Advertências leukeran

LEUKERAN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LEUKERAN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LEUKERAN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Leukeran é um agente citotóxico ativo, para uso apenas sob a supervisão de médicos experientes na administração destes agentes.

Reações na Pele
O tratamento contínuo com clorambucila deve ser considerado em caso de desenvolvimento de rash, uma vez que houve relatos de Síndrome de Stevens-Johnson em pacientes recebendo clorambucila.

Imunização
A imunização com vacinas contendo micro-organismos vivos tem o potencial de causar infecções em pacientes imunodeficientes. Assim, não é recomendada a imunização com vacinas elaboradas com micro-organismos vivos nesses pacientes.

Supressão da medula óssea
Como Leukeran pode produzir supressão irreversível da medula óssea, o hemograma deve ser cuidadosamente monitorado nos pacientes em tratamento.
A dose total na região de 6,5mg/kg de peso corpóreo está associada com risco de dano irreversível na medula óssea.
Nas doses terapêuticas, Leukeran deprime os linfócitos e tem um efeito menor sobre a contagem de neutrófilos e plaquetas e sobre os níveis de hemoglobina.
Não é necessário descontinuar o uso de Leukeran ao primeiro sinal de queda de neutrófilos, mas é preciso lembrar que a queda pode continuar por 10 dias ou mais após a última dose.
Quando houver infiltração linfocítica da medula óssea ou se esta estiver hipoplásica, a dose diária não deve exceder 0,1 mg/kg de peso corporal.

Radioterapia e outros agentes citotóxicos
Leukeran não deve ser administrado a pacientes recentemente submetidos à radioterapia ou que tenham recebido outros agentes citotóxicos.

Aumento no risco de convulsões
Crianças com síndrome nefrótica, pacientes para os quais se tenha prescrito esquemas posológicos intermitentes de altas doses e pacientes com histórico de distúrbio convulsivo devem ser cuidadosamente monitorados após a administração de Leukeran, já que o risco de convulsões pode ser maior nesses pacientes.

Lactose
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à glicose, deficiência de Lapp-lactase ou má-absorção de glicose-galactose não devem usar este medicamento.

Transplante autólogo de células tronco
Pacientes que potencialmente receberão transplante autólogo de células tronco não devem ser usar Leukeran a longo prazo.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há dados da interferência de clorambucila na habilidade para realizar tarefas que requerem critério, capacidade motora e cognitiva.

Fertilidade
A clorambucila pode causar supressão da função ovariana, e relatou-se ocorrência de amenorreia após tratamento com a droga. Tem-se observado azoospermia como resultado da terapia com clorambucila. Entretanto, estima-se que a dose total necessária seja, no
mínimo, de 400 mg. Graus variados de recuperação da espermatogênese têm sido observados em pacientes com linfoma após tratamento com clorambucila com doses totais de 400 a 2.600 mg.

Gravidez
Assim como ocorre com toda terapia citotóxica, cuidados contraceptivos adequados devem ser adotados quando um dos parceiros estiver fazendo uso de clorambucila.
Sempre que possível, deve-se evitar o uso de clorambucila na gravidez, particularmente durante o primeiro trimestre. A clorambucila só deve ser utilizada durante a gravidez se o benefício para a mãe justificar o possível risco para o feto.

Lactação
Mulheres recebendo clorambucila não devem amamentar.

Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Mutagenicidade e carcinogenicidade
Assim como outros agentes citotóxicos, a clorambucila é mutagênica em testes de genotoxicidade in vitro e in vivo e é carcinogênica em animais e humanos.

Toxicologia reprodutiva
Em ratos, a clorambucila de mostrou danosa à espermogênese e causou atrofia testicular.

Teratogenicidade
A clorambucila demonstrou induzir anomalias no desenvolvimento, como rabo encurtado ou retorcido, microcefalia e exencefalia, anormalidades digitais incluindo anormalidades ectro-, braqui-, sin- e polidactilia e osso longo, tais como redução de comprimento, ausência de um ou mais componentes, ausência total de sítios de ossificação no embrião de camundongos e ratos após uma única administração oral de 4 a 20 mg/kg.
A clorambucila também demonstrou induzir anomalias renais na descendência de ratos após uma única injeção intraperitoneal de 3 a 6 mg/kg.
Farmacocinética cerebral e plasmática
Após a administração de clorambucila marcada com C14 a ratos, as concentrações mais altas de material radioativo foram encontradas no plasma, fígado e rins. Apenas uma pequena concentração foi medida no tecido cerebral de ratos após a administração intravenosa de clorambucila.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando todos os cuidados para o diagnóstico precoce e o tratamento.