Resultados de eficácia lovelle

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Em uma revisão, Coutinho EM e cols. 1996 compararam a ação de dois contraceptivos combinados de 250 mcg de levonorgestrel e 50 mcg do etinil-estradiol e de 150 mcg do desogestrel com 50 mcg do etinilestradiol, ambos administrados por via vaginal. Trinta e uma mulheres, usando um dispositivo intrauterino não medicado, foram utilizadas como grupo-controle. Após 12 meses de uso das pílulas via vaginal, os triglicérides totais e as apolipoproteínas AI e A-II e a B se mostraram significativamente aumentados no grupo que usou a pílula vaginal combinado com levonorgestrel, enquanto que nas usuárias da pílula vaginal combinada com desogestrel os níveis de triglicérides, o HDL colesterol, as apoliproteínas A-I e A-II se mostraram significativamente aumentados em comparação com os valores iniciais, quando da admissão. Nas usuárias do DIU, nenhuma mudança foi observada tanto nos lipídios quanto nas apolipoproteínas avaliadas.
Alvarez e cols. publicaram, em 1983, os dados farrnacocinéticos comparativos da pílula combinada de levonorgestrel e etinilestradiol administrados por via oral e vaginal. Foi demonstrado que os níveis plasmáticos do levonorgestrel se elevam mais lentamente atingindo pico sérico menor quando da administração via vaginal. As curvas do nível sérico após quatro horas da administração se tornam então praticamente paralelas, mas com dosagens bem menores entre as mulheres que administraram a pílula via vaginal. Demonstraram também que a maioria dos ciclos observados teve perfil hormonal anovulátorio com baixas dosagens da progesterona e do estradiol.
Em publicação no FertiIiiy and Sterelity de 1982, Coutinho e cols. relataram a observação de 400 rnulheres com o uso da pílula vaginal por até dois anos. Observaram que muitas mulheres que descontinuaram o uso de contraceptivos orais devido a problemas de náuseas e gastrites, encontraram na via vaginal uma boa alternativa. Nenhuma gravidez foi verificada durante o período de observação, revelando efetiva ação contraceptiva comparável aos hormônios administrados via oral.
Outro estudo clínico realizado por Coutinho e cols, publicado no Fertdity and Stenlity em 1984, enfoca especificamente a questão da tolerabilidade genital. Os dados encontrados de vaginites mostram que os agentes patogênicos identificados nos corrimentos vaginais foram os mesmos encontrados em mulheres usando outros métodos contraceptivos. As mulheres foram tratadas da infecção com sucesso, sem necessidade de interromperem a colocação do comprimido vaginal, mesmo quando foram utilizados cremes vaginais. Isto foi possível porque os comprimidos vaginais permaneciam pouco tempo na vagina, dissolvendo-se rapidamente e sendo completamente absorvidos dentro de uma a duas horas.
Coutinho EM e cols. 1993 realizaram um estudo multicêntrico das duas pílulas anticoncepcionais com as seguintes combinações: 250 mcg de levonorgestrel com 50 mcg do etinilestradiol, e de 150 de desogestrel com 50 mcg do etinilestradiol, administrados via vaginal. Nove países selecionaram 1.055 mulheres, que foram randomicamente alocadas em cada um dos grupos. Os dados encontrados neste estudo confirmaram a eficácia de ambos os comprimidos administrados via vaginal. Falhas (gravidez) ocorreram em 2,78% entre as usuárias da pílula com Levonorgestrel e em 4,54% das usuárias da pílula com desogestrel, diferença que não é estatisticamente significante. Não foi verificada alteração na pressão arterial, mas se registrou aumento do peso corporal, estatisticamente significante, em comparação com o peso a admissão nos dois grupos.