Advertências hipertil

HIPERTIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de HIPERTIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com HIPERTIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Hipotensão sintomática: ocasionalmente, a administração de Hipertil® pode induzir uma hipotensão sintomática. No início do tratamento com Hipertil®, os pacientes com maior risco de hipotensão sintomática devem ser cuidadosamente monitorados durante as duas primeiras semanas de tratamento. A ocorrência de uma resposta hipotensora marcante é mais provável em algumas categorias de pacientes de risco, como naqueles com insuficiência cardíaca congestiva grave com ou sem insuficiência renal associada, hipertensão renovascular, diálise renal, intensa retenção salina e/ou hídrica de qualquer etiologia (p. ex. intensa terapia com diuréticos de alça). Nestes pacientes, antes de iniciar a terapia com Hipertil®, é prudente reduzir ou suspender a terapia diurética e instituir um adequado tratamento de reidratação. Em pacientes com cardiopatia isquêmica ou doenças cerebrovasculares, nos quais uma queda pressórica excessiva pode determinar infarto do miocárdio ou apoplexia, a terapia deve ser iniciada sob estrito controle médico e a dose deve ser reduzida. Depleção de sódio e hipovolemia devem ser corrigidas antes do inicio do tratamento com Hipertil®. Considerações similares devem ser aplicadas a pacientes com isquemia cardíaca ou doenças cerebrovasculares nos quais uma queda elevada dos níveis pressóricos pode resultar em um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC).
A pressão arterial e os parâmetros laboratoriais devem ser cuidadosamente monitorados especialmente em pacientes com:
Depleção de sódio ou hipovolemia;
Descompensação cardíaca grave;
Insuficiência renal;
Hipertensão grave;

Idosos.
Nestes pacientes a terapia deve ser iniciada, de preferência, em um ambiente hospitalar.
Em caso de hipotensão, é oportuno colocar o paciente em posição supina e, se necessário, administrar uma solução fisiológica normal por infusão intravenosa.
População pediátrica: o produto não deve ser usado em crianças e adolescentes porque não existe experiência clínica suficiente no tratamento de pacientes dessa população.

Geral: a dose fixa de Hipertil® contém lactose monoidratada. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância a galactose, deficiência da enzima Lapp lactase ou má absorção de glicose e galactose não devem tomar este medicamento. Hipertil® contém o corante laca de alumínio (alumínio lake E110) que pode causar reações alérgicas.

Pacientes com hipertensão renovascular: há um aumento do risco de hipotensão grave e insuficiência renal quando pacientes com hipertensão renovascular e estenose bilateral da arteríola renal pré-existente ou estenose da arteríola renal de rins solitários são tratados com associações fixas. O tratamento com diuréticos pode agravar o quadro. Uma redução da função renal pode ocorrer até mesmo com mudanças menores da creatinina sérica, também em pacientes com estenose unilateral da arteríola renal. Nesses pacientes o tratamento deve ser iniciado em um hospital sob rigorosa supervisão médica, iniciando com doses menores dos princípios ativos de forma isolada seguida de uma cuidadosa titulação da dose. Os tratamentos com diuréticos devem ser descontinuados e a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento.

Angioedema: têm sido relatados casos de angioedema com o emprego de inibidores da ECA, especialmente após as primeiras administrações. Pode ocorrer angioedema nas primeiras semanas de tratamento. Entretanto, em raras ocasiões o angioedema pode surgir depois de um uso prolongado. Em tais casos, a terapia deve ser imediatamente descontinuada e, se necessário, a terapia anti-hipertensiva deve ser continuada utilizando um medicamento de outra classe terapêutica. O paciente deve ser tratado apropriadamente e mantido sob estrito controle médico até a resolução do edema. Quando o edema está limitado à face e aos lábios, a resolução é geralmente obtida sem tratamento, sendo os anti-histamínicos úteis como tratamento sintomático. O angioedema com envolvimento da língua, glote e laringe pode ser fatal, necessitando, portanto, de adoção imediata de uma terapia adequada como a injeção subcutânea de uma solução 1:1000 de adrenalina (0,3 – 0,5 mL).
Os pacientes devem ser informados da necessidade de comunicar imediatamente ao próprio médico qualquer sinal ou sintoma relacionados com angioedema (distúrbios da visão, alterações oculares, dos lábios, da língua, dificuldade de respirar) e de consultar o médico antes de uma nova administração do fármaco.

