Resultados de eficácia conidrin

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Nos últimos anos, foram realizados estudos para demonstrar a eficácia e segurança da solução salina hipertônica 3% em tratamentos de resfriados, rinites e rinossinusites (são afecções mais frequentes na otorrinolaringologia), tanto em adultos como em crianças – acima de 6 anos, conforme os estudos abaixo.
1.O objetivo do estudo de Fukuda e Degering foi verificar na literatura internacional a ação da solução salina hipertônica 3% em mucosa nasal normal e nas afecções nasossinusais de adultos e crianças. O tratamento utilizado para processos infecciosos é o uso de antibióticos sistêmicos, e nos processos alérgicos a utilização de corticosteroides tópicos ou sistêmicos e anti-histamínicos. Os trabalhos reunidos demonstraram que houve grande benefício para a mucosa nasal, mesmo naqueles pacientes crônicos em que os tratamentos repetidos realizados com medicamentos não apresentaram resultado satisfatórios, e a utilização da solução salina hipertônica foi capaz de promover grande melhora, sendo utilizado isoladamente ou em conjunto com outros medicamentos ou até mesmo reduzindo a sua utilização, melhorando a qualidade de vida e reduzindo a duração dos sintomas nos pacientes. Desta forma, os autores concluíram que de acordo com a literatura, a aplicação da solução salina hipertônica a 3% promove o aumento da velocidade na depuração mucociliar (que é o principal mecanismo de defesa da mucosa nasal), comprovando a ação terapêutica no tratamento de rinites e rinossinusites agudas e crônicas e um alto nível de adesão à sua utilização, pois é de fácil administração, baixo custo e não apresenta efeitos colaterais relevantes, somente um discreto ardor e irritação local no início do tratamento.
2.O estudo de Berjis N. et al, comparou o uso de solução salina normal (0,9%) com solução salina hipertônica (3%) na redução e melhora dos sintomas em pacientes com rinossinusite crônica. Foram selecionados, através do histórico documental exames físicos e radiológicos, 114 pacientes que foram divididos entre os dois grupos, sendo 57 pacientes em cada grupo. Os dados coletados para conclusão do estudo foram obtidos através de exames físicos e um questionário. Os autores concluíram que para os sintomas de dor de cabeça, boca e faringe secas pela manhã e fadiga, não tiveram dados estatisticamente significativos entre os dois grupos, mas para os sintomas de congestão nasal, secreção purulenta e secreção pós-nasal, os pacientes do grupo tratado com solução salina hipertônica, em relação ao grupo da solução salina normal, relataram ter melhorado, e as melhores médias de satisfação também foram dos pacientes do grupo que utilizaram solução salina hipertônica. Assim, comprovou que a solução salina hipertônica 3% é a melhor escolha para irrigação nasal em pacientes com rinossinusite crônica.
3.O estudo de Garavello W., et al, foi realizado com crianças de 6 a 12 anos com rinite alérgica sazonal, que ocorre durante a estação de polinização. Essas crianças foram divididas em dois grupos, sendo 10 crianças no grupo que utilizaram a solução salina hipertônica a 3% e outras 10 crianças no grupo controle, isto é, não utilizaram nenhum tipo de irrigação nasal. O estudo durou 6 semanas e os parâmetros utilizados para verificação da eficácia foram os sintomas: prurido nasal, rinorreia, espirros e obstrução nasal. Além disso, os pacientes foram permitidos a usar anti-histamínicos orais, quando necessário. Os autores concluíram com este estudo que o uso da irrigação nasal com solução salina hipertônica a 3% é eficaz, com uma posologia de três vezes ao dia em paciente pediátrico com rinite alérgica sazonal, pois houve melhora dos sintomas e redução do isso de anti-histamínicos orais.
4.O estudo de Figueroa J.M., et al, foi realizado com crianças de 6 a 15 anos com rinossinusite crônica, a qual é definida pela presença de secreção nasal mucopurulenta e obstrução nasal aguda ou crônica, impactando negativamente sobre a qualidade de vida de crianças e frequentemente motiva consultas ao pediatra ou otorrinolaringologista. Os autores verificaram que recentemente foi descrito que a depuração mucociliar, mais lenta nesta patologia e uma característica fisiopatológica, pode ser acelerada mediante lavagens com solução salina hipertônica a 3%. Em um modelo animal in vitro observou-se o efeito de aceleração da depuração mucociliar com irrigação de solução salina hipertônica, assim, avaliaram o efeito imediato do mesmo em crianças com rinossinusite crônica. Pelo teste da sacarina mediu-se a depuração mucociliar nasal nas crianças e foi aplicado um spray de 100 µL de uma solução salina tamponada e estéril, avaliando o efeito por uma nova medição em 15 minutos. Verificou-se que houve uma aceleração significativa da depuração mucociliar após a aplicação da solução salina. Desta forma, os autores concluíram que a irrigação com um spray nasal de solução salina hipertônica em crianças com rinossinusite crônica produz rapidamente uma aceleração da depuração mucociliar. A restauração da depuração mucociliar eficiente através deste tipo de tratamento poderia ocupar um lugar no tratamento e prevenção de complicações de doenças das via aéreas que são acompanhados por uma deterioração desta função.