e 0,25 mg/mL é compatível com o fluido de diálise intraperitoneal (lactato). A solução de ceftazidima para uso intramuscular pode ser reconstituída com cloreto de lidocaína a 0,5-1,0%.
Ceftazidima mostra compatibilidade quando misturado a 4 mg/mL com: fosfato sódico de hidrocortisona (1 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9% ou solução de glicose a 5%), cefuroxima sódica (3 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloxaciclina sódica (4 mg/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), heparina (10 UI/mL ou 50 UI/mL em solução de cloreto de sódio a 0,9%), cloreto de potássio (10 ou 40 mEq/L em solução de cloreto de sódio a 0,9%).
A mistura de uma solução de ceftazidima (500 mg em 1,5 mL de água estéril para injeções) com uma solução injetável de metronidazol (500 mg em 100 mL) mantém a atividade de ambos os componentes.
As soluções variam do amarelo-claro ao âmbar, dependendo da concentração, do diluente e das condições de conservação. Seguidas as recomendações preconizadas, a potência do produto não é afetada pelas variações na coloração.
Ceftazidima é compatível com a grande maioria das soluções parenterais comumente utilizadas (ver Advertências e Precauções - Incompatibilidades). As soluções de ceftazidima, em concentrações de 1 mg/mL a 40 mg/mL, são compatíveis com os líquidos de infusão a seguir relacionados:
-Cloreto de sódio a 0,9%
-Lactato de sódio M/6
-Solução de Hartmann
-Glicose a 5% e a 10%
Cloreto de sódio a 0,225% + glicose a 5%-
-Cloreto de sódio a 0,45% + glicose a 5%
-Cloreto de sódio a 0,18% + glicose a 4%
-Cloreto de sódio a 0,9% + glicose a 5%
-Dextran 40 a 10% + glicose a 5%
-Dextran 40 a 10% + cloreto de sódio a 0,9%
-Dextran 70 a 6% + cloreto de sódio a 0,9%
-Dextran 70 a 6% + glicose a 5%