Reações anafiláticas durante dessensibilização a himenópteros: em raros casos foram reportadas reações anafiláticas que ameaçam a vida em pacientes que receberam inibidores da ECA. Estas reações foram evitadas através da interrupção temporária do tratamento com o inibidor da ECA antes de cada dessensibilização.

Reações anafilactoides durante a aférese de LDL: pacientes tratados com inibidores da ECA durante a aférese da lipoproteína de baixa densidade (LDL) com sulfato de dextrano apresentaram raramente reações anafilactoides com risco de morte. Estas reações são evitadas através da interrupção temporária do tratamento com inibidor da ECA antes de cada aférese.

Diferenças étnicas: em pacientes da raça negra foi observada maior frequência de casos de angioedema. Assim como outros inibidores da ECA, Hipertil® pode ser menos efetivo na redução pressórica em pacientes da raça negra, possivelmente devido à baixa presença de renina.

Proteinuria: proteinuria pode ocorrer particularmente em pacientes com presença de insuficiência renal.

Alteração da função renal: em presença de insuficiência renal, são necessários ajustes posológicos e a função renal deve ser cuidadosamente controlada, ainda que geralmente não ocorra uma deterioração ulterior. No tratamento com inibidores da ECA, pacientes com preexistente descompensação cardíaca congestiva, estenose mono ou bilateral da artéria renal, hipertensão renovascular e intensa depleção hídrica ou salina, apresentam um risco aumentado de desenvolver sinais de disfunção renal (aumento da creatinina, nitrogênio ureico e potássio séricos; proteinuria; alteração do volume urinário) e, raramente, insuficiência renal aguda.
Níveis aumentados de nitrogênio ureico e da creatinina podem ocorrer ocasionalmente, mesmo em pacientes com função renal íntegra, particularmente quando em tratamento concomitante com diuréticos. Embora não tenham sido descritos tais eventos com Hipertil®, caso ocorram é aconselhável a suspensão da eventual terapia diurética seguida da redução da dose ou suspensão da administração do medicamento.

Pacientes em hemodiálise: têm sido observadas reações anafiláticas em pacientes tratados com inibidores da ECA durante o curso de hemodiálise com membrana em poliacrilonitrila de alto fluxo (AN69), sendo recomendável, portanto, não se empregar esta membrana em pacientes tratados com Hipertil®.

Doença hepática primária/Alteração da função hepática: o produto deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática, uma vez que pode ocorrer um aumento do efeito anti- hipertensivo do manidipino (ver Posologia e Modo de Administração e Uso). Muito raramente, os inibidores da ECA foram associados com uma síndrome que se inicia com icterícia e progride para necrose fulminante e, em alguns casos, até morte. O mecanismo da síndrome não é conhecido. Pacientes recebendo Hipertil® que desenvolvem icterícia ou elevação dos níveis de enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento e receber cuidados médicos apropriados.

Pacientes com diabetes: em pacientes diabéticos tratados com agentes hipoglicemiantes orais ou insulina e que fazem uso de IECAs, os níveis de glicose devem ser cuidadosamente monitorados durante os primeiros meses de tratamento.

Estenose da válvula mitral/aórtica e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: assim como outros vasodilatadores, cuidados especiais são indicados para pacientes que sofrem de estenose aórtica ou mitral, ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.
Hiperpotassemia: a presença das seguintes condições pode determinar um maior risco de hiperpotassemia: insuficiência renal e/ou insuficiência cardíaca, uso concomitante de diurético poupador de potássio, suplemento de potássio e/ou substituto salino contendo potássio. Caso a utilização concomitante dos agentes mencionados anteriormente seja considerada apropriada, estes devem ser utilizados com frequente monitoramento do potássio sérico.
Tosse: durante o tratamento com inibidores da ECA pode aparecer tosse seca, não produtiva, que desaparece com a suspensão da terapia. Tosse induzida por inibidores da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Cirurgia/anestesia: Hipertil® pode aumentar os efeitos hipotensores dos fármacos anestésicos. A hipotensão que se manifesta nestes casos pode ser corrigida mediante expansão da volemia e reidratando o paciente pela via parenteral.

