Características farmacológicas indapen sr

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Propriedades Farmacodinâmicas
A indapamida é uma sulfonamida com um anel indólico, farmacologicamente relacionada aos diuréticos tiazídicos, que age inibindo a reabsorção do sódio ao nível do segmento de diluição cortical. A indapamida aumenta a excreção urinária de sódio e cloretos e, em menor escala, a excreção de potássio e magnésio, aumentando assim a diurese. Sua ação anti-hipertensiva ocorre em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Além disso, esse efeito anti- hipertensivo tem sido demonstrado em pacientes hipertensos sem função renal.
Os estudos de Fases II e III demonstraram, em monoterapia, um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24 horas em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Esta atividade anti-hipertensiva é demonstrada por uma melhora do tônus arterial e uma diminuição das resistências periféricas totais e arteriolares.

O mecanismo de ação vascular da indapamida está relacionado à:
-Redução na contratilidade do músculo liso vascular em associação com uma modificação nos mecanismos de troca iônica transmembrana, especialmente em relação ao cálcio;
-Estímulo da síntese de prostaglandina PGE2 e de prostaciclina PGI2, vasodilatador e antiplaquetário.
A indapamida reduz a hipertrofia do ventrículo esquerdo.
Por outro lado, foi demonstrado a curto, médio e longo prazo no paciente hipertenso, que indapamida:
-não altera o metabolismo lipídico: triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol HDL;
-não altera o metabolismo glicídico, mesmo no paciente diabético hipertenso.
Os diuréticos tiazídicos possuem um efeito terapêutico em platô acima de uma determinada dose, enquanto que os efeitos adversos continuam a aumentar. Assim sendo, se o tratamento não apresentar os resultados esperados, não se deve aumentar a dose.

Propriedades farmacocinéticas
A indapamida é apresentada sob a forma de liberação sustentada, baseada em um sistema matricial com dispersão da substância ativa no meio de um suporte que permite uma liberação sustentada da indapamida.

Absorção
A fração liberada da indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato gastrointestinal. A tomada do produto em conjunto com as refeições aumenta ligeiramente a velocidade de absorção, mas não há influência sobre a quantidade de produto absorvido. O pico sérico, após a administração única, é atingido aproximadamente 12 horas após a tomada. A continuidade na administração do produto reduz a variação das concentrações sanguíneas entre duas tomadas. Existe variabilidade intraindividual.

Distribuição
A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é superior a 79%.
A meia-vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 horas (média de 18 horas). O estado de equilíbrio é atingido após 7 dias.
A administração repetida da indapamida aumenta as concentrações plasmáticas no estado estável (platô) se comparada com uma administração única; no entanto, o platô permanece estável com o passar do tempo, indicando que não ocorre acúmulo.

Eliminação
A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22% da dose) sob a forma de metabólitos inativos.

Insuficiência renal
Os parâmetros farmacocinéticos permanecem inalterados nos pacientes com insuficiência renal.

Dados pré-clínicos de segurança
As mais altas doses administradas por via oral em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas dos estudos de toxicidade aguda com uma administração intravenosa ou intraperitonial de indapamida são relacionados com a atividade farmacológica da indapamida (bradipneia e vasodilatação periférica). Os testes de mutagenicidade e carcinogenicidade da indapamida foram negativos.