Superdosagem levoid

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No adulto, a superdosagem manifesta-se por tireotoxicose, caracterizada, entre outros sintomas, por cefaleia, irritabilidade, taquicardia, sudorese, podendo também ocorrer confusão mental e desorientação. Embolia cerebral, choque, coma e morte também foram relatados nessa situação.
Os sintomas podem não ser aparentes ou podem não ser evidentes até vários dias após a ingestão da levotiroxina sódica. Na criança, além da tireotoxicose, uma dosagem alta prolongada pode dar origem a uma precocidade da maturação óssea e até mesmo, durante os primeiros meses de vida, a uma craniosinostose prematura.

Recomendações de tratamento da superdosagem
Na ocorrência de sintomas e sinais sugestivos de superdosagem, deve-se procurar imediatamente orientação médica para a avaliação da continuidade da terapêutica.

Superdosagem aguda maciça
Trata-se de uma situação de emergência com risco de vida, devendo a instituição de medidas de suporte e o tratamento sintomático, serem tomadas em caráter imediato. Caso não haja contraindicações (coma, perda de reflexo de deglutição, convulsões), deve ser feito o esvaziamento gástrico para reduzir a absorção gastrintestinal da droga, podendo ser utilizados também o carvão ativado e a colestiramina para tal finalidade. Medicamentos capazes de antagonizar os efeitos centrais e periféricos dos hormônios, principalmente os decorrentes da atividade simpática aumentada, devem ser utilizados caso não haja contraindicação (em geral, propranolol). O suporte respiratório deve ser realizado, devendo-se manter o controle de possível insuficiência cardíaca e de arritmias cardíacas. Febre, hipoglicemia e desidratação devem ser controladas. Drogas de ação antitireoidiana (ex.: metimazol ou propiltiouracil), seguidas após uma ou duas horas por doses altas de iodo, podem ser utilizadas para inibir a síntese e liberação dos hormônios tireoidianos.
Glicocorticoides podem ser utilizados para inibir a conversão de T4 para T3.
Outras medidas como plasmaferese, hemoperfusão e transfusão sanguínea devem ser reservadas para casos onde a deterioração clínica persista após o uso das medidas convencionais.
Em virtude da forte ligação do T4 às proteínas, o uso de diálise é capaz de remover uma quantidade muito pequena da medicação.