Neutropenia/agranulocitose: o tratamento com outros inibidores da ECA tem sido, em raros casos, associado com agranulocitose e depressão medular, particularmente em pacientes com insuficiência renal e/ou colagenopatia associada. Em pacientes com função renal normal e sem outras complicações, a neutropenia ocorre raramente. Embora não tenha sido verificada esta ocorrência com o uso do produto, é aconselhável controle periódico dos leucócitos em pacientes com insuficiência renal e/ou colagenopatia ou em tratamento com corticosteroides.
Hipertil® deve ser utilizado com extrema precaução em pacientes com doença vascular do colágeno como, por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, com terapia imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação desses fatores, especialmente no caso de insuficiência renal pré-existente. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves que, em alguns casos, não responderam a terapia antibiótica intensiva. Se Hipertil® for usado em tais pacientes, é recomendado o acompanhamento regular da contagem de células brancas do sangue e os pacientes devem ser instruídos a relatar qualquer sinal de infecção. Os efeitos são reversíveis após a descontinuação do inibidor da ECA.

Pacientes com doenças do coração: Hipertil® deve ser utilizado com precaução em pacientes que apresentam disfunção ventricular esquerda, em pacientes que sofrem de estenose da aorta ou obstrução do canal do fluxo de saída do ventrículo esquerdo, em pacientes com insuficiência cardíaca direita isolada ou com nódulo sinusal (caso um marcapasso não esteja in situ). Como não estão disponíveis nenhum dos resultados de estudos em pacientes coronarianos estáveis, é necessária precaução nesses pacientes por causa do possível aumento do risco coronariano.

Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS): há evidência de que o uso concomitante de inibidores da ECA, bloqueadores do receptor da angiotensina II ou alisquireno, aumenta o risco de hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda). Portanto, não é recomendado o duplo bloqueio do sistema RAAS através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno.
Caso a terapia de duplo bloqueio seja considerada absolutamente necessária, ela só deve ser realizado sob supervisão de um especialista e sujeita a uma frequente monitorização rigorosa da função renal, eletrólitos e da pressão arterial.
Inibidores da ECA e os bloqueadores do receptor da angiotensina II não devem ser utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.

Gravidez e lactação:
O uso de inibidores da ECA não é recomendado durante o primeiro trimestre de gravidez e é contraindicado durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez.

Gravidez:
A evidência epidemiológica em relação ao risco de teratogenicidade após a exposição a inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez, não é conclusiva; no entanto, um pequeno aumento no risco não pode ser excluído. A menos que a continuação do tratamento com IECA seja considerado essencial, as pacientes que planejam engravidar devem ter a medicação substituída por uma terapia anti-hipertensiva que apresente perfil de segurança estabelecido para utilização na gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se for o caso, deve ser iniciado um tratamento alternativo.
A exposição à terapia com IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligoidrâmnio, retardo da ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercalemia). No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez, recomenda-se a realização de ultrassonografia da função renal e dos ossos do crânio. As crianças cujas mães tenham tomado inibidores da ECA devem ser cuidadosamente monitoradas quanto à hipotensão.
Não existem dados suficientes sobre a utilização de Hipertil® em mulheres grávidas. Estudos em animais que receberam a combinação de delapril/manidipino (proporção 3:1) demonstraram toxicidade reprodutiva.

Lactação:
Devido à ausência de informações disponíveis sobre o uso de Hipertil® durante a amamentação, o seu uso não é recomendado e, neste caso, são preferíveis tratamentos alternativos com um perfil de segurança melhor estabelecido, especialmente durante a amamentação em recém-nascidos ou prematuros.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe ao seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas: Não foram realizados estudos sobre os efeitos do Hipertil® na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Devido à possibilidade da ocorrência de tonturas em consequência da redução pressórica, a capacidade de atenção na condução de veículos e no uso de maquinário pode estar reduzida.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:
Pediatria: O produto não deve ser usado na idade pediátrica porque não existe experiência clínica suficiente no tratamento de pacientes pediátricos.