Resultados de eficácia listril

LISTRIL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LISTRIL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LISTRIL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Hipertensão
Em dois estudos de dose-resposta, 438 pacientes portadores de hipertensão leve a moderada receberam lisinopril uma vez ao dia. A pressão foi verificada após 24 horas. Apesar de já haver resposta com 5mg/dia em alguns pacientes, a eficácia foi maior nas doses de 10, 20 e 80mg/dia. Em estudos controlados, 20 a 80mg de lisinopril foram comparados com 12,5 a 50mg/dia de hidroclorotiazida e 50 a 200mg/dia de atenolol em pacientes com hipertensão leve a moderada e com metoprolol 100 a 200mg/dia em pacientes portadores de hipertensão, moderada a grave. O lisinopril foi superior à hidroclorotiazida e semelhante ao atenolol e metoprolol na redução da pressão diastólica e foi superior às três medicações na redução da pressão sistólica (Herpin D, Conte D. J Hum Hypertens. 1989; 3: 11; Bethesda, Md: National Heart, Lung, and Blood Institute. NIH Publication 03-5233. May 2003).

Insuficiência Cardíaca Congestiva
O efeito de lisinopril na mortalidade e morbidade em insuficiência cardíaca congestiva foi estudado, comparando-se uma dose alta (32,5mg ou 35mg uma vez ao dia) com uma dose baixa (2,5mg ou 5mg uma vez ao dia). Em um estudo realizado com 3164 pacientes, durante período médio de 46 meses de acompanhamento, a dose alta de lisinopril produziu, no tempo final combinado, uma redução de 12% do risco de mortalidade e hospitalização de todas as possíveis causas (p = 0,002), e uma redução de 8% do risco de mortalidade de todas as possíveis causas e de hospitalização cardiovascular (p = 0,036) em comparação com a dose baixa. Foram observadas reduções no risco de mortalidade de todas as causas (8%; p = 0,128) e de mortalidade cardiovascular (10%; p = 0,073). Em uma análise post- hoc, o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca foi reduzido em 24% (p = 0,002) em pacientes tratados com a dose alta de lisinopril em comparação com a dose baixa. Os benefícios sintomáticos foram similares em pacientes tratados com doses altas e baixas de lisinopril.
Os resultados do estudo mostraram que os perfis globais de eventos adversos para pacientes tratados com dose alta ou baixa de lisinopril foram similares quanto à natureza e ao número. Eventos previsíveis resultantes da inibição da ECA, tais como, hipotensão ou função renal alterada, foram controláveis e raramente levaram a descontinuação do tratamento. Tosse foi menos frequente em pacientes tratados com dose elevada de lisinopril em comparação com dose baixa. (Packer M et al. Eur Heart J 1998; 19; 142 Abstract 905; Packer M et al. Circulation 1999; 100; 2312).

Infarto Agudo do Miocárdio
No estudo GISSI-3, o qual foi usado um desenho fatorial 2 x 2 para comparar os efeitos de lisinopril e gliceril trinitrato usados sozinhos ou em combinação por 6 semanas comparados com controle em 19.394 pacientes nos quais foi administrado tratamento dentro de 24 horas após um infarto agudo do miocárdio, lisinopril produziu uma redução estatisticamente significativa do risco da mortalidade de 11% versus controle (2p = 0,03). A redução do risco com uso de gliceril trinitrato não foi significativa, mas a combinação de lisinopril e gliceril trinitrato produziu uma significativa redução do risco de mortalidade de 17% versus controle (2p = 0,02). Em um subgrupo de idosos (idade > 70 anos) e mulheres, pré- definidos como pacientes de alto risco de mortalidade, um benefício significativo foi observado para combinação dos desfechos de mortalidade e função cardíaca. A combinação dos desfechos para todos os pacientes, como também os subgrupos de alto risco, também demonstrou benefício significativo para os tratamentos com lisinopril aos 6 meses ou lisinopril mais gliceril trinitrato por 6 semanas, indicando os efeitos preventivos para lisinopril. Como esperado para qualquer tratamento com vasodilatadores, o aumento das incidências de hipotensão e disfunção renal estão associados ao tratamento com lisinopril, mas não estão associados a um aumento proporcional da mortalidade (Gissi-3 study Investigators. Lancet 1994; 343: 115; Gissi-3study Investigators. Am J Coll Cardiol 1996; 27: 337).

Complicações Renais e Retinianas de Diabetes Mellitus
Pode-se prevenir praticamente todas as complicações do diabetes com os inibidores da ECA. Em pacientes portadores de diabetes do tipo I e microalbuminúria, que receberam lisinopril apresentaram um risco menor de progressão para macroalbuminúria e esse efeito se manteve quando ajustado para as variações na pressão arterial. Houve também a diminuição do risco para progressão em pacientes já com macroalbuminúria.
O tratamento com inibidores da ECA está associado a menores níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em pacientes portadores de retinopatia proliferativa diabética e estudos sugerem um forte potencial de uso dos inibidores da ECA no tratamento da retinopatia diabética. (Bell DSH Endocr Prac 2001; 7: 59; Chaturvedi-N et al. Lancet 1997; 351 (9095): 28; Hogeboom van Buggenum IM et al. Diabetologia 2002; 45: 203; Moravski C J et al. Am J Pathol. 2003; 162: 151).Em um estudo clínico duplo- cego, randomizado, multicêntrico o qual comparou lisinopril com um bloqueador dos canais de cálcio em 335 pacientes hipertensos e com diabetes tipo 2 com nefropatia incipiente caracterizada pela microalbuminúria, lisinopril 10 a 20mg administrado uma vez ao dia por 12 semanas, reduziu a pressão sistólica/diastólica em 13/10mmHg e o valor de excreção urinária de albumina em 40%. Quando comparado com bloqueadores dos canais de cálcio, os quais produzem uma redução similar da pressão sanguínea, todos os pacientes tratados com lisinopril mostraram uma redução significativamente maior nos níveis de excreção urinária de albumina, demonstrando que a ação inibitória da ECA de lisinopril reduziu a microalbuminúria por um mecanismo direto nos tecidos renais além do seu efeito hipotensor (Agardh CD et al. J Hum Hypertens 1996; 10: 185).